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domingo, 6 de maio de 2012

Chelsea vence Taça de Inglaterra

O Chelsea conquistou ontem a sua sétima Taça de Inglaterra (a chamada "FA Cup") ao bater o Liverpool por 2-1 em Wembley. Na primeira parte os londrinos foram superiores e chegaram cedo à vantagem (10') através do ex-benfiquista Ramires que rematou junto ao poste e deixou Reina mal batido.
No segundo tempo parecia que nos esperava mais do mesmo (domínio do Chelsea) até porque aos 52' o marfinense Drogba rematou cruzado e ampliou a vantagem para 2-0. Só que logo a seguir o técnico "red" Kenny Dalglish lançou no jogo Andy Carroll e o antigo avançado do Newcastle veio revolucionar toda a partida. Dez minutos depois de entrar marcou e partir daí o Liverpool subiu de rendimento e criou várias ocasiões para marcar. O Chelsea fez tudo o que pôde para segurar a vantagem de um golo e apesar de ter acabado "encostado ás cordas" conseguiu manter a vantagem mínima e levar a taça mais antiga do mundo para casa. Roberto Di Matteo conquistou assim o seu primeiro título como técnico.        

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Provocação a Howard Webb no Twitter pode sair cara a Babel

Insatisfeito com a actuação do árbitro Howard Webb durante o encontro de ontem que colocou frente a frente o Liverpool e o Manchester United, a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Inglaterra, duelo que chegou ao final com a vitória dos “red devills” por 1-0, Ryan Babel decidiu brindar o juíz inglês com uma pequena provocação na rede social Twitter.

O avançado holandês do Liverpool “postou” uma foto-montagem da sua autoria em que Webb aparecia vestido com a camisola do United seguida da frase irónica «e eles ainda o consideram um dos melhores. Só pode ser piada...». A piada que Babel parece estar a referir-se é a polémica grande penalidade que deu oirgem não só golo do triunfo do conjunto de Manchester como também à expulsão do capitão dos “reds” Steven Gerrard.

A Federação Inglesa de Futebol (FA) reagiu de pronto a esta brincadeira virtual de Babel, referindo num comunicado que irá analisar o caso. Face a esta posição do organismo máximo que tutela o futebol inglês o jogador holandês não perdeu tempo a retirar todo o material que havia colocado on-line, brincando ainda com o facto de poder vir a ser castigado ao referir que «a polícia do Twitter estará aqui em 10 minutos, devo ter cuidado com a prisão do Twitter».

domingo, 9 de janeiro de 2011

A magia da FA Cup

Sempre que ocorre algo surpreendente na Taça de Portugal, costuma-se falar na "magia" da competição.

Analisar o confronto entre qualidade e atitude (skill vs will) e dar a conhecer equipas e jogadores que até então se encontravam camuflados pelos escalões inferiores tornam estes jogos (potencialmente) muito interessantes para o espectador e representam uma lufada de ar fresco no fim-de-semana futebolístico.

Pois bem, a Taça de Inglaterra - ou FA Cup - possui um espírito ainda mais especial pela abordagem bastante positiva que as equipas consideradas pequenas adoptam, o que faz com que a probabilidade de ocorrer surpresas seja francamente maior. Senão, atente-se no que se passou este último Sábado:

O Arsenal empatou em casa 1-1 com o Leeds United (equipa que procura agora a subida à Premier League após cair em desgraça devido a graves problemas financeiros) e podem considerar-se felizes por ir discutir a eliminatória a Elland Road, dado que o golo dos Gunners foi marcado no último minuto por Fabregas.

Também o Notts County - a equipa que foi brevemente orientada por Sven-Goran Eriksson - surpreendeu tudo e todos ao bater fora o Sunderland de Steve Bruce por 2-1.

Mas o troféu de "surpresa da tarde" vai para o modesto Stevenage da League Two (o equivalente à nossa 3ª Divisão) que recebeu e venceu o Newcastle em casa por uns assinaláveis 3-1.

Segundo o treinador do Stevenage, Graham Westley, o segredo foi dizer aos jogadores para entrarem em campo e vencerem por 5-0!

Será que resultava em Portugal?


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ainda se lembra de...Dennis Bergkamp

No início de mais uma semana relembra-mos um dos mais fantásticos médios da história do futebol mundial e holandês, que deixava sempre todos de boca aberta com a "magia" que saía dos seus pés e com muitos golos de variadíssimas formas.


