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sábado, 10 de novembro de 2012

TREINADOR(A) DE BANCADA: Outra vez, Peseiro?

Esta semana foi preenchida por cânticos das competições europeias. O F.C. Porto assegurou, na terça-feira, a passagem aos oitavos de final da Champions depois de um (injusto) empate contra o Dínamo de Kiev. Na quarta-feira era a vez de o Braga dar a volta ao resultado de Manchester e do Benfica deixar tudo em campo para conseguir continuar a fazer contas, tal como o Sporting na Liga Europa. E a sorte acabou por estar do lado de pelo menos uma das equipas.
Neste artigo vou falar especificamente daquele que foi o jogo de maior injustiça de entre os jogos de equipas portugueses na liga milionária: o do Braga.

 
A equipa entrou disposta a não baixar a cabeça diante de um Manchester United mundialmente conhecido e de um Sir Alex que impõe respeito por onde passa. Soube atacar e defender como uma só, o que causou diversos problemas à equipa do Manchester, e praticamente não deixou jogar o adversário, que se limitava a conter posse de bola. Após algumas investidas à baliza de De Gea, o Braga lá conseguiu marcar através da marca de grande penalidade (cometida sobre Custódio). O jogo estava controlado e o Braga sonhava e fazia sonhar.
Mas eis que perto dos 80 entra Van Persie que, aproveitando a distracção da equipa minhota, marcou de chapéu e trouxe a igualdade ao resultado. Pouco depois foi a vez do Manchester ter um penalti (mal) assinalado a seu favor, o que pôs a equipa inglesa à frente do resultado. Mas não fossem os dois golos suficientes, a equipa inglesa ainda havia de marcar mais um. Resumidamente, foram os piores 10 minutos para a equipa e adeptos do Braga.
E quem se pode culpar? Como treinador(a) de bancada, culpo o sr. Peseiro. Muito simplesmente porque não soube ler o jogo e ser minimamente inteligente. O Braga estava a ganhar, o ritmo de jogo estava alto (apesar da falha de luz) e os jogadores começavam a sentir as pernas a pesar. Era altura de fazer substituições! Mas por alguma razão que desconheço, o sr. Peseiro decidiu escolher o jogo de Manchester para ver quem era o super-homem da equipa.
O medo de que as mudanças pudessem "partir" a equipa podia ser uma das razões do treinador, mas com um plantel bom e sólido há que arriscar. Mossoró devia ter entrado aos 70, no máximo, seguido de Zé Luís e Hélder Barbosa, mas tudo antes dos 80 minutos. Assim seria possível manter um bom ritmo e, talvez, marcar ainda outro golo. Trocar a equipa aos 80 minutos porque subitamente o adversário marcou um golo só pode dar mal.
 
Há que mudar este tipo de atitudes. José Peseiro é um treinador que gosta de complicar e a esta altura do campeonato é isso que o Braga tem que evitar fazer. Há um sério risco de se perderem os títulos que Peseiro tanto prometeu e anseia.
Aproveito também para dar os meus parabéns a Cardozo pelos dois golos na vitória do Benfica, à Académica por fazer calar o Atlético de Madrid e deixar uma palavra de apreço a um Sporting ainda apagado e ao Marítimo. Bem vistas as contas, Platini deve estar na mesma chateado por haver seis equipas portuguesas nas competições europeias e isso continua a ser motivo para estarmos minimamente contentes.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TREINADOR(A) DE BANCADA: Quando não se sabe mais...

Estava eu a vaguear pelas notícias há uns dias quando vi que o sr. Schuster tinha feito um comentário muito zangado à comunicação social, referente ao último jogo do Barcelona para a Liga dos Campeões. O dito jogo que pôs frente a frente o Celtic e o Barça terminou na derrota da primeira equipa, sendo que o Barça tinha estado a perder.
Ora, ao que parece, o treinador desempregado não gostou da maneira como o Celtic enfrentou o desafio contra ao Barça, com um estilo de jogo defensivo e apostando no contra-ataque, dizendo mesmo que “Não devia haver equipas como Celtic na Liga dos Campeões". Qual não foi o meu espanto quando me deparei com um comentário tão ignorante!

