Em jogo equilibrado e muitas vezes monótono, com nenhuma das equipas interessada em repartir transições ou permitir rasgos adversários que criassem problemas de maior, acabou por ser um pequeno pormenor, ainda em fase primária da partida, a fazer a diferença no desfecho do encontro.
Com a vitória, o Benfica ficou mais próximo do seu principal objectivo esta temporada, o título de Campeão Nacional, ao passo que o Braga acabou por atrasar-se na luta pelo 5º lugar de acesso à 3ª Pré-Eliminatória da Liga Europa.
25ª Jornada Liga ZON Sagres 2013/14
SC BRAGA
0 X 1 SL BENFICA (Lima 12’)
Substituições:
Minuto 55’ -> 64.Dabó por 22.Miljkovic (Resultado: 0-1 |
Alteração: Directa | Motivo: Conferir Maior Consistência à Lateral Direita
Defensiva – 64.Dabó Amarelado)
Minuto 65’ ->
77.Piqueti por 16.Moreno (Resultado: 0-1 | Alteração: 14.Micael Descai
Sobre Ala-Esquerda e 16.Moreno Assume Frente de Ataque ao Lado de 9.Rusescu –
Aproximar Sistema Base ao 1x4x4x2 | Motivo: Conferir Maior Presença de Área e
Mais Golo)
Minuto 68’ -> 35.Enzo Pérez por
6.Amorim (Resultado: 0-1 | Alteração: Directa | Motivo: Sub-Rendimento de
35.Enzo Pérez)
Minuto 77’ -> 8.Luiz Carlos por 79.Erivaldo (Resultado:
0-1 | Alteração: 79.Erivaldo Assume Ala-Direita Ofensiva com 90.Pardo a Assumir
Predominantemente Ala-Esquerda Ofensiva – 14.Micael Ocupa Posicionamento Anteriormente
Assumido por 8.Luiz Carlos | Motivo: Conferir Maior Explosão e Profundidade
Lateral Ofensiva – Busca de Resultado Positivo)
Minuto 85’ -> 50.Markovic por
18.Salvio (Resultado: 0-1 | Alteração: Directa | Motivo: Refrescar Ala-Direita
Ofensiva – Maior Explosão em Transição Rápida - Aproveitamento de Balanceamento
Ofensivo Adversário)
Minuto 90’+2 -> 19.Rodrigo por
30.André Gomes (Resultado: 0-1 | Alteração: Aproximação a Sistema Base 1x4x5x1
| Motivo: Queimar Tempo/Defender Resultado - Preenchimento de Meio-Campo e
Maior Apoio Defensivo)
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Em jogo a contar para a 25ª Jornada da
Liga ZON Sagres 2013/14, Sporting Clube de Braga (6º/32 Pontos) e Sport Lisboa
e Benfica (1º/61 Pontos) encontraram-se em pleno Estádio AXA para discutirem o
encontro.
Se os bracarenses, a contas com várias
baixas por lesão, entraram em campo com a expectativa de conquistarem preciosos
pontos na luta pelos lugares de acesso à Liga Europa, já o Benfica chegava a
esta partida com o objectivo de manter a vantagem pontual de sete pontos para o
Sporting CP na luta pelo título de Campeão Nacional.
Num jogo que se pautou pelo
equilíbrio durante a maior parte dos noventa minutos, fiquemos abaixo com o
registo de alguns dos momentos que fizeram a história do encontro:
1ª Parte: Monotonia de Pormenor
Numa primeira parte sem grandes ocasiões
de perigo efectivo junto das balizas e na qual a maior preocupação de ambas as
equipas residiu no condicionamento de jogo adversário, acabou por ser o Benfica
o mais feliz ao chegar ao golo à passagem dos doze minutos – vantagem e
resultado que os lisboetas aproveitaram para gerir durante o resto do encontro.
Com a razia de lesões que se abateu
sobre Braga a afectar sobretudo o sector recuado dos «Guerreiros do Minho»,
Jorge Paixão viu-se obrigado a recorrer à Equipa B dos bracarenses para colmatar
as ausências e conseguir constituir a sua defesa.