A escola do Ajax

Dennis Nicolas Bergkamp nasceu a 10 de Maio de 1969, em Amesterdão e foi lá que aos 12 anos entrou para a escola de formação do Ajax. Depois de ter jogado em todos os escalões, a chegada aos seniores deu-se a 14 de Dezembro de 1986 pela mão de Johan Cruyff, tendo jogado por quatorze ocasiões, uma das quais entrando a meio da final da Taça das Taças em 1987, ganha pelo Ajax por 1-0 frente ao Lokomotiv de Leipzig. Três anos depois Berkgamp era já um titular indiscutível da equipa e o título de campeão holandês chegaria no fim da temporada, para dois anos depois vencer a Taça UEFA. No seu último ano ao serviço do Ajax, Bergkamp conquistaria também a Taça da Holanda, marcando um total de 122 golos em 239 jogos, nesta altura os colossos europeus já o seguiam e o médio sabia que não ficaria por muito mais tempo em Amesterdão.


Curta passagem por Milão

Estávamos no verão de 1993, quando Dennis Bergkamp se mudou para Milão para jogar pelo Inter, o clube tinha pago ao Ajax 12 milhões de liras, sendo a segunda transferência mais cara da altura e só superada pelos 13 milhões dados pelo rival AC Milan ao Torino por Gianluigi Lentini. O percurso do jogador holandês não foi o melhor e nem uma nova conquista da Taça UEFA em 1995, fez melhorar as coisas. Bergkamp teve alguns problemas físicos e foi incapaz de se adaptar ao estilo de jogo italiano, a juntar a isso o conflito com colegas de equipa e principalmente com a imprensa transalpina, fizeram do holandês um mal amado em Milão, ao ponto da comunicação social, que semanalmente atribuía o prémio de "Burro da Semana", para o pior jogador da jornada, fizesse uma alteração no nome para "Bergkamp da Semana". Não foi por isso de estranhar que o jogador tivesse acabado por mudar de rumo.


Sucesso em Inglaterra

Em 1995 Dennis Bergkamp chegava a Londres para jogar ao serviço do Arsenal, a estreia deu-se a 19 de Agosto frente ao Middlesbrough e o primeiro golo surgiu sete jogos depois contra o Southampton. Aos poucos Bergkamp foi-se adaptando ao estilo de jogo britânico e cimentou o seu lugar na equipa ao fazer uma dupla de ataque com o inglês Ian Wright. Na temporada seguinte o holandês começou a mostrar todo o seu futebol, muito graças à chegada de Arsene Wenger a Highbury Park. As primeiras conquistas internas aconteceram um ano depois, com as vitórias na Taça da Liga e de Inglaterra, embora Bergkamp não tenha jogado a final da última devido a lesão e a mais importante de todas o campeonato inglês, no qual o médio apontou 16 golos. Surgiu depois um período de maior afastamento por parte do clube dos títulos, embora o médio holandês continuasse a demonstrar toda a sua classe, isso não foi suficiente para que em 2000 o Arsenal não fosse derrotado na final da Taça UEFA pelo Galatasaray, jogada em Istambul depois do 0-0 nos 120 minutos a partida seria resolvida a favor dos turcos por 1-4 nas grandes penalidades. Bergkamp que nunca escondeu o facto de ter medo de andar de avião, foi sozinho de comboio até à Turquia. No entanto a época de 2001-2022 voltaria a ser o ano de afirmação dos gunners, o título foi de novo para Highbury Park e Bergkamp esteve ao seu melhor nível, a temporada não terminaria sem a conquista da Taça de Inglaterra e a Supertaça. Em 2005 e já depois de conquistado mais um campeonato e outras tantas taças a nível interno, surgiram rumores de que o Arsenal não estaria disposto a renovar o contracto com o jogador e de que este poderia deixar os relvados e nem mesmo a vitória por 5-4 nos penalties frente ao Manchester United na Taça de Inglaterra, aliada ao interesse do Ajax em querer trazer Bergkamp de volta, pareciam fazer com que os gunners aceitassem novo vínculo com o jogador. Foi então que Arsene Wenger criou um contracto personalizado para jogadores acima dos 30 anos, para que dessa forma o holandês pudesse permanecer mais um época em Londres. A 16 de Abril de 2006, o velhinho Highbury Park esgotou para assistir ao último jogo da equipa e de Dennis Bergkamp naquele relvado, o adversário foi o West Bromwich Albion e o resultado final uma vitória por 3-1 do Arsenal, com o terceiro golo a ser apontado por Berkgkamp, acabava assim uma carreira de 20 anos de futebol. Essa época não terminaria sem que o clube londrino marcasse presença na final da Liga dos Campeões, onde seria derrotado pelo Barcelona por 2-1, numa partida disputada em Paris, Bergkamp voltou a viajar sozinho, desta vez de carro, enquanto o resto da equipa foi de avião.