Como treinador(a) de bancada, não podia deixar passar tal ignorância em branco e, sendo assim, resolvi dedicar este artigo de opinião às palavras do sr. Schuster.
 
Antes de mais, tenho a dizer que, como treinador, o referido nunca disse nada ao meu mundo e que isso pode muito bem explicar a minha ignorância inicial no que diz respeito a essa parte da sua carreira. No entanto, a palavra "desempregado" teve em mim um impacto que quase instantaneamente justificou as palavras ditas pelo treinador. E porquê? Exactamente por causa da ignorância do ex-jogador.
Então é o seguinte,sr. Schuster:
A minha primeira pergunta é: sabe por que razão o Celtic se encontra na Liga dos Campeões? Eu vou-lhe dizer: porque foi campeão. E ainda assim teve que passar a 3º eliminatória e o Play-off, imagine-se lá. O Celtic está na Champions porque trabalhou para lá estar, porque suou para acabar o campeonato como campeão e suou para passar a eliminatória e o Play-off de modo a entrar na liga milionária. Foi todo um conjunto de esforço e trabalho e o Celtic deve ter orgulho no que fez e no que conseguiu.

A segunda pergunta centra-se nas suas habilidades e na sua experiência como treinador: o sr. Schuster fazia preparação de jogo tendo em conta os pontos fortes e fracos, tanto da equipa adversária como da sua própria equipa? Na minha mais sincera opinião, eu diria que não, porque só isso justifica as palavras por si referidas. Teoricamente falando, o Celtic seria a equipa mais fácil de bater do grupo, o que daria ao Barça uma vantagem fenomenal e uma oportunidade de ganhar o jogo com a maior das calmas e até por muitos golos, factor que pode chegar a ser decisivo (embora ache improvável). O Celtic, como equipa inteligente e já com alguma experiência - seja ela das eliminatórias ou de competições anteriores -, estudou o Barça com precisão e muita paciência e o resultado ficou à vista: o Celtic marcou e assustou o Barça. Já para não falar da incredulidade com que deixou os adeptos de futebol mais atentos. O Celtic tinha marcado e estava a ganhar àquela que é uma das maiores potências futebolísticas mundiais. Fosse no contra-ataque ou não, o Celtic marcou e segurou bem as pontas até não poder mais. O Barça ainda conseguiu marcar na primeira parte e ganhou mais um pouco de ânimo, mas o Celtic não tremeu e soube dizer "não" ao colosso. Mesmo quando já estavam a perder, os jogadores mantiveram a compostura e mostraram que não são apenas os clubes grandes que merecem palmas e ovações.
Agora pergunto-lhe, sr. treinador: acha mesmo que o Celtic não merece as Champions? Depois da maneira tão inteligente como encarou o jogo contra o Barça, depois de não ter baixado a cabeça frente às adversidades? O Celtic enfrentou o Barça da maneira que melhor sabia e podia e saiu vencedor, quase ganhava um ponto e roubava dois ao actual líder do grupo. Quantos mais se podem gabar de ter feito o mesmo?
Acabo este texto com a esperança de ver menos coisas destas no futebol, apesar de saber que tal é quase impossível. As equipas são todas diferentes e todas têm os seus pontos fortes e fracos; a maneira como lidam com eles é que fazem uma boa equipa e um bom treinador, e a ser assim tenho a certeza que o senhor ainda tem muito que aprender. Se não está disposto a fazê-lo, aconselho mudança de profissão. Não suje a ficha de grande jogador que conseguiu construir.
Para terminar apresento as minhas desculpas a todos os que o admiram o treinador e partilham da mesma opinião, mas pareceu-me uma coisa inaceitável vinda de alguém de renome.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

TREINADOR(A) DE BANCADA: Suor, muito suor…

Dias depois da decepção do jogo da selecção A contra a Irlanda do Norte, voltamos a ver as equipas portuguesas da primeira divisão em acção nas eliminatórias da Taça de Portugal. Ontem entraram em campo o Benfica e o Freamunde, acabando por vencer a primeira equipa por 4 bolas a zero. Hoje foi a vez do Sporting de Braga, o já aclamado pelos media como o 4º grande.
No entanto foi exactamente o contrário que o Sporting de Braga mostrou em campo.
 
