Máquina do Tempo inicia hoje uma viagem que nos irá levar a percorrer os caminhos trilhados pelo futebol nos tempos da sua “juventude”. Conviver de perto com as primeiras lendas do belo jogo ou olhar as primeiras páginas do seu “livro de ouro” e ficar assim a conhecer as histórias e factos que marcaram as suas primeiras décadas de vida serão algumas das paragens que daqui em diante iremos abarcar.
E nesta primeira incursão ao passado iremos visitar um dos primeiros génios do jogo, de seu nome José Andrade. Uruguaio de berço nasceu em Salto bem no início do século passado (1901) tendo começado a centrar olhares na sua pessoa ao serviço do Missiones, envergando posteriormente as camisolas do Bella Vista, Nacional e Penharol. Jogador polivalente (actuava tanto como médio como defesa) cativou o Mundo com a sua elegância, inteligência e técnica de jogar futebol, o que o tornou num dos futebolistas mais brilhantes da história.
Os priveligiados comuns mortais – que hoje em dia se apresentam como uma “espécie” já extinta, dada a longevidade temporal desta fábula futebolística – que o viram bailar com a bola nos pés descrevem a imagem viva de um fenómeno que com cavalheirismo desarmava o adversário no sector recuado do rectângulo e posteriormente subia pelo terreno até à área contrária driblando adversários atrás de adversários numa espécie de bailado sobre o relvado. Numa dessas arrancadas reza a lenda que terá atravessado meio-campo com o esférico dominado na cabeça!
Elevado a celebridade das “canchas” (campos de futebol) do pequeno Uruguai Andrade depressa subiu ao Olimpo dos Deuses do futebol mundial. A entrada nesse restrito espaço deu-se em 1924, ano em que o Uruguai encantou o planeta com a sua magia futebolística nos Jogos Olímpicos de Paris.
Numa altura em que o Campeonato do Mundo ainda não havia visto a luz do dia vencer as Olimpíadas era o equivalente a subir ao topo do Mundo, por outras palavras... ser campeão do Mundo, pois claro. Merecidamente os uruguaios conquistaram o ouro em Paris sob a batuta do maestro Andrade. O artista dos artistas, ou tão simplesmente a Maravilha Negra como o apelidariam após a histórica epopeia olímpica.
Foi o primeiro génio negro da história do futebol... e para muitos o primeiro grande jogador da história, ou o “Pelé dos anos 20”, como décadas mais tarde o retrataram. Aliás, segundo uma votação da prestigiada revista francesa “France Football” para eleger o maior génio dos relvados de sempre, Andrade ficou em 6º lugar!
Voltaria a ser a chave da conquista do “bi-campeonato” Olímpico em 1928, nos Jogos de Amesterdão, confirmando o Uruguai como a melhor equipa do Mundo. E o carimbo final nesta definição seria dado dois anos mais tarde (1930) quando o pequeno e futebolisticamente talentoso país sul-americano organizou a primeira edição do Campeonato do Mundo.
Nessa altura e face às lesões que teimavam em atormentar o seu génio Andrade estava em declínio, mas nada que impedisse a sua convocatória para a selecção “celeste”. Afinal, mesmo velho e coxo ele continuava a ser o melhor, como muitos fizeram eco na altura.
Nesse ano de 1930 Andrade e o Uruguai entraram definitivamente para a história após vencerem o primeiro Mundial. Boémio por natureza, gostava de sair a bailar nos cortejos carnavalescos com a mesma elasticidade e elegância com que bailava nos relvados.
Na hora de pendurar as chuteiras não teve dúvidas em regressar à cidade que o tornou mundialmente célebre: Paris. Ai tornou-se num bailarino exótico, actuando nos melhores cabarets da “cidade luz”, adorado e desejado pelas mais finas senhoras da alta sociedade parisiense e idolatrado pelos homens que haviam conhecido a saga da Maravilha Negra nas Olimpíadas de 24.
Anos mais tarde a bordo do famoso navio Valdivia regressa à sua (cidade) Montevideo, onde em 1957 viria a morrer só, abandonado, pobre, alcoólico e tuberculoso.