Veja os melhores golos de Dennis Bergkamp




Ao serviço da Holanda

Dennis Bergkamp chegou à selecção principal holandesa a 26 de Setembro de 1990, contra a Itália. O primeiro grande torneio aconteceu no Euro 92, onde a Holanda cairia nas meias-finais frente à futura campeã Dinamarca nas grandes penalidades. O Mundial de 94 mostrou uma Holanda ao melhor nível só superada pelo Brasil nos quartos-de-final por 3-2, com Bergkamp a marcar um dos golos. O europeu de 96 foi um autêntico desastre para a selecção laranja, as muitas divergências entre jogadores levaram a nova eliminação nos quartos-de-final desta vez contra a anfitriã Inglaterra. Foi no Mundial de 98 em França que Bergkamp voltou a mostrar todo o seu futebol. Nos quartos-de-final contra a Argentina e quando todos já esperavam o prolongamento, um passe de 60 metros de Frank de Boer, levou a bola a ficar colada no pé direito do médio, que com o mesmo pé desviou o esférico de Ayala e com o ângulo já apertado sempre com o pé direito fez a bola entrar no poste mais distante da baliza argentina. A Holanda seria depois eliminada novamente pelo Brazil nas meias-finais por 4-2, após grandes penalidades. Chegou depois o Euro 2000, em que a Bélgica e Holanda dividiam as hospitalidades, Bergkamp mesmo não marcando qualquer golo, levou a equipa até nova meia final, onde voltaria a ser derrotada nos penalties, aos pés da Itália. Foi então que depois de terminada a partida, Dennis Bergkamp anunciou a sua renúncia à selecção.


Actualmente e Palmarés

Depois de se retirar dos relvados, Bergkamp recusou desde logo assumir um cargo como treinador de futebol, preferindo dedicar o seu tempo à familia, no entanto em 2008 e depois de tirar um curso de treinador em Londres, juntamente com Arsene Wenger, o ex-jogador regressou ao Ajax na função de técnico estagiário nas camadas mais jovens, por forma a ganhar experiência no banco. Ao longo da sua carreira como futebolista, Bergkamp fez um total de 661 encontros, tendo apontado 201 golos, conquistou 16 títulos pelos clubes onde actuou e 21 a nível individual, onde se destacam os de melhor jogador do ano na Holanda em 1991 e 1992, Inglaterra em 1998, bem como os de melhor marcador da Liga holandesa em 1991, 1992 e 1993 e da Taça UEFA em 1994.




sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ainda se lembra...de Gianfranco Zola

A fechar mais uma semana de muito futebol falamos daquele que foi um dos melhores médios de sempre dos anos 90. Apesar da sua baixa estatura a grandeza da sua qualidade futebolística sempre se conseguiu impor, deixando por isso várias recordações nos relvados por onde passou.



Sempre a subir


Gianfranco Zola nasceu a 5 de 1966 em Oliena, Itália tendo começado a jogar no clube da terra o Nuorese Oliena, no qual nunca chegou a actuar pela equipa principal, estávamos no ano de 1980 e por lá ficou durante três épocas até se transferir para o Nuorese da quarta divisão italiana. Foi aí que as suas características começaram a sobressair, marcando dez golos em 31 jogos, o que lhe valeu uma nova mudança de clube em 1986, o Torres, que também disputava a mesma divisão do Nuorese. Foi aqui que Zola conquistou o seu primeiro título como profissional, ao vencer a Serie C-2, tendo um papel determinante na equipa.


De Nápoles a Parma

As boas exibições no Torres, levaram em que 1989 os dirigentes do Nápoles levassem Zola para o clube que vivia sobre o reinado de Diego Maradona, do qual aliás o médio italiano diz ter aprendido tudo o que sabe sobre o futebol. Na primeira temporada, Zola fez apenas sete jogos tendo marcado dois golos, o suficiente para conquistar o scudetto. Só que dois anos depois, Maradona seria apanhado nas malhas do doping por consumo de cocaína, Zola assumiu então o controlo do meio campo, mas com a saída do astro argentino o clube caiu não só em relação a títulos, mas também a nível financeiro o que levou os dirigentes do Nápoles a terem de vender os seus jogadores mais influentes, entre os quais Zola. Decorria o ano de 1993, quando o jogador italiano se mudou para Parma onde viveria os seus primeiros pontos altos da carreira, logo naprimeira época ao serviço dos gialloblu, Zola conquistou a Supertaça Europeia, que naquela altura era jogada a duas mãos. Depois de perder no Estádio Enio Tardini por 0-1 frente ao AC Milan, o Parma foi a San Siro derrotar os rossoneri por 0-2, levando assim o troféu. Em 1995 novo triunfo europeu, desta vez a extinta Taça UEFA, e novamente frente a uma formação italiana, a Juventus. Vitória fora por 0-1 na primeira mão e uma igualdade a um golo, foram suficientes para Zola, que era dono e senhor do meio campo vencer mais uma competição. No entanto o ano de 96 seria o culminar da permanência do médio em Parma, as chegadas de Hernan Crespo e Stoichkov aliadas ao estilo táctico de Carlo Ancelloti, que em nada favorecia o futebol de Zola, levaram a que o médio tivesse de rumar para outras paragens.