 

Com a cabeça no jogo de terça-feira contra o Manchester United, José Peseiro voltou a fazer demasiadas alterações (um estilo a que todos os bracarenses já quase se habituaram, por muito que desgostem do mesmo) e a equipa voltou a falhar. A sequência aborrecida de passes através do meio campo, as constantes perdidas de bola por parte da equipa, a insistência em tentar fazer entrar tanto o próprio jogador como a bola na baliza estão a fazer do Sporting de Braga uma equipa chata de ver jogar.
Aqueles que admiram o estilo de jogo Barcelonense podem também parar para tentar admirar o estilo que Peseiro impôs a um Braga que sempre nos habituou a um estilo de jogo rápido, mas a verdade é que esta tentativa de fazer do Braga um novo Barça está a sair torta, coisa que está a custar aos jogadores, ao clube e aos fãs.

Num jogo que já não se adivinhava fácil, o Braga teve trinta minutos (num total de 130, contado com o prolongamento) de jogo empolgante. Trinta minutos e só no prolongamento, quando a equipa já sofria pelo golo que não chegava. O Leixões, inteligentemente, aproveitou a displicência da equipa bracarense e foi lançando contra-ataques perigosos q.b., ainda que poucos.
Como Treinador(a) de Bancada e adepta de futebol não posso deixar de anotar certas coisas:

Ponto número 1: Há que deixar de trocar jogadores a torto e a direito. Desde o início da época que José Peseiro tem insistido em trocar constantemente a equipa, evitando que a mesma possa ter o mínimo grau de estabilidade. O calendário é preenchido e complicado, mas mudar mais de metade da equipa afecta seriamente os graus de confiança da mesma e dos próprios jogadores.
Ponto número 2: Estilo de jogo. O Braga sempre se afirmou pela defesa quase intransponível que possuía e, no entanto, esta época o resultado é desastroso. O mesmo se aplica aos médios e extremos, que sempre foram uma grande referência nos ataques rápidos da equipa e que agora se limitam a pausar o jogo e a pensar demais. É necessário um Braga com cabeça mas também é necessário rapidez e execução. Não podemos estar sempre à espera que uma ou outra jogada durante 90 minutos nos traga o golo; é preciso ir atrás dele e tentar até mais não! No caso da defesa há a notar a frequência com que os defesas centrais se atrapalham ou nem sabem como reagir quando confrontados no 1 para 1, ou que os defesas laterais se esquecem de compensar correctamente o colega que tinha partido para o ataque. O estilo de jogo de Peseiro veio estragar toda a formação do Braga, que agora quase contém 3 partes distintas que não conseguem funcionar entre si.

O Braga arrancou na época 2012/2013 com um título em vista e comprometeu-se a lutar por ele. Os adeptos continuam esperançosos mas os recentes resultados e exibições da equipa deixam-nos com o pé atrás. Há que mudar o que está mal, Sr. Peseiro.

