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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mesut Ozil: O génio intermitente

fifa.com
Se há jogador que fica bem no resumo de qualquer jogo ou numa compilação de momentos é Mesut Ozil. Passes extraordinários, visão de jogo fantástica e pormenores de excelência.
               
No entanto, um jogo não se esgota num resumo. Uma compilação de momentos é apenas uma amostra enviesada da real capacidade de um jogador. O médio-ofensivo germânico é um exemplo clássico.

A sua imagem percecionada não é real. Trata-se de um jogador que se desliga durante muito tempo do jogo durante os 90 minutos, pouco se dá por ele e parece estar muito apagado. No entanto, em um, dois ou três raros momentos, faz um passe que jamais alguém imaginaria e entrega um golo feito a um colega. Cristiano Ronaldo e Olivier Giroud que o digam.

No final da temporada, coleciona assistências e poucos o superam no panorama europeu. Aí surge o dilema que tem acompanhado José Mourinho, Arsène Wenger e Joachim Low. Que fazer a um futebolista que deveria estar a ter muito mais influência no jogo e que as coisas não lhe estão a correr bem? Substitui-lo? E quando se trata de Ozil, que em 90 minutos pode ter apenas um bom momento, mas ser nesse lance que a partida se resolve?

Quantas vezes foi visto a estar bem desde o pontapé de saída até ao apito final? A genialidade reconhecida vai disfarçando os seus sucessivos apagões, mas aos 25 anos, já se exige que apresente maior consistência e que apareça mais a assumir um papel fundamental na organização de jogo das equipas representa. Mas que não deixe de entregar golos feitos, claro.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Bola de Ouro para Neuer, sff!

fifa.com
Durante este ano, nomeadamente com a montra que é o Campeonato do Mundo, o alemão Manuel Neuer deixou de ser um candidato a melhor guarda-redes do planeta para se afirmar como o mais completo guardião à face da terra.
             
Nunca se ouviu tanto falar em 1x4x3x3 para se caracterizar uma equipa. Neuer é isso, o líbero que protege as costas da defesa com uma rapidez felina a sair da baliza e o primeiro homem da fase de construção, mostrando um à vontade impressionante a jogar com os pés.

Nas saídas aos cruzamentos exibe grande imponência em intercetar a bola no ar e agarrá-la com uma segurança de altíssimo nível. Quando é impossível agarrar o esférico, certifica-se que a soca para bem longe, não a deixando jogável para um adversário. É destemido nestas ações, e Higuaín que o diga.

É um líder nato, que comanda a sua defesa, e capaz de intervenções fantástica, fazendo lembrar um guarda-redes de andebol pelos reflexos ou até um jogador de voleibol pela forma acrobática com que impede que o esférico atinja o seu alvo.

Por muito ágeis e simpáticos que sejam Petr Cech, Gianluigi Buffon, Iker Casillas ou Thibaut Courtois, nenhum deles reúne todas estas características. Manuel Neuer é, por isso, o melhor e mais completo guarda-redes do mundo.

Tudo isto somado leva-nos a pensar há quanto tempo não se assistia a um guardião que primasse por roçar a perfeição em todos os aspetos, e de que forma se o pode condecorar para além da Luva de Ouro que recebeu no último Mundial.

Com o fracasso de Cristiano Ronaldo no Mundial, a intermitência de Lionel Messi e o problema disciplinar de Luis Suárez, será à altura ideal para devolver o prémio de melhor jogador do mundo a um guarda-redes?

Para além das exibições fantásticas, estamos a falar de um guardião que ganhou tudo em 2013/14 à exceção da supertaça alemã e da Liga dos Campeões e que, até confirmar o título germânico pelo Bayern, tinha apenas 13 golos sofridos em 26 jogos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Portugal sofre mas vence Dinamarca

Frente à 'besta-negra' das duas últimas qualificações, Portugal entrou disposto a corrigir o resultado negativo da primeira ronda. Depois de Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga desperdiçarem duas boas ocasiões, Pepe cabeceou para o fundo das redes aos 24 minutos, na sequência de um pontapé de canto. A 'Seleção das Quinas' não abrandou e 12 minutos depois dilatou a vantagem, por intermédio de Postiga, depois de um excelente passe de Nani. À beira do intervalo, Bendtner, o 'carrasco' dos portugueses, reduziu para a Dinamarca, numa desatenção da defensiva lusa.

Na segunda parte, Portugal continuou a dispor das melhores oportunidades, mas começou a baixar as linhas. O capitão da seleção nacional voltou a estar em evidência pela negativa, ao falhar dois golos na cara de Andersen. Quem não marca arrisca-se a sofrer e Bendtner fez questão de comprovar a teoria, fazendo o empate aos 80 minutos. Os pupilos de Paulo Bento foram obrigados a correr novamente atrás da vitória, e três minutos depois de ter entrado em campo, Silvestre Varela fez o tento que garantiu os três pontos, aos 87'. 

Veja os golos do jogo:


Alemanha bate Holanda com 'bis' de Gomez

Mario Gomez, autor do golo que ditou a derrota de Portugal diante da Alemanha, voltou a ser decisivo, desta vez diante da Holanda. O avançado fez os dois golos com que os germânicos bateram os holandeses, ambos a passe de Bastian Schweinsteiger. Robin Van Persie marcou o único tento da 'Laranja Mecânica'. Com mais esta vitória, a Alemanha lidera o grupo B com seis pontos, mais três que Portugal e Dinamarca, enquanto que a Holanda permanece no último lugar com zero pontos. No entanto, qualquer das seleções têm hipóteses de passar à fase seguinte. 

Confira os golos da partida:


domingo, 10 de junho de 2012

Euro 2012: Mario Gomez derrota Portugal

A 'Seleção das Quinas' estreou-se no Euro 2012 com o pé esquerdo, perdendo por 1-0 frente à Alemanha. Num jogo marcado pelo equilíbrio, foi Mario Gomez quem fez toda a diferença. O ponta-de-lança hispano-germânico marcou o único tento da partida à passagem dos 72 minutos, num excelente cabeceamento, sem hipóteses para Rui Patrício. Antes da estocada de 'El Torero', foi o luso-brasileiro Pepe quem esteve muito perto de marcar. O central do Real Madrid rematou à trave da baliza de Neuer, com a bola a pisar a linha de golo, mas sem a ultrapassar por completo. Portugal nunca baixou os braços e teve duas grandes ocasiões para empatar a contenda, primeiro por Nani, que voltou a encontrar o ferro, depois por Varela, que falhou na cara do guardião alemão. 