Herói em Inglaterra

A meio da temporada de 1996, Gianfranco Zola mudava-se para Londres, mais propriamente para Stamford Bridge, onde consolidaria o seu nome no mundo do futebol com a camisola do Chelsea. Apesar de chegar com o campeonato a decorrer, Zola depressa ganhou espaço na equipa, fruto da sua grande habilidade com a bola, tornar-se-ia uma das peças fulcrais para a conquista da Taça de Inglaterra em 1997, derrotando na final o Middlesbrough por 2-0 e com ele um jejum de 26 anos sem títulos dos blues. A segunda época seria ainda melhor para Zola, titularíssimo no meio campo do Chelsea, o médio italiano levou o clube "às costas" e mais três troféus, a Taça da Liga, a Taça das Taças, onde até começou no banco, mas vinte segundos após ter entrado a meio da segunda parte, Zola fez único golo com que os blues derrotariam o Estugarda. A finalizar a temporada mais uma final vencida desta feita a Supertaça Europeia, também por 1-0 contra o Real Madrid. A idade começou então a pesar nas pernas de Gianfranco Zola, mas o médio ainda conseguiu dar o seu contributo para que o Chelsea vencesse mais uma Taça de Inglaterra, mas o ponto alto foi mesmo a qualificação histórica para a Liga dos Campeões, onde o clube nunca tinha participado. Entre 2000 e 2002, Zola perdeu cada vez mais espaço na equipa, sendo quase sempre suplente dos atacantes da altura Gudjohnsen e Jimmy Hasselbaink, voltando em grande no último ano com a camisola do Chelsea, marcando 16 golos e mais uma presença na liga milionária. A camisola 25 do Magic Box, como ficou apelidado pelos adeptos londrinos foi então retirada para sempre da equipa, para que nenhum jogador a pudesse envergar.


Veja os melhores golos de Gianfranco Zola




Regresso a Itália para o fim de carreira

Em 2003 Gianfranco Zola regressou a Itália para fazer as suas duas últimas épocas como jogador de futebol, o clube escolhido foi o Cagliari, que aquando da chegada do médio estava na segunda divisão. Zola conseguiu levar o clube de novo há Serie A, para na época seguinte colocar um ponto final na sua carreira uma semana antes de fazer 39 anos.


Curta passagem pela selecção

Gianfranco Zola não teve uma carreira de sucesso no que toca há selecção nacional italiana. A sua estreia aconteceu a 13 de Novembro de 1991, num jogo de qualificação para o Euro92, frente à Noruega, que terminou empatado a uma bola. Curta foi também a sua passagem pelo Mundial de 94, onde foi expulso contra a Nigéria após ter entrado onze minutos antes, não voltando a fazer qualquer jogo apesar da Itália ter chegado à final. Os seus primeiros golos surgiram a 25 de Março de 1995, na vitória por 4-1 frente à Estónia, em jogo de qualificação para o Euro96, onde voltaria a estar e de novo em mau plano, já que falhou o penalti contra a Alemanha, que deixou a Itália eliminada logo na fases de grupos. A sua última das 35 internacionalizações aconteceu em Outubro de 1997, numa partida disputada em Roma diante da Inglaterra, renunciando a sua ida à selecção depois de não ser convocado para o Mundial de 98 em França.


Actualmente e Palmarés

Hoje em dia temos a oportunidade de ver Gianfranco Zola como treinador do West Ham United. Ao longo dos 21 anos de carreira fez 629 jogos e marcou 193 golos, conquistou dez títulos a nível de clubes, onde se destacam o campeonato ao serviço do Nápoles, as duas Taças Supertaças Europeias pelo Parma e Chelsea, bem como a Taça UEFA ganha com o emblema gialloblu e a Taça das Taças com a camisola dos londrinos. Individualmente foi eleito o melhor jogador da Liga Inglesa, sendo o único jogador a vencer este prémio tendo chegado a meio da temporada, em 1997 e foi eleito o melhor jogador do ano por duas vezes, 1997 e 2003.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ainda se lembra...de Gary Lineker

No início de mais uma semana recordamos um dos mais fantásticos avançados da história do futebol, que deixou a sua marca por todos os relvados onde jogou com os seus inúmeros golos e grande espírito desportivo.


