terça-feira, 17 de setembro de 2013

Relembrando...Nordahl

Os grandes pontas-de-lança nascem em qualquer lugar do mundo, de África (Eusébio) ao Brasil (Pelé). Possuem também um físicos diferentes, dos mais "pequeninos" (Romário) aos mais corpulentos (Ronaldo). E existem em qualquer geração, desde praticamente o princípio (Dean) aos tempos mais recentes (Falcao). Porém, têm algo que os separa, talvez o "instinto de matador", que nem todos se vangloriam de ter. Hoje, veremos o caso do sueco Nordahl, uma das maiores lendas das décadas de 1940 e 50.

O escandinavo era, fisicamente, muito semelhante àquele que se pode considerar o seu sucessor no trono dos grandes goleadores nórdicos, Zlatan Ibrahimovic (a seguir a Henrik Larsson), sendo alto (1,80 metros, para a altura merecia registo) e possante (95 kg) mas, ao invés do jogador do PSG, era demasiado educado e correto. No seu modesto campeonato, marcou um número exorbitante de golos. Porém, na década de 40, o gabinete de prospeção dos grandes clubes era muito limitado, só observando as grandes competições. Assim sendo, o reconhecimento internacional de Nordahl apenas chegou nos jogos Olímpicos de 1948 quando guiou a sua seleção à extraordinária e surpreendente medalha de ouro. De seguida, o colosso transalpino AC Milan "pescou" nessa fantástica equipa, contratando, para além do avançado, Gren e Liedholm que, todos juntos, formaram o famoso acrónimo "Gre-No-Li", trio sueco que antecederia o holandês dos anos 80 composto por Rijkaard, van Basten e Gullit. O resto é história - e estatística - Nordahl iria sagrar-se cinco vezes melhor marcador da Liga italiana e ainda é o maior artilheiro dos rossoneri e o segundo melhor marcador de sempre da Serie A, tendo uma das melhores médias de golos de todos os tempos.

Artigo partilhado por Golo de Placa (golodeplaca.blogspot.com)

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