Portugal deixou uma boa imagem, mas continua a pecar na finalização. À imagem do que sucedeu no Euro 2004, resta acreditar que a seleção nacional vença os próximos jogos, diante de Dinamarca e Holanda. 

Veja os melhores momentos da partida:


'Vikings' surpreendem 'Laranja Mecânica'

A Dinamarca bateu a favorita Holanda no jogo de abertura do grupo B, com um golo solitário de
Krohn-Dehli aos 24 minutos. Os holandeses fizeram 28 remates, contra 8 dos dinamarqueses, e ainda se queixaram de duas grandes penalidades por marcar. No entanto, a solidez defensiva dos nórdicos, com destaque para a grande exibição do guardião Andersen, valeu a liderança do grupo, a par da Alemanha. 

Confira os melhores lances do jogo:


sábado, 19 de maio de 2012

Campeões da Europa


Por essa europa fora os campeonatos nacionais estão a chegar ao fim, nalguns países já terminaram noutros está a beira do fim faltando poucos jogos. Todos eles foram campeonatos emotivos com a luta pelo título a ser disputada até as ultimas jornada ou até mesmo aos últimos segundos como na Inglaterra em que os rivais de Manchester lutaram até ao último segundo da Premier Ligue. Tendo o Manchester City saído vitorioso no campeonato, já em Portugal a luta durou até a antepenúltima jornada onde o FC Porto levou a melhor sobre o Benfica tornando-se Bicampeão. Na Espanha o Real Madrid foi a casa do rival Barcelona por um ponto final na luta pelo título derrotando a equipa da casa por 2-1 e atingido assim uma marca histórica de 100 pontos na liga, na Bundesliga o Borússia Dortmund foi uma vencedor “tranquilo” terminou o campeonato com vários pontos de diferença para o segundo classificado Bayern Munique. Na liga francesa o Montpellier está a um ponto de se tornar campeão francês para isso terá de bater o Auxerre na última jornada, na Holanda o Ajax voltou a erguer o trofeu de campeão. Já em Itália a Juventus volta a ser campeão depois de ter vivido um período conturbado. 

Portugal – FC Porto                 
Espanha – Real Madrid
Inglaterra – Manchester City
Holanda – Ajax
Roménia – CFR Cluj
Alemanha – Borússia Dortmund
Escócia – Celtic FC
Rússia – Zenit St. Petersburg
Itália - Juventus   


quinta-feira, 17 de março de 2011

Schalke 04 chama Ralf Rangnick para o lugar de Felix Magath

Um dia depois de ter destituído Felix Magath do cargo de treinador da sua principal equipa o Schalke 04 anunciou que Ralf Rangnick será o substituto do antigo internacional alemão. Rangnick, de 52 anos, chega à Gelsenkirchen livre, uma vez que estava sem clube desde Janeiro passado (o último emblema que orientou foi o Hoffenheim), e deverá ser apresentado na próxima segunda-feira, sendo por isso que no jogo do próximo fim-de-semana ante o Bayer Leverkusen, referente à 27ª jornada da Bundesliga, o Schalke irá ser orientado pelo técnico interino Seppo Eichkorn.

terça-feira, 15 de março de 2011

Joachim Low prolonga ligação à “nationalmannschaft”

O seleccionador alemão Joachim Low acabou com os rumores de uma possível transferência para o banco do Bayern de Munique na próxima temporada depois ter anunciado a prolongação do contrato que o liga à Federação Alemã de Futebol (DFB). O novo contrato com a “nationalmannschaft” será válido até 2014, o que vem confirmar o desejo já manifestado publicamente por Low de voltar a marcar presença na fase final de um Campeonato do Mundo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ainda se lembra...de David Seaman

A encerrar a semana recordamos um dos guarda-redes que marcou a década de 90 do futebol mundial, as suas defesas e o seu mítico rabo de cavalo fizeram dele um símbolo das balizas inglesas.


Começar por baixo

David Andrew Seaman nasceu a 19 de Setembro de 1963 em Rotherham, Inglaterra. Fez as primeiras defesas nas camadas jovens do Leeds United, acabando por ser dispensado mais tarde e com isso o seu sonho de chegar ao escalão máximo do futebol inglês teria de esperar mais uns anos. Iniciou-se a jogar a nível sénior no Peterborough United da quarta divisão, em Agosto de 1982 e foi aí que o seu potencial começou a surgir, de tal forma que passados somente dois anos, o Birmingham que nessa altura estava na segunda divisão o contratou. A estreia foi positiva já que o clube acabaria por chegar à primeira liga, no entanto duraria apenas um ano até que voltassem à divisão inferior, mas David Seaman já não acompanharia o clube, porque as suas boas exibições trouxeram-lhe um novo contrato, desta vez o Queens Park Rangers, clube que na altura tinha o seu estatuto e renome na Premier League.


O sucesso em Highbury Park

David Seaman continuava a brilhar e a mostrar os seus dotes de guarda-redes, perante as bancadas da principal divisão inglesa, não foi por isso de admirar que em 1990 o Arsenal fizesse chegar ao Queens Park Rangers uma proposta no valor de 1,3 milhões de euros, um recorde naquela altura para levar Seaman para um clube de maior dimensão nacional e europeia. Os treze anos em que o guardião defendeu as redes londrinas, coincidiram com o período de sucesso do Arsenal. Logo na primeira época, Seaman sofreu apenas 18 golos em 38 jogos do campeonato, sendo uma das peças fundamentais para a conquista do título para três anos depois vencer a sua primeira Taça de Inglaterra e da Liga, às quais juntaria a Taça das Taças, ao derrotar na final o Parma por 1-0. Em 1995 o Arsenal voltaria a estar perto de reconquistar o troféu, chegando novamente à final, só que um pontapé de Naym, no prolongamento não deu hipóteses a Seaman e a taça acabou por ir parar às mãos do Saragoça. Agosto de 1996 marca o início de Arsene Wenger ao comando dos gunners, mas foi preciso esperar dois anos para que o Arsenal fizesse a dobradinha, na temporada seguinte Seaman sofreria apenas 17 golos, mas o título ficou a um ponto de distância para o Manchester United, que levaria também de vencida a formação de Londres nas meias-finais da Taça de Inglaterra. Em 2000 David Seaman levou de novo a equipa a nova final europeia, a extinta Taça UEFA, que seria ganha pelos turcos do Galatasaray, que depois do 0-0 durante 120 minutos derrotariam o Arsenal nas grandes penalidades por 4-1. A temporada de 2002 seria a última do guardião em Highbury Park, onde gunners conquistariam o seu último campeonato, juntando a ele mais uma Taça de Inglaterra fazendo nova dobradinha.