Começo no clube do coração

Gary Winston Lineker nasceu a 30 de Novembro de 1960, em Leicester e foi no clube da terra que começou a jogar futebol em 1977, após deixar os estudos. A sua primeira grande conquista aconteceu três anos depois, quando levou a equipa a chegar à divisão máxima do futebol inglês, no entanto voltaria a descer, mas em 1983 o Leicester voltaria ao convívio dos grandes. E foi nessa temporada que Lineker se destacou ao ser o melhor marcador do campeonato com 24 golos, a cobiça de emblemas maiores aparecia e a sua permanência na cidade que o viu nascer começava a ser uma miragem. Em 1985 uma proposta de 800 mil euros por parte do Everton, levaram Lineker para a equipa de Liverpool e a estreia não podia ser melhor, já que na primeira época o avançado seria de novo o goleador principal da liga, desta feita com 30 golos que levaram o Everton ao segundo lugar. Nesse mesmo ano perdeu a final da Taça de Inglaterra para o rival Liverpool (que já havia conquistado o campeonato), por 3-1 com Lineker a dar vantagem à equipa. Com uma época ninguém todos esperavam que as seguintes fossem de afirmação para o Everton e que Lineker pudesse conquistar ainda mais títulos, no entanto o cenário seria bem diferente.


A mudança para Barcelona

Os "tubarões" da Europa seguiram as prestações de Lineker e o Barcelona acabaria por o contratar ao Everton por 2,200 mil euros. Habituado a fazer grandes inícios de época, Lineker não decepcionaria os seus adeptos blaugranas e marcaria 21 golos na sua primeira temporada, entre os quais um hat-trick na vitória por 3-2 frente ao Real Madrid. Em 1988 o barça conquistou a Taça do Rei, para no ano seguinte erguer a Taça das Taças e foi aqui que as coisas mudaram. Johan Cruyff passou Gary Lineker para o lado direito do ataque, deixando Mark Hughes a ponta de lança, ora o inglês não se adaptou e como tal foi perdendo o seu lugar na equipa o que levaria a regressar a Inglaterra.


Chegada ao Tottenham

Gary Lineker voltava a Inglaterra e o primeiro clube a querer contratá-lo foi o Manchester United, Alex Ferguson tinha levado Mark Hughes para o clube e queria juntar novamente os dois avançados, só que Lineker rejeitou a oferta acabando por assinar por três temporadas pelo Tottenham. Como de costume na primeira época foi o melhor marcador com 24 golos e a conquista da Taça de Inglaterra, que voltaria a vencer no ano seguinte. No último ano ao serviço dos spurs, Lineker apontou 28 golos, ficando apenas a um de Ian Wright, mas apesar da boa prestação a equipa londrina acabaria o campeonato numa modesta 15ª posição.


Encerrar de carreira no Japão

Em 1992 Gary Lineker mudava-se para o outro lado do mundo, para o Japão onde actuaria pelo Nagoya Grampus Eight. O avançado faria somente 23 encontros, já que uma lesão o levaria a colocar um ponto final na carreira no Outono de 1994.


Ao serviço da selecção

Gary Lineker fez a sua primeira internacionalização em 1984, num jogo frente à Escócia. O Mundial de 86 deu ao inglês o título de melhor marcador com seis golos em cinco jogos, entre os quais um hat-trick frente à selecção da Polónia. A Inglaterra seria eliminada nos quartos de final, pela Argentina e a "mão de Deus" de Diego Maradona. No Euro88 Lineker ficaria a zero em golos e falharia os jogos da fase de grupo, por sofrer de uma hepatite, deixando para o Itália 90 a sua melhor prestação com a equipa. Com quatro golos, o avançado inglês ajudou a Inglaterra a chegar às meias finais e depois de estar a perder por 1-0 frente à Alemanha, Lineker empataria o jogo, levando-o para as grandes penalidades onde os alemães seriam mais felizes. Mais tarde o avançado inglês proferiu uma frase que ainda hoje se ouve, "o futebol é um jogo simples, 22 homens correm atrás da bola durante 90 minutos e no fim ganha a Alemanha", a sua última prestação ao serviço da Inglaterra aconteceu no europeu de 92. Gary Lineker é dos poucos jogadores mundiais que se pode gabar de nunca ter levado um cartão amarelo ou vermelho em encontros pela selecção.


Veja os melhores golos de Lineker pela Inglaterra




Actualmente e Palmarés

Terminada a sua carreira futebolística, Gary Lineker é hoje um dos comentadores desportivos da BBC. Em 2002 teve um gesto da maior nobreza ao pagar do seu próprio bolso e em conjunto com uma angariação de fundos, salvou o seu clube do coração, o Leicester da falência. Nos relvados Gary Lineker fez um total de 466 jogos a nível de clubes tendo marcado 243 golos, enquanto pela selecção inglesa foi internacional por 80 ocasiões tendo feito o gosto ao pé 48 vezes. Individualmente foi o melhor marcador da Liga Inglesa em três anos e recebeu o prémio de futebolista mundial da época em 1985-1986 e 1991-1992.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ainda se lembra...de Ian Wright

Terminamos a semana recordando um dos melhores marcadores da década de 90, a sua capacidade física e finalização apurada fizeram dele o "terror" das balizas adversárias.