sábado, 13 de outubro de 2012

TREINADOR(A) DE BANCADA: E tudo o campo parou


 
Infelizmente, por influência do trânsito e coisas que mais, só assisti à segunda-parte do jogo da selecção A de Portugal. Aquilo que se adivinhava como o jogo mais complicado da nossa selecção no apuramento para o Mundial de 2014, acabou por se tornar num dos jogos mais azarentos de sempre.
Aos 4 minutos, uma perda de bola infantil permite à Rússia passar para a frente do marcador depois de uma desmarcação venenosa de Kerzhakov. Rúben Micael, no cumprimento do seu quinto jogo como titular, entregou a bola ao adversário e, numa questão de segundos, a Rússia conseguiu fazer aquilo que Portugal tanto tentou durante os praticamente 85 minutos restantes.
Minutos depois, Coentrão, aquele defesa esquerdo raçudo que nos levanta das cadeiras nos ataques combinados com C. Ronaldo, sai lesionado e junta-se a Raul Meireles, obrigando P. Bento a “inventar” um defesa esquerdo. Miguel Lopes saltou do banco praticamente sem aquecer e entrou num jogo cuja primeira parte já fazia temer o pior.
Tudo isto depois da constante preocupação com C. Ronaldo e J. Pereira durante a semana antecedente.

Mas não bastassem as adversidades acima mencionadas, ainda havia um campo sintético com que nos preocuparmos. Habituados a relvados naturais onde a bola corre sempre demais e quase nunca de menos, os jogadores mostraram algumas dificuldades em se adaptarem a um sintético (que prende mais a bola e os próprios pés dos jogadores), influenciando a táctica de P. Bento e muitos dos ataques. Muitas bolas foram passadas com força demais numa tentativa de desmarcação de um companheiro.

E que tem um(a) treinador(a) de bancada a dizer sobre isto?

Ponto 1: Rúben Micael. É, sem dúvida, um bom jogador, com raça, mas ontem não era o seu dia e, como tal, devia ter sido substituído o mais tardar ao intervalo. A meu ver foi um jogador a menos no meio campo e isso permitiu muitos ataques por parte da Rússia, que preferiam atacar pelo meio.
Ponto 2: Ataque e meio campo. Com a substituição de Rúben Micael, P. Bento poderia ter desde logo apostado num Portugal mais presente no ataque, fazendo entrar Varela ou Éder. Varela, por seu lado, já tem fama de ser a “arma secreta” da selecção e a equipa podia aproveitar um aumento de confiança que o jogador podia trazer; Éder, por outro lado, tem sempre uma forte presença na grande área adversária e consegue sempre segurar bem a bola e ganhar algumas faltas preciosas que tanto jeito podiam ter dado à nossa selecção. A equipa iria depois funcionar num 4-4-2 improvisado mas iria usufruir de grande presença no meio campo e grande presença na área adversária. Se, por outro lado, Bento preferisse manter Postiga sozinho na frente, Custódio teria sido uma boa opção para o meio campo português, fazendo avançar Miguel Veloso no campo.
O certo é que Varela lá entrou e nem isso funcionou. Portugal estava num dia não e não marcava mesmo que jogasse toda a noite. C. Ronaldo, muito por força do campo, também foi um jogador mais apagado, já que quase nem ligou o turbo e, consequente, não nos presenteou com as suas habituais arrancadas.
Para alguém que apenas viu os segundos 45 minutos, os conselhos não são muitos, mas notou-se um Portugal que tentou e se esforçou (até demais) para conseguir um bom resultado; tanto que, nos últimos minutos, já só havia uma baliza no fundo do campo e todos queriam ter a sua oportunidade de marcar e ser herói, muita vez esquecendo-se que o futebol é um jogo de equipa.
Por minha parte só tenho a apontar que é preciso prever algumas situações quando se prepara um jogo. É inaceitável que Paulo Bento não tivesse obrigado a equipa a treinar, durante a semana, num relvado sintético quando sabia de antemão que o jogo se ia disputar num campo com as mesmas características. Um treino não é suficiente para uma equipa se adaptar e quando já se tem a temperatura como factor inimigo é bom termos também nós um trunfo para usar. Com tantos relvados sintéticos ao longo do país, tenho a certeza que Bento iria encontrar um que servisse à selecção. E isso poderia ter sido um factor decisivo no jogo de ontem. Agora é aguardar o jogo contra a Irlanda do Norte e trabalhar para que ainda possamos acabar líderes.