Fim de carreira em Manchester

Em 2003 David Seaman teve uma curta passagem por Manchester, onde alinhou ao serviço do City, depois de uma temporada intermitente na baliza, uma lesão no ombro a juntar às várias que já havia sofrido ao longo da sua carreira, levaram o guarda-redes a colocar um ponto final na sua carreira a 13 de Janeiro de 2004.


Pela Inglaterra

David Seaman defendeu pela primeira vez as redes nacionais em 1988. O seu primeiro dissabor aconteceu em 1990, quando o malogrado Bobby Robson, na altura aos comandos da selecção o chamou para o Mundial a disputar em Itália, só que o ombro de Seaman já naquela época dava problemas e foi em solo italiano que teve de ser substituído por Dave Beasant. O guardião assumiria o comando da baliza com técnico Terry Venables durante o europeu de 96, disputado em Inglaterra. Foi o herói de um país ao defender duas grandes penalidades, a primeira ainda na fase de grupos frente à Escócia, quando o resultado estava em 1-0 para os ingleses e depois nos quartos de final, na lotaria dos onze metros negou o golo a Nadal, colocando a Espanha fora do Campeonato da Europa. Ironicamente a Inglaterra perderia nas grandes penalidades nas meias-finais contra a Alemanha, mas nem isso tirou a Seaman o título de melhor jogador do torneio. No França 98, Seaman voltaria a estar em bom plano, mas os penaltis voltariam a eliminá-lo desta vez às mãos da Argentina e 2000, no europeu depois de jogar contra Portugal e Alemanha, o guardião tornaria a lesionar-se no ombro, ficando de fora na partida decisiva contra a Roménia, que venceria por 3-2 e a Inglaterra não passava sequer da fase de grupos. O Mundial de 2002 marcaria o princípio do fim da presença de David Seaman na baliza inglesa, depois de uma primeira fase sem sobressaltos, uma má colocação entre os postes no jogo frente ao Brasil, deu a Ronaldinho Gaúcho o 2-1 com que os brasileiros eliminaram a Inglaterra nos quartos-de-final. Apesar da polémica Seaman mereceu a confiança do então seleccionador Sven Goran Eriksson, só que num encontro de qualificação para o Euro 2004, a Macedónia empatava 2-2, graças a um golo de canto directo de Artim Sakiri, ao qual Seaman ficou ligado pelos piores motivos. Este seria o último encontro do guarda-redes ao serviço da selecção, estávamos em Outubro de 2002.


Veja as melhores defesas de David Seaman




Actualmente e Palmarés

Deixados os relvados, David Seaman continua a aparecer nas televisões britânicas em participações de programas de entretenimento, bem como comentador de jogos da liga inglesa. Enquanto jogador ao nível de clubes, Seaman fez um total de 731 partidas, venceu por três vezes a Premier League a que se junta as quatros Taças de Inglaterra e uma da Liga, bem como a Taça das Taças. Pela selecção principal foi internacional em 75 ocasiões, num percurso de 15 anos só superado pelas 125 internacionalizações de Peter Shilton.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Bodo Illgner

A fechar a semana desportiva recordamos um guardião, que apesar de ter feito a sua carreira em apenas dois emblemas, viu o seu mérito reconhecido através dos vários títulos que conquistou a nível de clubes como a pela selecção.


O início em Colónia

Bodo Illgner nasceu a 7 de Abril de 1967, em Koblenz, Alemanha. A sua carreira começou com meros seis anos de idade nas camadas jovens do Hardtberg, clube onde ficou até aos dezasseis anos, altura em que se transferiu para aquele que viria a ser o seu primeiro emblema e onde faria a maior parte do seu percurso, enquanto guarda-redes, o Colónia. A estreia aconteceu a 22 de Fevereiro de 1986, numa partida frente ao Bayern de Munique, quando com somente 18 anos, entrou para o lugar do mítico e polémico Harald Schumacher, que tinha acabado de cometer uma grande penalidade e sido expulso. Illgner não defendeu o castigo máximo convertido por Lothar Mathaus e o jogo terminou 3-1, para os da Baviera. Em 1988 já com a titularidade assegurada o jovem alemão foi um dos elementos preponderantes para a obtenção do segundo lugar do Colónia na Bundesliga. Aliás essa seria a classificação habitual da equipa, nunca conseguindo almejar o título, perdendo uma final da Taça da Alemanha em 91, frente ao Werder Bremen por 4-3 nas grandes penalidades. As restantes épocas consolidaram Illgner como um dos melhores guarda-redes germânicos de sempre e tal facto começou a despertar a cobiça dos colossos europeus.


Os títulos e o fim em Madrid

Foi então que em 1996 e já com o campeonato em curso, chegou a Bodo Illgner uma proposta do Real Madrid, mais propriamente do técnico Fábio Capello, que foi desde logo aceite. Era chegado o momento do guarda-redes cimentar o seu estatuto com troféus, e eles apareceram logo na primeira temporada madrilista. A conquista do campeonato espanhol de 1997, foi o início de uma caminhada de sucesso, que seguiria o seu curso no ano seguinte, apesar de uma fase menos boa em que chegou a perder a titularidade da baliza, para Cañizares, Illgner voltaria a tempo de ajudar o Real a vencer a Liga dos Campeões, bem como o Mundial de Clubes. A época de 99 estava pronta a ter o seu início e Illgner mantinha-se de pedra e cal nas redes blancas, de tal forma que renovaria o seu vínculo por mais três anos, só que o fim do ano seria fatal para o guarda-redes. Uma lesão no ombro afastava o alemão das balizas por três meses e qual ironia do destino, para o seu lugar entrava um niño de 18 anos, de seu nome Iker Casillas. Apesar da recuperação total, Bodo Illgner nunca mais voltaria a roubar a titularidade ao jovem espanhol, quando a temporada de 2000 chegou ao fim o guardião alemão tinha feito apenas cinco jogos pelo Real Madrid e não foi por isso de estranhar, que aos 34 anos e no final de 2001, Bodo Illgner tivesse colocado um ponto final na sua carreira.


