Equipas há que pelo virtuosismo desenhado num rectângulo de jogo são capazes de transportar a nossa imaginação para a “degustação” de um concerto de música clássica. Ao longo da sua história o futebol deu-nos muitos e grandes tenores, inolvidáveis maestros, ou incomparáveis solistas, mas raras vezes nos terá dado uma orquestra tão afinada e virtuosa como a dos “Cinco Violinos”.
Esta foi a designação dada pelo conceituado treinador/jornalista Tavares da Silva ao quinteto mais célebre do futebol português, e porque não dizê-lo do futebol mundial, formado por um grupo de notáveis e virtuosos jogadores de futebol que na década de 40 encantou multidões nos campos nacionais defendendo as cores do Sporting Clube de Portugal. Fernando Peyroteo, Vasques, Albano, Jesus Correia e José Travassos são os cinco famosos violinistas dessa memorável orquestra que entre 1946 e 1949 tornou o leão num animal impossível de domar.
Um quinteto que actuando no sector ofensivo do terreno de jogo ofereceu ao clube de Alvalade a glória na sequência de centenas de golos, saborosos títulos, e acima de tudo momentos deslumbrantes de futebol baseados num exímio entrosamento aliado a um elevado grau de qualidade futebolística de todos os seus elementos nunca dantes visto no “desporto rei”. Quem teve o privilégio de assistir aos recitais desta orquestra afirma não ter dúvidas em rotular este como um dos períodos mais dourados do futebol nacional, lamentando apenas que estes cinco artistas não tenham tido a oportunidade de actuar juntos mais do que as três épocas em que fizeram furor de leão ao peito.
Tempo suficiente para conferir ao Sporting a grandeza sonhada pelo seu fundador José de Alvalade. Com os “Cinco Violinos” em campo os leões foram sempre campeões, degulando no campo de batalha, domingo após domingo, adversários atrás de adversários, fossem eles quem fossem.
A saga destes homens também conheceu alguns episódios na Selecção Nacional, embora sem o sucesso granjeado com a camisola verde-e-branca.
Fernando Peyroteo era talvez a estrela mor dos violinos de Alvalade, o homem que dava as pinceladas finais nas obras de arte criadas pelo quinteto, o mesmo é dizer, o goleador da equipa. Para o grande mestre do futebol português, Cândido de Oliveira, ele era uma máquina de fazer golos. Ao longo da sua carreira fez mais de 500 golos, 529 para sermos mais precisos, sendo que destes 331 (mais 22 do que Eusébio) foram apontados no campeonato. Nasceu em Humpata, Angola, a 10 de Março de 1918, e estreou-se de leão ao peito a 12 de Outubro de 1937 num jogo diante do Benfica onde apontou dois golos, apresentando desde logo o seu cartão de visita. O seu poder de remate (forte e colocado) aliado a um excelente jogo de cabeça fizeram com por seis ocasiões fosse rei dos marcadores do campeonato nacional, e entre muitos outros factos históricos ficam os 9 golos apontados num só jogo ante o Leça.
A completar a orquestra figuarava ainda o “pintor Malhoa”, a alcunha recebida por Vasques, o jogador mais tecnicista da célebre equipa, o elemento mais artístico dos violinos que entre 1946 e 1959 apontou 221 golos pelo seu Sporting. Do Seixal veio o veloz Albano, um criativo senhor de um drible desconcertante que disputou mais de 500 jogos com a camisola dos leões.
Fabuloso foi também o Zé da Europa, ou melhor, José Travassos, um galã que entrava em campo sempre com o seu famoso penteado brilhantina que na qualidade de interior-direito criava obras de arte do outro Mundo que o levariam a tornar-se no primeiro jogador português a representar uma Selecção da Europa, ganhando assim a alcunha de Zé da Europa.
A fechar a orquestra o multifacetado Jesus Correia, que dividia o seu talento pelo futebol e pelo hóquei em patins, sendo que na primeira modalidade o Necas – como era tratado pelos seus colegas de equipa – além de ter apontado mais de 250 golos com as cores do leão fez furor através dos seus magistrosos cruzamentos para o letal Peyroteo.
