sexta-feira, 19 de outubro de 2012

TREINADOR(A) DE BANCADA: Suor, muito suor…

Dias depois da decepção do jogo da selecção A contra a Irlanda do Norte, voltamos a ver as equipas portuguesas da primeira divisão em acção nas eliminatórias da Taça de Portugal. Ontem entraram em campo o Benfica e o Freamunde, acabando por vencer a primeira equipa por 4 bolas a zero. Hoje foi a vez do Sporting de Braga, o já aclamado pelos media como o 4º grande.
No entanto foi exactamente o contrário que o Sporting de Braga mostrou em campo.
 
 

Com a cabeça no jogo de terça-feira contra o Manchester United, José Peseiro voltou a fazer demasiadas alterações (um estilo a que todos os bracarenses já quase se habituaram, por muito que desgostem do mesmo) e a equipa voltou a falhar. A sequência aborrecida de passes através do meio campo, as constantes perdidas de bola por parte da equipa, a insistência em tentar fazer entrar tanto o próprio jogador como a bola na baliza estão a fazer do Sporting de Braga uma equipa chata de ver jogar.
Aqueles que admiram o estilo de jogo Barcelonense podem também parar para tentar admirar o estilo que Peseiro impôs a um Braga que sempre nos habituou a um estilo de jogo rápido, mas a verdade é que esta tentativa de fazer do Braga um novo Barça está a sair torta, coisa que está a custar aos jogadores, ao clube e aos fãs.

Num jogo que já não se adivinhava fácil, o Braga teve trinta minutos (num total de 130, contado com o prolongamento) de jogo empolgante. Trinta minutos e só no prolongamento, quando a equipa já sofria pelo golo que não chegava. O Leixões, inteligentemente, aproveitou a displicência da equipa bracarense e foi lançando contra-ataques perigosos q.b., ainda que poucos.
Como Treinador(a) de Bancada e adepta de futebol não posso deixar de anotar certas coisas:

Ponto número 1: Há que deixar de trocar jogadores a torto e a direito. Desde o início da época que José Peseiro tem insistido em trocar constantemente a equipa, evitando que a mesma possa ter o mínimo grau de estabilidade. O calendário é preenchido e complicado, mas mudar mais de metade da equipa afecta seriamente os graus de confiança da mesma e dos próprios jogadores.
Ponto número 2: Estilo de jogo. O Braga sempre se afirmou pela defesa quase intransponível que possuía e, no entanto, esta época o resultado é desastroso. O mesmo se aplica aos médios e extremos, que sempre foram uma grande referência nos ataques rápidos da equipa e que agora se limitam a pausar o jogo e a pensar demais. É necessário um Braga com cabeça mas também é necessário rapidez e execução. Não podemos estar sempre à espera que uma ou outra jogada durante 90 minutos nos traga o golo; é preciso ir atrás dele e tentar até mais não! No caso da defesa há a notar a frequência com que os defesas centrais se atrapalham ou nem sabem como reagir quando confrontados no 1 para 1, ou que os defesas laterais se esquecem de compensar correctamente o colega que tinha partido para o ataque. O estilo de jogo de Peseiro veio estragar toda a formação do Braga, que agora quase contém 3 partes distintas que não conseguem funcionar entre si.

O Braga arrancou na época 2012/2013 com um título em vista e comprometeu-se a lutar por ele. Os adeptos continuam esperançosos mas os recentes resultados e exibições da equipa deixam-nos com o pé atrás. Há que mudar o que está mal, Sr. Peseiro.

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