Veja algumas imagens da carreira de Bodo Illgner




A Maanschaft

Bodo Illgner estreou-se pela selecção germânica, quando ainda se encontrava ao serviço do Colónia, o jogo foi contra a Dinamarca a 22 de Setembro de 1987, era então seleccionador Franz Beckenbauer, a Alemanha ganhou por 1-0 e a boa exibição valeu-lhe a presença no Europeu de 88, o abandono dos relvados de Einke Immel, permitiu a Illgner ganhar de vez a titularidade com 22 anos. O seu grande momento aconteceu com a vitória no Itália 90, na final a Alemanha vencia por 1-0 a Argentina, que havia batido os germânicos em 86 no México por 3-2. Um golo de Andreas Brehme na marcação de uma grande penalidade já nos minutos finais selou o triunfo da Alemanha e premiou Illgner como o primeiro guarda-redes a não sofrer golos numa final de um Mundial. Porém o guardião havia brilhado também nas meias finais contra a Inglaterra, ao defender o penalti de Stuart Pearce na "lotaria" dos onze metros, vencendo por 4-3. O Europeu de 92 apareceu logo a seguir e a Alemanha voltaria a chegar à final, só que desta vez seria surpreendida por uma repescada Dinamarca, que surpreendeu tudo e todos derrotando os germânicos por 2-0. A última partida de Bodo Illgner ao serviço da selecção nacional, aconteceria nos quartos de final do Mundial de 94 nos Estados Unidos, quando a Alemanha foi derrotada por 2-1, pela Bulgária depois de ter estado a vencer por 0-1.


Palmarés

No total Bodo Illgner disputou 417 jogos divididos entre Colónia e Real Madrid, sendo chamado por 54 vezes à selecção nacional. Conquistou dois campeonatos de Espanha, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de clubes, tendo a nível individual sido eleito entre as temporadas de 89 e 92, o melhor guarda-redes a jogar na Alemanha e em 91 o guardião europeu do ano.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Dejan Savicevic

No começo de uma nova semana trazemos em memória, um dos jogadores que marcou o futebol sérvio não apenas nos últimos anos, como em toda a sua história e que criou momentos que jamais serão esquecidos.


Uma estrela em ascensão

Dejan Savicevic nasceu a 15 de Setembro de 1966, Titograd, Montenegro na antiga Jugoslávia e desde cedo mostrou ter uma grande afinidade para a arte do futebol. Aos 15 anos começou a jogar na equipa da sua terra natal, mudando-se depois para o Buducnost da Primeira Liga e por lá jogou seis temporadas, marcando 35 golos em 131 jogos. Ora esses números levaram a que, com 21 anos Savicevic se transferi-se para um dos mais poderosos clubes do país, o Estrela Vermelha, decorria o ano de 1988. A primeira temporada não correu da melhor forma, já que foi obrigado a cumprir o serviço militar, tendo apenas ordem para jogar nos jogos das competições europeias ou da selecção nacional. Savicevic fez a sua primeira apiração pela equipa de Belgrado em Setembro, na partida inaugural da Liga dos Campeões, frente ao Dundalk da Irlanda e a estreia não podia ter sido melhor, vitória por 3-0, com o avançado a marcar um dos golos. Viriam depois os jogos a eliminar e Savicevic apareceu para defrontar o AC Milan, após uma igualdade a um nos dois jogos, a partida foi resolvida na Jugoslávia na marcação de grandes penalidade, com os italianos a levarem a melhor por 4-2, com Savicevic a falhar um dos castigos máximos. Porém as temporadas seguintes seriam de consagração para Dejan, que ajudaria o Estrela Vermelha a vencer três campeonatos consecutivos, 89/90, 90/91 e 91/92, além de duas Taças Jugoslavas e uma Liga dos Campeões.



Entre a luz e o ofuscar de Itália

Consagrado na Jugoslávia, chegava a hora de Savicevic mudar de ares e rumar até Itália, para aqueles que viriam ser mais anos de conquistas e glória. Em 1992, o AC Milan pagou ao Estrela Vermelha 9,4 milhões de euros pelo passe do jugoslavo, para o juntar a um plantel, que também via chegar Jean-Pierre Papin, Zvonimir Boban, Gianluigi Lentini e Stefano Eranio. A estreia na Seríe A, aconteceu a 13 de Setembro, dois dias antes de fazer 26 anos, com Fábio Capello ao comando, o Milan renovaria o título de campeão, mas com Savicevic a passar em segundo plano jogando apenas dez e jogos e apontando quatro golos. Dejan não se conseguia impôr na equipa rossoneri, já que naquela época imperava a lei da UEFA de só poderem actuar três estrangeiros no onze inicial e com Van Basten, Gullit, Rijkaard, Papin, Boban, o médio ofensivo via o seu espaço reduzido. A relação entre Capello e Savicevic não era das melhores e o ponto de ruptura aconteceu, quando o jogador ficou fora dos convocados para a final da Liga dos Campeões de 1993, frente ao Marselha, em Munique. Mas eis que a na época seguinte as coisas mudariam a favor de Savicevic, já que Van Basten, Rijkaard e Gullit abandonavam San Siro, deixando o trio de estrangeiros entregue a Boban, Papin e Savicevic. Embora não fosse ainda um titular indiscutível e mesmo sem marcar qualquer golo nos vinte encontros em que participou na Serie A, a grande visão de jogo e técnica do médio criativo, levaram o Milan ao scudetto e a mais uma conquista da Liga dos Campeões, coroando a sua exibição com um chapéu fantástico a Zubizarreta na vitória por 4-0 frente ao Barcelona de Johan Cruijff. Ainda assim a sua relação com Capello permanecia inalterável, valendo a Savicevic um excelente entendimento que tinha com o presidente Sílvio Berlusconi, que o apelidaria de Il Genio. A temporada de 94/95, deixou o AC Milan a meio da tabela no campeonato, mas a nível europeu a equipa chegaria pelo terceiro ano consecutivo à final da Liga dos Campeões, antes nas meias finais Savicevic marcou dois dos três golos, com que o clube eliminou o Paris Saint-Germain, mas falharia a final por lesão, embora o médio tivesse insistido que estava em condições de jogar. No jogo decisivo o Milan acabaria por cair ao pés do Ajax e de um golo de Patrick Kluivert a cinco minutos do fim. Dejan Savicevic abandonaria Itália em 1998, levando consigo 144 jogos e 34 golos, mais sete títulos, entre os quais três campeonatos, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia. Apesar de toda a sua técnica, visão de jogo e dedicação ao clube, a imprensa transalpina acusou sempre o médio de nunca se esforçar em encontros contra equipas mais fracas e de querer apenas sobressair nos grandes encontros.




