segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Top 10: Transferências que quase se materializaram

10. Michael Laudrup (Brondby para o Liverpool)

Em 1983, Laudrup, então no Brondby, começava a despertar o interesse de vários colossos europeus e o Liverpool de Ian Rush, Kenny Dalglish e Graeme Souness parecia ter tudo acertado com o «playmaker» dinamarquês. Conta o jogador que havia já um acordo para um contrato de 3 anos, mas o clube inglês voltaria mais tarde a fazer outra oferta para um período de 4 anos, o suficiente para fazer quebrar as negociações com os Reds. O mítico Liverpool dos anos 80 ganhou títulos a nível nacional e europeu, mas com Laudrup nos seus quadros quem sabe até onde poderiam ter ido…

9. Luis Figo (Sporting para a Juventus/Parma)

O expoente máximo da “Geração de Ouro” era em 1995 já um dos melhores jogadores portugueses e acabaria eventualmente por assinar por 2 clubes - Juventus e Parma -, o que fez com que ficasse impedido de se transferir para Itália durante um período de 2 anos. Figo teve a carreira que teve, acumulando sucessos no Barcelona, Real Madrid e Inter mas dá que pensar que impacto poderia ter causado em Itália caso se tivesse mudado para lá mais cedo na carreira…

8. Steven Gerrard (Liverpool para o Chelsea)

A mais recente destas “quase-transferências”. Steven Gerrard, capitão do Liverpool, foi sempre um jogador muito apreciado pela Europa fora e José Mourinho não fugia à regra. Por 2 vezes, o jogador teve muito perto de se juntar ao Chelsea, após ver o seu Liverpool ficar arredado do título ano após ano, mas no final o coração falou mais alto e acabou por permanecer na cidade dos Beatles. É certo que o Liverpool viria a ganhar uma Liga dos Campeões, mas não merecia o inglês ter jogado num clube que lhe tivesse permitido ganhar mais títulos?

7. Didier Drogba (Le Mans para o Arsenal)

Drogba foi um jogador que apareceu tarde na alta-roda do futebol, tendo-se transferido do modesto Guingamp para o Marselha em 2003 e para o Chelsea no ano seguinte, então com 26 anos. É no entanto curioso que Arsène Wenger teve a oportunidade de assinar o avançado por apenas 100 mil libras (algo que não chegaria hoje para cobrir o seu salário semanal), quando este ainda era um jovem avançado a actuar pelo Le Mans. Possivelmente um dos motivos que fez Wenger não avançar com a transferência foi contar nas suas fileiras com Thierry Henry. Claro que imaginar uma dupla de ataque composta por Henry e Drogba…já chega para assustar!

6. Roy Keane (Nottingham para o Blackburn)

Quando se pensa no sucesso do Manchester United nos anos 90 e inícios da década passada, pensa-se na liderança não só de Sir Alex Ferguson, mas também do capitão Roy Keane. Quando ainda jogava no Nottinhgam Forrest, Keane teve muito perto de se juntar ao Blackburn Rovers de Kenny Dalglish e Alan Shearer (que se viria a sagrar campeão em 1994-95) após o clube ter activado a cláusula de 4 milhões de libras do jogador. Certo é que no dia anterior a ser formalizada a transferência, Sir Alex Ferguson telefonou a Keane a perguntar se este não preferia juntar-se aos Red Devils, o que viria a concretizar-se duas semanas mais tarde. Pela importância que o irlandês teve no domínio exercido pelo United nos anos seguintes, fica aqui a questão: conseguiria o Blackburn manter o seu estatuto de candidato ao título durante os anos seguintes?