Um verdadeiro achado

Ian Edward Wright nasceu a 3 de Novembro de 1963, foi descoberto para o futebol por Peter Prentice, olheiro do Crystal Palace, que viu nele características de um grande avançado. Aprovado nos testes Ian Wright assinou contrato com o clube em 1985 três meses antes de completar 22 anos, a primeira época rendeu nove golos e uma parceria com o outro atacante, Marc Brighton levaram o Palace rumo à Premier League em 1989. Na segunda temporada no escalão máximo, Wright já contava com cem golos ao serviço do clube e a sua tremenda habilidade com a bola faziam dele um jogador temível, exemplo disso foi o penúltimo encontro do campeonato onde, Ian fez um hat-trick em dezoito minutos na partida com o Wimbledon. Ao todo foram 117 golos em 253 jogos e com este um currículo obviamente que a saída de Wright do Crystal Palace era uma questão de tempo, os colossos da liga inglesa cobiçavam-no.


Rei dos Gunners

Em 1991 Ian Wright dava o pulo para o Arsenal por um valor de 2,5 milhões de euros, o que na altura era um recorde do clube. A estreia não podia ter sido melhor, um golo frente ao Leicester para a Taça da Liga e um hat-trick contra o Southampton no primeiro jogo do campeonato, foram o prenúncio dos 29 tentos que lhe deram a bota de ouro no final da época. Nos seis anos que permaneceu em Londres, Ian Wright foi sempre o melhor marcador da equipa, que ajudou a levantar as Taças de Inglaterra e da Liga em 1993, fazendo o gosto ao pé em ambas as finais. Em 1994, o Arsenal ficava em quarto lugar no campeonato, mas via o esforço recompensado com o triunfo da extinta Taça das Taças, mesmo sem Wright que estava suspenso os gunners venceram o Parma por 1-0. Os dias de infortúnio estavam para chegar com a vinda de Bruce Rioch, que se incompatibilizou com o avançado, que chegou mesmo a entregar um pedido para se transferir, porém a vinda de Dennis Bergkamp, fez renascer por breves instantes o bom ambiente no clube. 1996 marcou o início da Era Wenger e Wright mesmo com 33 anos continuava a somar golos atrás de golos, com mais uma Taça da Liga. No ano de 98 o avançado tinha como objectivo levantar o troféu pela terceira vez consecutiva algo até aí inédito, só que depois de vencer o West Ham nos quartos de final, Ian Wright não pôde dar o seu contributo e o Arsenal foi eliminado pelo Chelsea. Em Julho desse ano o jogador anunciava a sua saída de Highbury Park.


Fim de carreira

Ian Wright mudou-se depois para o West Ham, mas o ano e meio ao serviço dos hammers não correu da melhor maneira. Os golos já escasseavam e o facto de ter sido acusado de vandalizar o balneário, após ter sido expulso num jogo frente ao Leeds, foram apenas os propulsores para deixar o clube. Foi já em 2000 e depois de curtas passagens por Nottingham Forest, Celtic e Burnley, que Ian Wright decidiu colocar um ponto final na sua carreira.


Selecção inglesa

A estreia de Ian Wright pela Inglaterra aconteceu em Fevereiro de 1991, com o técnico Graham Taylor, na vitória por 2-0 contra os Camarões no apuramento para o Euro92. No entanto o seleccionador apostou pouco no avançado e a chegada de Terry Venables depois do Itália 90, também não trouxe melhorias quanto à sua utilização, apesar de ter jogado quatro dos primeiros cinco jogos com o novo técnico. A "machadada" final deu-se quando Wright ficou fora dos eleitos do europeu de Inglaterra em 1996, mas a eliminação da equipa nas meias finais contra a Alemanha precipitou a saída de Venables. Chegava ao cargo Glenn Hoddle, que voltou a convocar o jogador quase dois anos depois da sua última chamada, o avançado marcaria quatro dos seus nove golos enquanto internacional sob a alçada de Hoddle. Ian Wright fazia agora parte do grupo que levou a Inglaterra ao França 98, marcando dois golos no triunfo por 4-0 contra a Moldávia. Depois do mundial, o avançado só voltaria a jogar pela selecção por duas ocasiões, a última das quais em Novembro de 2000 já com 37 anos, num amigável frente à República Checa.


Veja os melhores golos de Ian Wright




Palmarés

Ian Wright fez 501 jogos em toda a sua carreira, marcando 313 golos no somatório de todas as provas onde participou, a nível de clubes venceu uma Liga Inglesa, uma Taça das Taças, uma Taça de Inglaterra e duas da Liga. Enquanto individualmente conquistou duas botas de ouro e foi eleito em dois anos, 1993 e 1997 para o melhor onze do campeonato inglês.