Fins de carreira

Dejan Savicevic teria uma nova passagem muito rápida pelo Estrela Vermelha em 1999, jogando somente três jogos, mudando-se logo a seguir para Viena onde actuaria ao serviço do Rapid por duas épocas, não tendo conquistado qualquer título, marcando 25 golos nos 44 jogos disputados e foi em Maio 2001, que decidiu pendurar as botas para seguir carreira como treinador. O seu primeiro cargo foi nada mais nada menos, do que comandar a selecção da já Sérvia e Montenegro, nas poucas esperanças de ainda estar presente no Mundial de 2002. A selecção precisava de vencer na Rússia para ainda lutar pelo segundo lugar no grupo, mas o empate 1-1 comprometia ainda mais o apuramento. Seguiram-se depois três triunfos, até ao jogo decisivo frente à Eslovénia, o triunfo era imperial, mas mesmo a jogar em casa os sérvios não foram além de nova igualdade a um golo, ficando assim fora do Campeonato do Mundo. Savicevic colocou então o lugar à disposição o que não foi aceite pelos membros da Federação, que o convenceram a liderar a selecção rumo ao Euro 2004. Só que após uma derrota embaraçosa por 1-2 frente ao Azerbeijão, o ex-futebolista acabaria mesmo por abandonar o cargo, com um registo de quatro vitórias, onze derrotas e dois empates.




As melhores jogadas, os golos e fintas de Savicevic






Ao serviço da selecção

Savicevic fez a sua estreia pela antiga Jugoslávia a 26 de Outubro de 1986, quando ainda jogava no Buducnost, num jogo do apuramento para o Euro 88 frente à Turquia, marcando o quarto golo na vitória por 4-0. No entanto o técnico Ivica Osim, com que teve uma relação conturbada não o convocaria para o importante jogo diante da Inglaterra, que acabaria com o triunfo inglês por 2-0. O jogador teria de esperar um ano para voltar a ser chamado à selecção, num jogo frente à Irlanda do Norte, com vitória jugoslava por 3-0. Tudo isto deixava para Belgrado novo encontro marcado frente aos ingleses, para decidirem qual deles estaria presente no europeu. Savicevic voltou a não ser chamado e a Inglaterra goleou por 1-4. Seguiu-se depois a qualificação para o Itália 90, com Savicevic a cumprir o serviço militar a sua chamada à selecção chegou apenas no jogo frente à França, entrando na segunda parte para dar a volta ao jogo. A perder por 1-2 Savicevic pegou na bola e fez duas assistências para Susic e Stojkovic darem o triunfo à equipa. Esta exibição deixou por momentos o técnico Osim rendido ao médio, que já havia cumprido o serviço militar, coroando o seu regresso com hat-trick na goleada por 4-0 ao Chipre. Só que nos encontros da segunda volta Savicevic voltaria a não ser convocado, mas isso não impediu a Jugoslávia de se qualificar para o Mundial, já que a vitória no último jogo por 1-0 frente aos norugueses, aliada ao surpreendente triunfo da Escócia em Paris por 0-3, deu aos jugoslavos o primeiro lugar no grupo. O Itália 90 porém não trouxe melhoras no que à participação de Savicevic na equipa diz respeito, no jogo inaugural a Jugoslávia sofria uma pesada derrota por 4-0 frente à futura campeã Alemanha, mas os triunfos sobre a Colômbia e Emirados Árabes Unidos deram a passagem para a fase a eliminar, tudo isto com Savicevic a jogar apenas a jogar no encontro frente aos germânicos. Nos oitavos de final a Jugoslávia defrontava a Espanha, com Savicevic a ser suplente utilizado e a sofrer a falta, sobre a qual Stojkovic marcaria o golo da vitória por 1-2 no prolongamento. Apesar do seu bom desempenho, o médio foi novamente suplente no jogo dos quartos de final frente à Argentina, entrando apenas na segunda parte, com o resultado empatado a zero e a jogar com menos um, a Jugoslávia conseguiu levar o jogo para as grandes penalidades, perdendo por 3-2.




Actualmente e Palmarés

Em 2004 Dejan Savicevic assumiu a liderança da Associação de Futebol de Montenegro, cargo que ocupa nos dias de hoje. Ao longo da sua carreira de jogador, fez 394 jogos, marcou 117 golos e foi internacional por 56 ocasiões tendo apontado 19 golos. Conquistou quatorze títulos a nível de clubes, destacando-se as duas Liga dos Campeões e ficou no segundo lugar na corrida à Bola de Ouro em 1991, tendo no mesmo ano sido eleito o melhor jogador da Jugoslávia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Tomas Brolin

Para o final da semana guardamos um jogador, que apesar de ter deixado cedo os relvados tem muito para contar, para além de ter conduzido a Suécia aos seus patamares mais altos nos anos 90.


Uma carreira precoce

Per Tomas Brolin, nasceu a 29 de Novembro de 1969 em Hudiksvall. Em 1984 com uns meros 14 anos teve o seu primeiro jogo oficial como profissional, ao serviço do Näsvikens IK, onde realizou 36 encontros e permaneceu duas temporadas. Brolin inscreveu-se depois na academia Fotbollsgymnasiet na cidade de Sundsvall em 1986, instituto esse que lhe permitiu fazer a sua formação académica e como futebolista. Não foi por isso de estranhar que um ano volvido tivesse assinado contrato com o GIF Sundsvall, tendo como adversário na estreia o IF Elfsborg. Em 1990, o avançado assinaria pelo IFK Norrokping, por onde teve uma passagem de meses, já que pouco depois abandonaria a Suécia.