5. Ronaldinho (PSG para o Manchester United)

Após vender David Beckham ao Real Madrid, Alex Ferguson esperava adquirir o prodígio brasileiro que, mesmo após um Mundial de 2002 onde tinha impressionado, continuava a jogar pelo PSG. No entanto, e após semanas de namoro, o Barcelona – também a precisar de uma estrela no seu plantel – contrataria Ronaldinho que viria a sagrar-se 2 vezes o melhor jogador do ano. Uma enorme perda para os Red Devils que, assim sendo, acabaram por adquirir um miúdo desconhecido chamado Cristiano Ronaldo…

4. Cristiano Ronaldo (Sporting para o Arsenal)

Na primeira época ao serviço do Sporting, Cristiano Ronaldo era já apontado como um dos maiores talentos do futebol mundial e seria apenas uma questão de tempo até que a rede de scouting do Arsenal descobrisse o jovem leão. O treinador do Arsenal chegou mesmo a mostrar o estádio a Ronaldo e a oferecer-lhe uma camisola com o nome nas costas, mas no final o Arsenal não conseguiu chegar a acordo com o Sporting. O resto é história…Ronaldo bateu recordes na Premier League e o Arsenal já não ganha um troféu há cerca de 6 anos…

3. Diego Maradona (Argentinos Juniors para o Sheffield United)

Provavelmente seria a mais improvável transferências de sempre. Em 1978, o treinador do Sheffield, Harry Haslam, ficou tão impressionado com o brilhante argentino que rapidamente acertou um acordo com o Argentinos Juniors para trazer ‘El Pibe’ para Inglaterra por apenas 600 mil libras. O que falhou? A direcção do clube informou que não dispunha dos fundos para completar a transferência. Assim sendo, o clube iria descer de divisão na temporada de 1978-1979 ao passo que o jogador continuou a subir rumo ao estrelato.

2. Alfredo Di Stéfano (Millionarios para o Barcelona)

Apontado por muitos como o jogador mais completo da história do futebol, Di Stéfano podia hoje facilmente ser uma lenda viva do clube blaugrauna. Em 1953, o jogador argentino jogava no Millionarios da liga colombiana e a sua veia goleadora fez com que o Barcelona procurasse adquirir os seus serviços. Iria seguir-se uma tremenda confusão com os clubes a não conseguirem acordar um preço para a transferência, o que ainda assim não impediu o Barcelona de assinar um vínculo com o jogador que não seria reconhecido pela Federação Espanhola. Aproveitando o impasse e divisão da direcção do Barcelona bem como a pressão imposta pela FIFA e Federação Espanhola, o presidente do Real, Santiago Barnabéu, depressa convenceu o jogador a tornar-se merengue. Os 307 golos em 403 jogos dizem o quão importante foi Di Stéfano para o Real...

1. Eusébio (Lourenço Marques para o Sporting)

Eusébio da Silva Ferreira, melhor jogador de sempre do futebol português e símbolo do Benfica. É tão natural associar o "Pantera Negra" ao clube encarnado que imaginar uma realidade alternativa onde ele tivesse jogado no rival de Lisboa parece um exercício quase absurdo. A verdade é que Eusébio jogava no Sporting de Lourenço Marques, filial dos leões, e chegou a estar muito perto de se juntar à casa-mãe. Tudo mudaria quando José Carlos Bauer, um ex-futebolista brasileiro, observou Eusébio jogar in loco e recomendou-o a um seu ex-treinador, Béla Guttman, que curiosamente era o treinador do Benfica na altura. Alguns detalhes são desconhecidos, mas o que é certo é que os encarnados foram rápidos a reagir para adquirir aquele que viria a ser uma figura incontornável do nosso futebol. Fica para a imaginação de cada um aquilo que teria acontecido caso Eusébio tivesse jogado no clube de Alvalade...


3 comentários:

Jorge Correia disse...

Ainda hoje os lagartos dizem que o benfica roubou o eusébio ao sporting, o que é uma grande mentira. a verdade, como é explicada no post, é que o glorioso foi mais rápido e ponto final!

RICARDO SANTOS disse...

A DO EUSEBIO É UMA DAS MAIS SONANTES DO MUNDO, SEM DUVIDA. GRANDE ANTECIPAÇÃO DO GLORIOSO

Vicente disse...

Se o Figo tem ido para Itália, nunca mais se tinha ouvido falar dele. Com aquele tipo de jogo, ao fim de meia duzia de jornadas tava no estaleiro porque já lhe tinham partido qq coisa.