O que aconteceu esta quinta-feira em Alvalade foi a gota de água para muitos adeptos leoninos. Como se não bastasse o Sporting não ganhar um jogo há cinco partidas (a de ontem foi a sexta sem sentir o sabor da vitória), os leões – que, de momento, pouco ou nada rugem - não se safaram de mais uma hecatombe no seu próprio estádio.
Uma primeira parte absolutamente pobre – embora Pedro Mendes tivesse conseguido abafar a má prestação do Sporting. E, na segunda parte, Paulo Sérgio deu mais mostras do treinador medíocre que é. Com Zapater absolutamente esgotado e mais de meia equipa sem conseguir dar luta a um fraquinho Rangers, o técnico leonino nada fez para mudar a estratégia da equipa. Foi a resignação absoluta. E, como se não bastasse, insiste em não sair do comando. Pior: a SAD do Sporting reuniu-se e decidiu manter Paulo Sérgio no cargo. É certo que, até haver nova direcção, não poderá haver nenhuma escolha definitiva de treinador a médio-longo prazo.
Mas se optam por deixar afundar o Sporting até ao final da época, até um lugar na Europa ameaça fugir.
Porque - não tapemos o sol com a peneira - a Taça da Liga é já a única competição que o Sporting pode, de facto, ganhar. Mas não vai ganhar. Porque tem de ir à Luz. Porque o Benfica é a melhor equipa a praticar futebol em Portugal, nesta fase. E porque o Sporting está emocionalmente de rastos, depois da sucessão de desgraças que tem causado a si mesmo. Paulo Sérgio desculpa-se com a má sorte, mas a sorte não é feita de acasos. Somos nós que as construímos. Se é um azar a bola ir ao poste é porque não treinámos o suficiente para a fazer entrar.
Neste momento, os adeptos do Sporting devem tentar passar o resto da temporada a apreciar o bom futebol que se joga, tanto em Portugal como fora de portas, e esquecer o clubismo por uns meses, até que alguém leve o clube pelo caminho certo.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
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3 comentários:
Cá pra mim a solução é dedicarem-se só ao futebol jovem e atletismo hehehehe
A solução é esperar pelas eleições.. que remédio!!
Pois é caro Nelson, é triste ver o clube mergulhado na sua pior expressão futebolística de sempre, arrisco-me a dizer.
Estrutura amadora, dividida em meia dúzia de núcleos desestabilizadores, com influências de pseudo-sportinguistas em vorazes disputas pelas cadeiras do poder. Depois há a unidade central do magistério leonino, orfã de um Presidente digno desde João Rocha, ainda eu usava fraldas. Agora é tempo de dar lugar aos engravatadinhos amochados made in Santander Totta, cujo inegável clubismo não chega para disfarçar a inexperiência no dirigismo desportivo e, sobretudo, a quantidade de sopa que têm de comer para chegar aos calcanhares de um Pinto da Costa, ou mesmo do Kadhafi dos pneus que mora na Luz.
Tudo isto reflecte-se numa péssima gestão do clube, alicerçada no estúpido estado de negação sem-dinheiro-não-se-investe-na-equipa, quando qualquer aluno de Introdução à Economia entende que falta de investimento conduz a ausência de resultados desportivos, que por sua vez leva à redução drástica das receitas - afluência ao estádio, merchandising, patrocínios, etc. (duvido que hoje em dia o Sporting seja um parceiro interessante para qualquer grande marca)!
O último grito da nova tecnologia sportinguista passa pela contratação de treinadores de invejável currículo. Paulo Sérgio, ex-Paços de Ferreira e Guimarães, jogou a época inteira a alternar jogadores, mantendo por princípio os dois médios volantes (trincos), seja a ir jogar à Luz, seja a receber o Olhanense.
Eu estive no estádio, assisti ao "partidazo" contra os cepos do Rangers - tão maus quanto a verborreia de Jorge Jesus - e custa-me acreditar que o treinador do meu clube - um dos grandes de Portugal e da Europa - trate de tirar avançados e pôr defesas para defender o 2-1. Resultado, mais uma eliminação, e gente a chorar nas bancadas.
O Sporting precisa de uma ideia, de gente trabalhadora e dedicada, de um rumo inabalável a pressões exteriores, pseudo-alianças FC Porto e tiques de vassalagem. Porque se antes havia os 5 violinos, agora resta um rancho folclórico do interior do país.
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