Parma e a fatídica lesão

Com 20 anos Tomas Brolin aterrava em Itália para jogar pelo Parma, que tinha acabado de ser promovido à Serie A, e que contava com o também jovem Alessandro Melli, que em conjunto com Brolin fariam uma dupla de sucesso, marcando entre ambos 20 golos, 13 de Melli e 7 de Brolin, o que levaria o Parma ao quinto lugar no fim do campeonato e o apuramento histórico da primeira presença nas competições europeias. Se a estreia no Calcio tinha sido promissora, a segunda temporada não podia correr melhor. Brolin foi titular nos 34 jogos, marcou quatro golos e o Parma terminou no sexto lugar, mas acabaria por vencer a Taça de Itália ao derrotar na final a Juventus por 2-1, no total das duas mãos, em mais um triunfo inédito da equipa. Em 1992 a formação gialloblu, fez chegar ao seu plantel dois jogadores de renome, o argentino Sérgio Berti e o colombiano Faustino Asprilla. Estes elementos juntaram-se a Brolin, Grün e ao guarda-redes Taffarel, ora naquela altura apenas três jogadores que não fossem de nacionalidade italiana poderiam actuar no onze inicial. Brolin que até aí havia sido titular indiscutível na frente de ataque com Melli, viu o técnico Névio Scala colocá-lo no banco a maior parte da época em detrimento de Asprilla. O Parma conquistaria a Taça das Taças, derrotando na final em Wembley, o Royal Antuérpia por 3-1, e a Supertaça Europeia, isto levou a um maior reforço da equipa para a temporada seguinte. Estávamos em 1993 e chegavam ao clube Massimo Crippa e Gianfranco Zola, que colocou ainda mais em risco o espaço do jogador sueco na equipa. Brolin passou então a jogar no meio campo, deixando a ofensiva para Zola e Asprilla. A nível europeu o Parma voltaria a chegar à final da Taça das Taças, derrotando entre outros o Ajax e o Benfica, mas na final de Copenhaga e apesar de uma bola de Brolin ter acertado em cheio no poste já nos minutos finais, seria o Arsenal a vencer por 1-0. A 16 de Novembro de 1994, num jogo de qualificação para o Euro 96, Tomas Brolin partiu o pé naquela que seria a sua única e grave lesão na carreira. Numa altura em que o Parma estava a dois pontos da Juventus, que viria a sagrar-se campeã. Brolin regressaria apenas a 23 de Maio, já com os gialloblu a oito pontos de distância, para além da lesão, o avançado sueco viria a ser expulso pela primeira vez na sua carreira, na última partida do campeonato frente ao Nápoles, com somente vinte e três minutos decorridos. 1995 trouxe mais um reforço de peso para Parma, Hristo Stoichkov chegava e cada vez mais Brolin ficava sem margem de manobra, apesar de ainda ter efectuado alguns jogos Brolin percebeu, que já não havia lugar para ele e após cinco anos em Itália decidiu partir para jogar jogar com maior regularidade.


Olá e adeus Inglaterra

A chegada a Leeds aconteceu a 17 de Novembro de 1995, e a estreia de Brolin surgiu logo no dia seguinte, entrando como substituto na derrota da equipa por 2-1 frente ao Newcastle. Cedo se percebeu que o futuro de Brolin no clube não seria risonho, em duas épocas actuou somente por 20 ocasiões, tendo marcado quatro golos. A equipa não correspondeu às expectativas, e a 1 de Maio de 96, Brolin anunciou o seu regresso à Suécia para uma cirurgia no tornozelo. No regresso da nova época o técnico Howard Wilkinson disse-lhe para procurar outro clube, mas nenhuma proposta apareceu, até que em Agosto o Leeds decidiu em definitivo colocar Brolin no mercado, depois de ambas as partes entrarem em conflito. Seguiram-se dois empréstimos, o primeiro ao Zurique onde jogou apenas três jogos. Em Setembro o novo técnico do Leeds, George Graham queria de novo Brolin na equipa, mas este recusou-se a voltar levando o clube a fazer-lhe um ultimato.


Entre Parma e Leeds

A lesão contraída no tornozelo, impossibilitou a Tomas Brolin a mudança para a Sampdória e os médicos do Leeds, com receio de uma retirada precoce dos relvados observaram o atleta de forma a recuperá-lo para jogar de novo em Inglaterra. Estávamos em Dezembro de 1996, quando o próprio Brolin pagou 500 mil euros para ser emprestado ao Parma até final da época, onde efectuou onze partidas. A primeira seria apenas a 23 de Fevereiro de 97, depois de muitos treinos para recuperar a forma física, mas nunca se afirmou como titular, deixando claro aos dirigentes italianos que no fim da temporada não iriam assinar contrato com ele. O último jogo foi a 1 de Junho, no triunfo por 2-1 sobre o Verona, que deixou os gialloblu no segundo lugar do campeonato. Como tal Brolin regressou a Leeds, mas os conflitos mantinham-se ao ponto de o clube o multar em 90 mil euros, por o sueco faltar um jogo para estar presente no funeral do pai. As hipóteses de ser emprestado ao Saragoça de Espanha e ao Hearts da Escócia, saíram furadas e o fim da relação com o Leeds dar-se-ia a 28 de Outubro de 1997. Mais tarde Brolin seria eleito pela revista Times e fãs ingleses, como o segundo pior jogador numa lista de 50, que actuaram no campeonato inglês.


Encerrar a carreira nas origens

Apesar de debelada a lesão no tornozelo, Tomas Brolin nunca mais conseguiu recuperar a forma física, isso não foi motivo suficiente para que o Crystal Palace ainda o colocasse à experiência na equipa durante duas semanas. No entanto jogaria somente treze jogos, um dos quais frente ao Leeds, onde seria substituído cinco minutos depois do apito inicial, após um choque com o português Bruno Ribeiro. O Crystal Palace desceu de divisão e em Maio de 1998, Brolin regressava ao seu país natal, para se despedir dos relvados com apenas 29 anos, actuando o último quarto de hora como guarda-redes num jogo do Hudiksvall frente ao Kiruna FF.


Sucesso na Suécia

Tomas Brolin e Martin Dahlin comandaram a Suécia na sua melhor decada de sempre. Depois das meias-finais do Euro 92, onde seriam derrotados pela Alemanha por 3-2, os jovens de amarelo, em conjunto com Henrik Larsson, Kennet Andersson, Jonas Thern, Stefan Scharwz e o guardião Ravelli, fariam um Mundial de 94 fantástico. Com 23 anos Brolin estava em plena forma, um empate no jogo inaugural com os Camarões, não dava grande ânimo aos suecos, mas a vitória frente à Rússia e o empate com o Brasil, colocava-os na fase seguinte. O triunfo por 3-2 nos quartos de final frente aos romenos, levava a Suécia a novo encontro com os brasileiros nas meias finais, onde perderiam por 2-1. No entanto a formação nórdica acabaria num brilhante terceiro lugar ao golear a Bulgária por 4-0. A grave lesão contraída em 94, impossibilitou Brolin de dar o seu contributo à equipa durante o apuramento para o Euro 96, que acabaria por não ser alcançado.


