segunda-feira, 25 de junho de 2012

Último Reduto: Agora é que são elas (sem Hugo Almeida, por favor)


Entrou na fase de todas as decisões o melhor dos últimos Europeus. E que boa é a sensação ao vermos o nome de Portugal no top-four da competição! No entanto, se analisarmos friamente o percurso da Selecção, o que custava era mesmo passar aquela fase de grupos: qualquer dos possíveis adversários do Grupo A seriam acessíveis ao conjunto de Paulo Bento, para o acesso às meias-finais.

Bons os quatro jogos dos quartos. Portugal dominou a República Checa desde a segunda metade da primeira parte, e os checos foram mesmo os primeiros a terminar 90 minutos deste EURO sem um remate à baliza. Mais uma vez, fomos muito perdulários na finalização – com Ronaldo à cabeça e os seus costumeiros dois tiros ao ferro. Rezo sem grande esperança para que Bento coloque Nélson Oliveira de início frente à Espanha. Para mim, Hugo Almeida é de longe o pior dos 23, e para comprová-lo uma vez mais, o saldo da sua participação no jogo: um cabeceamento falhado em plena área (sem qualquer marcação) e um golo em offside, que no fundo não foi mais que tirar a bola a Ronaldo, atrás de si, isolado e em jogo.

A Alemanha confirmou todo o seu poderio, fazendo descansar titulares e mesmo assim vencendo – não, goleando – os gregos. É o mais completo dos plantéis e o mais forte candidato a levantar a taça.

Não houve França à altura da Espanha, e o 2-0 final foi tão natural quanto a sede de história dos homens de Del Bosque, determinados em chegar a uma inédita terceira vitória consecutiva em grandes competições de selecções. Continuam sólidos e fiéis à sua ideia de jogo, apesar das críticas e da teorização do tiki-takanaccio.

Mas talvez o jogo com mais motivos de interesse tenha mesmo sido o de ontem. A mais fraca Inglaterra de que tenho memória fez da Itália uma espécie de Brasil, tal a sua superioridade em posse de bola e volume de jogo. A meu ver, os ingleses saem deste EURO pela menos má das portas, evitando uma derrota pesada no jogo de ontem, ou um sempre penoso enxovalho aos pés da Alemanha.

Nos quatro jogos, vitória dos mais fortes no papel. Agora é esperar que nas meias tudo seja diferente, pelo menos na quarta-feira. Do outro lado, a Espanha bicampeã, misto de Barça e Real. Ir buscar os 4-0 do último jogo não faz qualquer sentido: é preciso um Portugal sem pechas e um Cristiano Ronaldo ao nível dos dois últimos partidazos. Em jogo a presença na final, a eliminação de uma equipa que colocaria a nossa Selecção nas bocas do mundo, a Bola de Ouro para CR7, o êxtase de todos nós.

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