Actualmente

Nos dias de hoje Ian Wright dedica-se a fazer comentários para várias rádios e estações televisivas inglesas, escrevendo também artigos relacionados com futebol.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Bodo Illgner

A fechar a semana desportiva recordamos um guardião, que apesar de ter feito a sua carreira em apenas dois emblemas, viu o seu mérito reconhecido através dos vários títulos que conquistou a nível de clubes como a pela selecção.


O início em Colónia

Bodo Illgner nasceu a 7 de Abril de 1967, em Koblenz, Alemanha. A sua carreira começou com meros seis anos de idade nas camadas jovens do Hardtberg, clube onde ficou até aos dezasseis anos, altura em que se transferiu para aquele que viria a ser o seu primeiro emblema e onde faria a maior parte do seu percurso, enquanto guarda-redes, o Colónia. A estreia aconteceu a 22 de Fevereiro de 1986, numa partida frente ao Bayern de Munique, quando com somente 18 anos, entrou para o lugar do mítico e polémico Harald Schumacher, que tinha acabado de cometer uma grande penalidade e sido expulso. Illgner não defendeu o castigo máximo convertido por Lothar Mathaus e o jogo terminou 3-1, para os da Baviera. Em 1988 já com a titularidade assegurada o jovem alemão foi um dos elementos preponderantes para a obtenção do segundo lugar do Colónia na Bundesliga. Aliás essa seria a classificação habitual da equipa, nunca conseguindo almejar o título, perdendo uma final da Taça da Alemanha em 91, frente ao Werder Bremen por 4-3 nas grandes penalidades. As restantes épocas consolidaram Illgner como um dos melhores guarda-redes germânicos de sempre e tal facto começou a despertar a cobiça dos colossos europeus.


Os títulos e o fim em Madrid

Foi então que em 1996 e já com o campeonato em curso, chegou a Bodo Illgner uma proposta do Real Madrid, mais propriamente do técnico Fábio Capello, que foi desde logo aceite. Era chegado o momento do guarda-redes cimentar o seu estatuto com troféus, e eles apareceram logo na primeira temporada madrilista. A conquista do campeonato espanhol de 1997, foi o início de uma caminhada de sucesso, que seguiria o seu curso no ano seguinte, apesar de uma fase menos boa em que chegou a perder a titularidade da baliza, para Cañizares, Illgner voltaria a tempo de ajudar o Real a vencer a Liga dos Campeões, bem como o Mundial de Clubes. A época de 99 estava pronta a ter o seu início e Illgner mantinha-se de pedra e cal nas redes blancas, de tal forma que renovaria o seu vínculo por mais três anos, só que o fim do ano seria fatal para o guarda-redes. Uma lesão no ombro afastava o alemão das balizas por três meses e qual ironia do destino, para o seu lugar entrava um niño de 18 anos, de seu nome Iker Casillas. Apesar da recuperação total, Bodo Illgner nunca mais voltaria a roubar a titularidade ao jovem espanhol, quando a temporada de 2000 chegou ao fim o guardião alemão tinha feito apenas cinco jogos pelo Real Madrid e não foi por isso de estranhar, que aos 34 anos e no final de 2001, Bodo Illgner tivesse colocado um ponto final na sua carreira.


Veja algumas imagens da carreira de Bodo Illgner




A Maanschaft

Bodo Illgner estreou-se pela selecção germânica, quando ainda se encontrava ao serviço do Colónia, o jogo foi contra a Dinamarca a 22 de Setembro de 1987, era então seleccionador Franz Beckenbauer, a Alemanha ganhou por 1-0 e a boa exibição valeu-lhe a presença no Europeu de 88, o abandono dos relvados de Einke Immel, permitiu a Illgner ganhar de vez a titularidade com 22 anos. O seu grande momento aconteceu com a vitória no Itália 90, na final a Alemanha vencia por 1-0 a Argentina, que havia batido os germânicos em 86 no México por 3-2. Um golo de Andreas Brehme na marcação de uma grande penalidade já nos minutos finais selou o triunfo da Alemanha e premiou Illgner como o primeiro guarda-redes a não sofrer golos numa final de um Mundial. Porém o guardião havia brilhado também nas meias finais contra a Inglaterra, ao defender o penalti de Stuart Pearce na "lotaria" dos onze metros, vencendo por 4-3. O Europeu de 92 apareceu logo a seguir e a Alemanha voltaria a chegar à final, só que desta vez seria surpreendida por uma repescada Dinamarca, que surpreendeu tudo e todos derrotando os germânicos por 2-0. A última partida de Bodo Illgner ao serviço da selecção nacional, aconteceria nos quartos de final do Mundial de 94 nos Estados Unidos, quando a Alemanha foi derrotada por 2-1, pela Bulgária depois de ter estado a vencer por 0-1.