Veja o vídeo do melhor de Tomas Brolin no Euro 92






Palmarés

Tomas Brolin fez um total de 280 jogos e marcou 54 golos, pelos nove clubes por onde passou, enquanto pela Suécia o avançado marcou por 26 vezes, que seriam depois convertidas em 27, já que Brolin reclamaria para si um golo atribuído ao colega de equipa Roland Nilson, tendo sido chamado por 47 ocasiões.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Michel Preud'homme

Depois de na primeira edição desta rubrica termos falado de um grande ponta de lança, hoje dedicamos este espaço a um enorme guarda-redes, que muitas saudades deixou no futebol português, principalmente nos adeptos benfiquistas.


As primeiras defesas

Michel Georges Jean Ghislain Preud'homme, nasceu em Ougree a 24 de Janeiro de 1959, considerado um dos melhores guarda-redes do futebol mundial, chegou ao Standard de Liège com somente dez anos, tendo feito toda a sua formação no clube belga, até chegar à equipa principal decorria o ano de 1977. Quatro anos volvidos foi bicampeão nas épocas 81/82 e 82/83, e desde logo deixou a ideia de que estaríamos na presença de um atleta de futuro internacional. Em 1986, mudou-se para o KV Mechelen, onde um ano volvido ganhou os maiores títulos da sua carreira, a Taça das Taças, ao derrotar na final o Ajax por 1-0, e a Supertaça Europeia, vencendo o outro gigante holandês, PSV por 3-0. Permaneceu no clube até 1994.


A chegada e o fim da carreira no Benfica

Foi em 1994, que Manuel Damásio, presidente do Benfica na altura, o levou para a Luz, onde depressa se tornou um ídolo dos benfiquistas, que mais tarde o apelidariam de Saint Michel. Preud'homme esteve cinco anos em Lisboa e apesar das muitas vitórias conquistadas e derrotas evitadas graças às suas defesas, algumas verdadeiramente incríveis, nunca conseguiu vencer o campeonato, tendo apenas conquistado a Taça de Portugal na época de 1995/1996. Foi no Benfica, que em 1999 Michel Preud'homme disse adeus às balizas e aos relvados, tinha então 40 anos, num amigável frente ao Bayern de Munique, o belga seria substituído pelo argentino Carlos Bossio. Ao todo 80 mil adeptos viram de pé, o guardião dar a volta de honra, sendo ainda hoje recordado como um dos guarda-redes que marcou a história do clube.


A Selecção

Pela Bélgica, conhecida também como os diables rouges, Preud'homme actuou por 58 vezes entre 1979 e 1995, a estreia aconteceu numa partida frente à antiga República Democrática Alemã, e foi no Mundial de 94 nos E.U.A, que o guardião se notabilizou, mesmo com a derrota nos oitavos de final contra a Alemanha, o guardião viu o seu esforço coroado com o troféu de melhor guarda redes da competição.


Reveja algumas das melhores das defesas de Preud'homme






O Treinador

A saída dos relvados abriu as portas há vertente técnica, quando ainda estava no Benfica, na era de Vale e Azevedo, Preud'homme assumiu o cargo de Director de Relações Internacionais, mas em 2000 acabaria por regressar há Bélgica, onde durante sete épocas intercalou o cargo de treinador e Director Desportivo do Standard de Liège. Curiosamente seria no último ano que conquistaria o campeonato belga. Mudou-se depois para o Gent, clube de onde saiu já em 2010, sendo actualmente o técnico do campeão holandês Twente. Ao longo da sua carreira Michel Preud'homme fez um total de 702 jogos, 199 dos quais ao serviço do Benfica, tendo sofrido 184 golos na defesa das redes encarnadas.

domingo, 11 de julho de 2010

Mundial 2010: Balanço Final

O mundial da África do Sul chegou ao fim. A Espanha foi consagrada a nova Campeã do Mundo, igualando assim França e Alemanha, como as únicas selecções a vencerem consecutivamente o título europeu e mundial. A selecção espanhola foi o ataque menos finalizador de toda a história com oito golos, foi também a única que venceu o campeonato do mundo, tendo perdido o jogo inaugural. Pode gabar-se de ser a primeira formação europeia a ganhar um mundial, fora do seu continente. Os espanhóis são a quinta selecção da Europa a triunfar na maior competição do futebol, juntando-se Itália, França, Alemanha e Inglaterra. Uma selecção espanhola "barcelonizada", ao todo na equipa titular eram sete os jogadores do Barcelona, mas houve mais para além da Espanha neste mundial. Diego Forlan, do Uruguai, foi eleito o melhor jogador da prova, enquanto Thomas Mueller da Alemanha ganhou a Bola de Ouro, como o melhor marcador ao apontar cinco golos, para além disso o avançado germânico juntou ainda o título de melhor jogador jovem da competição, Iker Casillas foi consagrado o guarda-redes do torneio. Ao todo foram marcados 148 golos, a Alemanha foi o melhor ataque com 16 remates certeiros, a Espanha rematou por 121 vezes às balizas adversárias e a Holanda a equipa mais faltosa, com 126 faltas assinaladas. E que dizer da selecção da Nova Zelândia, que foi a única a sair de cena sem ter perdido um encontro. Por fim, este mundial será claramente lembrado por Paul "O Polvo", profeta do aquário de Oberhausen, não falhou um prognóstico e arrisca-se a partir de hoje a ser considerado um animal sagrado por terras de nuestros hermanos. Em 2014 o Brasil contará uma nova história, até lá.

sábado, 10 de julho de 2010

Alemanha garante último lugar do pódio

A Alemanha ao derrotar esta noite o Uruguai por 3-2, garantiu o terceiro lugar no campeonato do mundo. A selecção germânica entrou melhor e inaugurou o marcador, ainda antes dos vinte minutos, por Muller, na recarga a remate de Schweinsteiger. No entanto a formação sul americana, chegou ao empate ao minuto 29', numa jogada de contra-ataque concluída por Cavani. A reviravolta acabou por acontecer logo no regresso das cabines, num bom remate de Forlan à entrada da área, iam decorridos 51' minutos. Só que a vantagem dos uruguaios durou apenas cinco minutos, já que o guardião Muslera, saiu em falso permitindo que o lateral Jansen, empatasse de cabeça. O golo que garantiu o triunfo da equipa alemã, surgiu a dez minutos do final, num cruzamento para a área, o médio Khedira foi mais ágil e também de cabeça fez 0 3-2. Assim pelo segundo mundial consecutivo a Alemanha termina na terceira posição, depois de em 2006, ter derrotado Portugal por 3-1. Quanto ao Uruguai, acaba por ter uma prestação bastante aceitável, já que há quatro anos não passou da fase de grupos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Espanha joga final frente à Holanda

