Esta semana foi preenchida por cânticos das
competições europeias. O F.C. Porto assegurou, na terça-feira, a passagem aos
oitavos de final da Champions depois de um (injusto) empate contra o Dínamo de
Kiev. Na quarta-feira era a vez de o Braga dar a volta ao resultado de
Manchester e do Benfica deixar tudo em campo para conseguir continuar a fazer
contas, tal como o Sporting na Liga Europa. E a sorte acabou por estar do lado
de pelo menos uma das equipas.
Neste artigo vou falar especificamente
daquele que foi o jogo de maior injustiça de entre os jogos de equipas
portugueses na liga milionária: o do Braga.
A equipa entrou disposta a não baixar a
cabeça diante de um Manchester United mundialmente conhecido e de um Sir Alex
que impõe respeito por onde passa. Soube atacar e defender como uma só, o que
causou diversos problemas à equipa do Manchester, e praticamente não deixou
jogar o adversário, que se limitava a conter posse de bola. Após algumas
investidas à baliza de De Gea, o Braga lá conseguiu marcar através da marca de
grande penalidade (cometida sobre Custódio). O jogo estava controlado e o Braga
sonhava e fazia sonhar.
Mas eis que perto dos 80 entra Van Persie
que, aproveitando a distracção da equipa minhota, marcou de chapéu e trouxe a
igualdade ao resultado. Pouco depois foi a vez do Manchester ter um penalti
(mal) assinalado a seu favor, o que pôs a equipa inglesa à frente do resultado.
Mas não fossem os dois golos suficientes, a equipa inglesa ainda havia de
marcar mais um. Resumidamente, foram os piores 10 minutos para a equipa e
adeptos do Braga.
E quem se pode culpar? Como treinador(a) de
bancada, culpo o sr. Peseiro. Muito simplesmente porque não soube ler o jogo e
ser minimamente inteligente. O Braga estava a ganhar, o ritmo de jogo estava
alto (apesar da falha de luz) e os jogadores começavam a sentir as pernas a
pesar. Era altura de fazer substituições! Mas por alguma razão que desconheço,
o sr. Peseiro decidiu escolher o jogo de Manchester para ver quem era o
super-homem da equipa.
O medo de que as mudanças pudessem
"partir" a equipa podia ser uma das razões do treinador, mas com um
plantel bom e sólido há que arriscar. Mossoró devia ter entrado aos 70, no
máximo, seguido de Zé Luís e Hélder Barbosa, mas tudo antes dos 80 minutos.
Assim seria possível manter um bom ritmo e, talvez, marcar ainda outro golo.
Trocar a equipa aos 80 minutos porque subitamente o adversário marcou um golo
só pode dar mal.
Há que mudar este tipo de atitudes. José
Peseiro é um treinador que gosta de complicar e a esta altura do campeonato é
isso que o Braga tem que evitar fazer. Há um sério risco de se perderem os
títulos que Peseiro tanto prometeu e anseia.
Aproveito também para dar os meus parabéns a
Cardozo pelos dois golos na vitória do Benfica, à Académica por fazer calar o
Atlético de Madrid e deixar uma palavra de apreço a um Sporting ainda apagado e
ao Marítimo. Bem vistas as contas, Platini deve estar na mesma chateado por
haver seis equipas portuguesas nas competições europeias e isso continua a ser
motivo para estarmos minimamente contentes.
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