E nesta primeira incursão ao passado iremos visitar um dos primeiros génios do jogo, de seu nome José Andrade. Uruguaio de berço nasceu em Salto bem no início do século passado (1901) tendo começado a centrar olhares na sua pessoa ao serviço do Missiones, envergando posteriormente as camisolas do Bella Vista, Nacional e Penharol. Jogador polivalente (actuava tanto como médio como defesa) cativou o Mundo com a sua elegância, inteligência e técnica de jogar futebol, o que o tornou num dos futebolistas mais brilhantes da história.
Os priveligiados comuns mortais – que hoje em dia se apresentam como uma “espécie” já extinta, dada a longevidade temporal desta fábula futebolística – que o viram bailar com a bola nos pés descrevem a imagem viva de um fenómeno que com cavalheirismo desarmava o adversário no sector recuado do rectângulo e posteriormente subia pelo terreno até à área contrária driblando adversários atrás de adversários numa espécie de bailado sobre o relvado. Numa dessas arrancadas reza a lenda que terá atravessado meio-campo com o esférico dominado na cabeça!
Elevado a celebridade das “canchas” (campos de futebol) do pequeno Uruguai Andrade depressa subiu ao Olimpo dos Deuses do futebol mundial. A entrada nesse restrito espaço deu-se em 1924, ano em que o Uruguai encantou o planeta com a sua magia futebolística nos Jogos Olímpicos de Paris.
Numa altura em que o Campeonato do Mundo ainda não havia visto a luz do dia vencer as Olimpíadas era o equivalente a subir ao topo do Mundo, por outras palavras... ser campeão do Mundo, pois claro. Merecidamente os uruguaios conquistaram o ouro em Paris sob a batuta do maestro Andrade. O artista dos artistas, ou tão simplesmente a Maravilha Negra como o apelidariam após a histórica epopeia olímpica.
Foi o primeiro génio negro da história do futebol... e para muitos o primeiro grande jogador da história, ou o “Pelé dos anos 20”, como décadas mais tarde o retrataram. Aliás, segundo uma votação da prestigiada revista francesa “France Football” para eleger o maior génio dos relvados de sempre, Andrade ficou em 6º lugar!
Voltaria a ser a chave da conquista do “bi-campeonato” Olímpico em 1928, nos Jogos de Amesterdão, confirmando o Uruguai como a melhor equipa do Mundo. E o carimbo final nesta definição seria dado dois anos mais tarde (1930) quando o pequeno e futebolisticamente talentoso país sul-americano organizou a primeira edição do Campeonato do Mundo.
Nessa altura e face às lesões que teimavam em atormentar o seu génio Andrade estava em declínio, mas nada que impedisse a sua convocatória para a selecção “celeste”. Afinal, mesmo velho e coxo ele continuava a ser o melhor, como muitos fizeram eco na altura.
Nesse ano de 1930 Andrade e o Uruguai entraram definitivamente para a história após vencerem o primeiro Mundial. Boémio por natureza, gostava de sair a bailar nos cortejos carnavalescos com a mesma elasticidade e elegância com que bailava nos relvados.
Na hora de pendurar as chuteiras não teve dúvidas em regressar à cidade que o tornou mundialmente célebre: Paris. Ai tornou-se num bailarino exótico, actuando nos melhores cabarets da “cidade luz”, adorado e desejado pelas mais finas senhoras da alta sociedade parisiense e idolatrado pelos homens que haviam conhecido a saga da Maravilha Negra nas Olimpíadas de 24.
Anos mais tarde a bordo do famoso navio Valdivia regressa à sua (cidade) Montevideo, onde em 1957 viria a morrer só, abandonado, pobre, alcoólico e tuberculoso.
3 comentários:
Parabéns pela iniciativa, gosto muito deste tipo de artigos. Deixo apenas uma crítica construtiva: o texto está um pouco longo. Aborde o Matateu um dia destes!
O Uruguai era uma grande potência nos anos 20/30, mas tenho ideia que nunca mais ganhou nada. Actualmente tem uma equipa bastante forte.. Forlan, Suarez, Cavani..
Parabéns pela rubrica! Que tal abordar o Yashin? Grande keeper
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