A Juventus assegurou esta semana a contratação de Fernando Llorente, a custo zero, para a temporada 2013\2014. Um reforço que vem colmatar a única lacuna existente na fantástica era de Conte: ausência de um matador.
Matri, Vucinic, Quagliarella... todos eles com características utéis em certos períodos de jogo mas distantes das necessidades colectivas, sobretudo a dinâmica de um avançado-centro em 3-5-2. Matri é o que mais se assemelha. Possante, faz golos, trabalha bem de costas, acrescenta metros e ganha espaço para movimentos verticais de médios-interiores. Falta-lhe qualidade técnica e melhor definição no último terço para ser, de facto, um avançado de excelência. No entanto, Conte sabe que precisa de alguém assim quando encontra blocos fechados, para inventar espaço mesmo com alguma atrapalhação. Embora, com um estatura parecida à do italiano, Llorente vem acrescentar características diferentes a uma equipa que ameaça tornar-se ainda mais forte com a sua presença. Primeiro, pela sua inteligência posicional e qualidade técnica. Ganha muito bem a frente aos centrais, tem a excelente capacidade de no acto da recepção conseguir enquadrar-se com a baliza e depois finalizar com qualidade. Corresponde bem aos cruzamentos(a Juve tem um jogo exterior fortíssimo, os laterais cruzam muito e bem) fruto do seu poderoso jogo aéreo, implementa uma profundidade quase obrigatória de tal modo que arrasta dois jogadores consigo e concede espaço a quem vem de trás para finalizar em zonas privilegiadas. É detentor de movimentações curtas e felinas na área, muitas vezes a finalizar num só toque, que vão conferir maior tranquilidade\eficácia na hora de concluir o processo ofensivo desenvolvido. Ganha também Giovinco que respira maior liberdade na primeira linha ofensiva (Vucinic e Quagliarella tem tendência a baixar muito) e passa a poder servir alguém com maior frequência quando ganha a linha de fundo com dribles em tom de craque.
Llorente é sobretudo alguém que vem trazer melhor relação com a bola no último terço e satisfazer as necessidades de uma equipa que cria infinitas ocasiões de golo.
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