A Espanha será o adversário da Holanda na final do campeonato do mundo. A selecção espanhola derrotou esta noite a Alemanha por 1-0, estando assim no jogo principal de uma fase final de um mundial, pela primeira vez na sua história. O único golo da partida foi marcado ao minuto 72', na sequência de um pontapé de canto, o central Puyol, saltou mais alto que tudo e todos, batendo Manuel Neuer. Até final os germânicos tentaram a igualdade, mas a Espanha com as suas trocas de bola sucessivas, nunca permitiu a resposta. Agora Holanda e Espanha vão jogar a final do Campeonato do Mundo, a única certeza que existe é que pela primeira vez uma selecção europeia, irá vencer um mundial disputado fora do continente europeu.

sábado, 3 de julho de 2010

Espanha nas meias-finais em jogo electrizante

A Espanha qualificou-se para as meias-finais do Mundial. A formação espanhola venceu o Paraguai por 1-0, num jogo que valeu pela segunda parte, pois foi aí que surgiram as maiores emoções. Aos 60 minutos, Cardozo, dispôs de uma grande penalidade, mas permitiu a defesa a Iker Casillas e no seguimento do lance, seria a Espanha em contra-ataque a beneficiar do castigo máximo. Xabi Alonso marcou, mas o árbitro mandou repetir, pois o guardião do Paraguai, tinha-se mexido antes do remate. Na segunda ocasião, o médio do Real Madrid falhou e na recarga o guarda-redes, sul americano fez falta sobre Fàbregas, que não foi assinalada. O golo solitário surgiu a sete minutos do fim, Pedro Rodriguez remata ao poste, e na recarga David Villa atira para a baliza deserta, fazendo a bola embater nos dois ferros antes de entrar. A dois minutos do fim, Casillas negou o golo a Roque Santa Cruz, levando assim a campeã europeia em título para as meias-finais, onde vai defrontar a Alemanha.

Alemanha nas meias com nova goleada

A Alemanha está nas meias-finais do Campeonato do Mundo. A formação germânica esmagou a Argentina por 4-0, num jogo onde veio ao de cima as debilidades defensivas da equipa de Maradona, que não teve argumentos para travar um ataque alemão demolidor. Logo aos três minutos, Muller, fez o primeiro, o placar só voltaria a funcionar na segunda parte, Klose bisou e pelo meio Friedrich também havia de facturar. Depois da goleada à Inglaterra, os alemães voltaram a dar quatro, (também já o haviam feito frente à Austrália na fase de grupos), e ficam agora na expectativa de saber com quem jogam nas meias-finais, Espanha ou Paraguai.

domingo, 27 de junho de 2010

Alemanha aplica 4 na Inglaterra e está nos quartos

A Alemanha goleou a Inglaterra por 4-1, qualificando-se para os quartos de final do Mundial. A formação germânica adiantou-se no marcador aos vinte minutos por Klose, para pouco depois da meia hora aumentar para 2-0, por intermédio de Podolski. A resposta inglesa não se fez esperar, e Upson reduziu para 2-1. A igualdade só não se consomou porque o fiscal de linha, não validou um golo limpo a Lampard, com a bola a entrar meio metro dentro da baliza de Neuer. Na segunda parte a Alemanha entrou mais forte de novo e chegou ao 3-1 num contra ataque concluído por Muller. O avançado do Bayern de Munique fecharia a contagem ao minuto 70' aplicando assim chapa 4, na equipa inglesa, que no segundo tempo claudicou perante uma Alemanha, que fez do contra ataque a sua principal arma.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mundial 2010: os Mais e Menos da Primeira Fase

Terminou a fase de grupos do Mundial da África do Sul. A partir deste sábado as coisas começam a doer, chegou a hora do "mata-mata", contudo há que fazer um balanço. As surpresas, factos e curiosidades, as desilusões. Começando pelo fim os grandes fiascos, que foram as participações França e Itália, as duas selecções que tinham disputado a final de 2006, vão para casa, mais cedo do que muitos imaginavam, nunca tal havia acontecido em fases finais. Ambas as formações terminaram no último lugar dos respectivos grupos, nenhuma delas conseguiu vencer um encontro, os franceses além dos maus resultados, tiveram ainda os chamados "casos", já muito badalados. Por outro lado temos as grandes surpresas, desde logo a Eslováquia, que meteu fora os campeões do mundo e o Japão que na última ronda mandou a Dinamarca (que tinha vencido o grupo de Portugal na qualificação para o Mundial), para casa. Para os E.U.A, fica o título dos mais lutadores, foi até ao fim, e pelo futebol praticado mereceram o apuramento. Por fim as estatísticas, Portugal e Uruguai foram as únicas selecções que não sofreram golos, ao contrário da Argélia e Honduras, que não se estrearam. A Coreia do Norte e os Camarões, não somaram qualquer ponto, sendo que os Coreanos foram a pior defesa, com doze golos sofridos. Para Argentina e Portugal ficam os melhores ataques, sete tentos. A equipa de Maradona e a Holanda, podem gabar-se de serem os únicos a ter vencido os três encontros. Destaque ainda para as seis selecções africanas (Costa do Marfim, Nigéria, Argélia, África do Sul, Camarões e Gana), só os últimos conseguiram ficar apurados. Para finalizar das dezasseis equipas agora em prova, o continente americano é o mais representado com sete selecções: Uruguai, México, Argentina, E.U.A, Paraguai, Brasil e Chile. Na Europa, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Portugal, Eslováquia e Espanha. Da Ásia, Japão e Coreia do Sul e por fim o Gana, no continente africano. Venham de lá então esses oitavos de final.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alemanha e Gana estão nos oitavos

Alemanha e Gana, são as duas equipas do Grupo D, que seguem para os oitavos de final do Campeonato do Mundo. Os alemães venceram os ganeses por 1-0, com um golo de Ozil ao minuto 60', garantindo assim o primeiro lugar do grupo. Já a formação africana, apesar da derrota beneficiou também do desaire da Sérvia frente à Austrália por 2-1, para ficar na segunda posição. Os australianos estiveram a vencer por 2-0, com golos de Cahill e Holman, os sérvios reduziram por Pantelic a cinco minutos do fim, e caso tivessem igualado o marcador seriam eles os apurados para os oitavos de final, derivado aos golos marcados. Deste modo vamos ter um Estados Unidos frente ao Gana, e um escaldante Alemanha vs Inglaterra.