Apostando para a Lateral-Direita em
Tomás Dabó e para a Lateral-Esquerda em Núrio, dois jovens de potencial e com
larga margem de progressão, o Braga acabou por ver na inexperiência que ambos
ainda denotam na abordagem ao jogo, a sua principal fragilidade.
Ainda que o Benfica não tenha
conseguido explorar até à exaustão as debilidades do adversário, foi mesmo a
partir de um erro cometido em primeiro instância por Tomás Dabó, perdendo
ingenuamente a bola em momento ofensivo, a ditar o início da jogada que
resultou posteriormente no único golo do encontro e que valeu os três pontos
para a equipa de Jorge Jesus:
Repare-se na imagem acima como mesmo
com 7 elementos dentro da sua Grande-Área (GR+6), a turma bracarense, fruto do
facto de estar a actuar com jogadores pouco rotinados na sua linha mais
recuada, acabou por revelar ingenuidade e pouca coordenação, não evitando que o
Benfica apenas com Rodrigo e Lima levasse a melhor neste lance e
consequentemente se colocasse em vantagem no marcador.
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Explorando a Inexperiência:
Num encontro demasiado amarrado com
ambas as equipas a alternarem momentos de intensidade com outros de desespero
criativo para conseguirem evitar o condicionamento adversário, foi sobretudo
nas Laterais Defensivas do Braga que o Benfica encontrou o seu factor de exploração.
Repare-se na imagem abaixo a
experiência de Siqueira em contraste com a falta da mesma por parte de Dabó:
Numa altura em que o Braga poderia
sair para uma transição ofensiva rápida, Dabó opta por fazer drible para
dentro, acção imediatamente interceptada por Siqueira que assim transformou um
momento de potencial perigo para o Braga, num momento de grande perigosidade
para o Benfica, apenas evitado pela prontidão de resposta no ajustamento
posicional dos restantes elementos bracarenses fora da imagem.
Ciente das dificuldades no processo de
construção apoiada e estrturada da sua equipa, a turma de Jorge Jesus entrou na
segunda parte disposta a tirar dividendos da inexperiência dos dois laterais
bracarenses.
Ora colocando bola longa para explorar
inconsistência defensiva de Dabó, que de resto, já havia visto a cartolina
amarela e acabaria mesmo substituído por Jorge Paixão à passagem dos 55 minutos
de jogo, precavendo desde logo males maiores:
Ora colocando bola longa e dentro de
um registo directo para o flanco oposto no raio de acção de Núrio, sobre a
lateral-esquerda defensiva do Braga, com Markovic, muito desinspirado neste
encontro, a tentar explorar as costas do jogador bracarense:
Rusescu: Mais do que Golos
Nos quadros do Braga em regime de
empréstimo por parte do Sevilha desde a última janela de mercado, Rusescu tem
deixado boas sensações ao longo da maioria dos encontros em que tem sido
chamado a intervir.
Muito inteligente na forma como aborda
o jogo, torna-se um Avançado-Centro que não sobrevive de
golos, conferindo, antes, vida ao futebol da sua equipa nos diferentes
momentos:
Importante em toda a manobra, não apenas
quando a sua equipa esteve em posse mas, também, em momento de recuperação, Rusescu
participou activamente e revelou determinação em acções de pressão no
condicionamento de primeira fase de construção adversária.
Útil, igualmente, na forma como no
chamado «jogo-de-costas para a baliza», segurou posses e temporizou os momentos
ofensivos da sua equipa, permitindo a aproximação dos seus companheiros – na
imagem abaixo, segura, aguarda a subida do seu defesa-lateral esquerdo e larga
a bola no espaço, indo depois em corrida determinada para as zonas de
referência com o intuito de tentar a finalização:
Não oferecendo de mão-beijada ou dando
por irreversível qualquer situação por menos favorável que possa parecer, Rusescu
revelou atitude combativa e sentido de antecipação para surpreender os
adversários já em zonas próximas ao golo – embora, nem sempre, a inteligência do
seu jogo em momentos anteriores, tenha sido acompanhada da frieza necessária
para aplicar toda a sua qualidade de execução no momento final:
Repare-se na imagem
acima de onde sai Rusescu, conquistando a frente do lance a Garay e Oblak.
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