Esta foi a designação dada pelo conceituado treinador/jornalista Tavares da Silva ao quinteto mais célebre do futebol português, e porque não dizê-lo do futebol mundial, formado por um grupo de notáveis e virtuosos jogadores de futebol que na década de 40 encantou multidões nos campos nacionais defendendo as cores do Sporting Clube de Portugal. Fernando Peyroteo, Vasques, Albano, Jesus Correia e José Travassos são os cinco famosos violinistas dessa memorável orquestra que entre 1946 e 1949 tornou o leão num animal impossível de domar.
Um quinteto que actuando no sector ofensivo do terreno de jogo ofereceu ao clube de Alvalade a glória na sequência de centenas de golos, saborosos títulos, e acima de tudo momentos deslumbrantes de futebol baseados num exímio entrosamento aliado a um elevado grau de qualidade futebolística de todos os seus elementos nunca dantes visto no “desporto rei”. Quem teve o privilégio de assistir aos recitais desta orquestra afirma não ter dúvidas em rotular este como um dos períodos mais dourados do futebol nacional, lamentando apenas que estes cinco artistas não tenham tido a oportunidade de actuar juntos mais do que as três épocas em que fizeram furor de leão ao peito.
Tempo suficiente para conferir ao Sporting a grandeza sonhada pelo seu fundador José de Alvalade. Com os “Cinco Violinos” em campo os leões foram sempre campeões, degulando no campo de batalha, domingo após domingo, adversários atrás de adversários, fossem eles quem fossem.
A saga destes homens também conheceu alguns episódios na Selecção Nacional, embora sem o sucesso granjeado com a camisola verde-e-branca.
Fernando Peyroteo era talvez a estrela mor dos violinos de Alvalade, o homem que dava as pinceladas finais nas obras de arte criadas pelo quinteto, o mesmo é dizer, o goleador da equipa. Para o grande mestre do futebol português, Cândido de Oliveira, ele era uma máquina de fazer golos. Ao longo da sua carreira fez mais de 500 golos, 529 para sermos mais precisos, sendo que destes 331 (mais 22 do que Eusébio) foram apontados no campeonato. Nasceu em Humpata, Angola, a 10 de Março de 1918, e estreou-se de leão ao peito a 12 de Outubro de 1937 num jogo diante do Benfica onde apontou dois golos, apresentando desde logo o seu cartão de visita. O seu poder de remate (forte e colocado) aliado a um excelente jogo de cabeça fizeram com por seis ocasiões fosse rei dos marcadores do campeonato nacional, e entre muitos outros factos históricos ficam os 9 golos apontados num só jogo ante o Leça.
A completar a orquestra figuarava ainda o “pintor Malhoa”, a alcunha recebida por Vasques, o jogador mais tecnicista da célebre equipa, o elemento mais artístico dos violinos que entre 1946 e 1959 apontou 221 golos pelo seu Sporting. Do Seixal veio o veloz Albano, um criativo senhor de um drible desconcertante que disputou mais de 500 jogos com a camisola dos leões.
Fabuloso foi também o Zé da Europa, ou melhor, José Travassos, um galã que entrava em campo sempre com o seu famoso penteado brilhantina que na qualidade de interior-direito criava obras de arte do outro Mundo que o levariam a tornar-se no primeiro jogador português a representar uma Selecção da Europa, ganhando assim a alcunha de Zé da Europa.
A fechar a orquestra o multifacetado Jesus Correia, que dividia o seu talento pelo futebol e pelo hóquei em patins, sendo que na primeira modalidade o Necas – como era tratado pelos seus colegas de equipa – além de ter apontado mais de 250 golos com as cores do leão fez furor através dos seus magistrosos cruzamentos para o letal Peyroteo.
3 comentários:
a melhor equipa de sempre do Sporting!
E o incrível é que eram só portugueses que se batiam de igual para igual com os outros. Agora é só sul-americanos futebol clube, sem amor à camisola.
velhos e bons tempos
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