Palmarés

No total Bodo Illgner disputou 417 jogos divididos entre Colónia e Real Madrid, sendo chamado por 54 vezes à selecção nacional. Conquistou dois campeonatos de Espanha, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de clubes, tendo a nível individual sido eleito entre as temporadas de 89 e 92, o melhor guarda-redes a jogar na Alemanha e em 91 o guardião europeu do ano.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Dejan Savicevic

No começo de uma nova semana trazemos em memória, um dos jogadores que marcou o futebol sérvio não apenas nos últimos anos, como em toda a sua história e que criou momentos que jamais serão esquecidos.


Uma estrela em ascensão

Dejan Savicevic nasceu a 15 de Setembro de 1966, Titograd, Montenegro na antiga Jugoslávia e desde cedo mostrou ter uma grande afinidade para a arte do futebol. Aos 15 anos começou a jogar na equipa da sua terra natal, mudando-se depois para o Buducnost da Primeira Liga e por lá jogou seis temporadas, marcando 35 golos em 131 jogos. Ora esses números levaram a que, com 21 anos Savicevic se transferi-se para um dos mais poderosos clubes do país, o Estrela Vermelha, decorria o ano de 1988. A primeira temporada não correu da melhor forma, já que foi obrigado a cumprir o serviço militar, tendo apenas ordem para jogar nos jogos das competições europeias ou da selecção nacional. Savicevic fez a sua primeira apiração pela equipa de Belgrado em Setembro, na partida inaugural da Liga dos Campeões, frente ao Dundalk da Irlanda e a estreia não podia ter sido melhor, vitória por 3-0, com o avançado a marcar um dos golos. Viriam depois os jogos a eliminar e Savicevic apareceu para defrontar o AC Milan, após uma igualdade a um nos dois jogos, a partida foi resolvida na Jugoslávia na marcação de grandes penalidade, com os italianos a levarem a melhor por 4-2, com Savicevic a falhar um dos castigos máximos. Porém as temporadas seguintes seriam de consagração para Dejan, que ajudaria o Estrela Vermelha a vencer três campeonatos consecutivos, 89/90, 90/91 e 91/92, além de duas Taças Jugoslavas e uma Liga dos Campeões.



Entre a luz e o ofuscar de Itália

Consagrado na Jugoslávia, chegava a hora de Savicevic mudar de ares e rumar até Itália, para aqueles que viriam ser mais anos de conquistas e glória. Em 1992, o AC Milan pagou ao Estrela Vermelha 9,4 milhões de euros pelo passe do jugoslavo, para o juntar a um plantel, que também via chegar Jean-Pierre Papin, Zvonimir Boban, Gianluigi Lentini e Stefano Eranio. A estreia na Seríe A, aconteceu a 13 de Setembro, dois dias antes de fazer 26 anos, com Fábio Capello ao comando, o Milan renovaria o título de campeão, mas com Savicevic a passar em segundo plano jogando apenas dez e jogos e apontando quatro golos. Dejan não se conseguia impôr na equipa rossoneri, já que naquela época imperava a lei da UEFA de só poderem actuar três estrangeiros no onze inicial e com Van Basten, Gullit, Rijkaard, Papin, Boban, o médio ofensivo via o seu espaço reduzido. A relação entre Capello e Savicevic não era das melhores e o ponto de ruptura aconteceu, quando o jogador ficou fora dos convocados para a final da Liga dos Campeões de 1993, frente ao Marselha, em Munique. Mas eis que a na época seguinte as coisas mudariam a favor de Savicevic, já que Van Basten, Rijkaard e Gullit abandonavam San Siro, deixando o trio de estrangeiros entregue a Boban, Papin e Savicevic. Embora não fosse ainda um titular indiscutível e mesmo sem marcar qualquer golo nos vinte encontros em que participou na Serie A, a grande visão de jogo e técnica do médio criativo, levaram o Milan ao scudetto e a mais uma conquista da Liga dos Campeões, coroando a sua exibição com um chapéu fantástico a Zubizarreta na vitória por 4-0 frente ao Barcelona de Johan Cruijff. Ainda assim a sua relação com Capello permanecia inalterável, valendo a Savicevic um excelente entendimento que tinha com o presidente Sílvio Berlusconi, que o apelidaria de Il Genio. A temporada de 94/95, deixou o AC Milan a meio da tabela no campeonato, mas a nível europeu a equipa chegaria pelo terceiro ano consecutivo à final da Liga dos Campeões, antes nas meias finais Savicevic marcou dois dos três golos, com que o clube eliminou o Paris Saint-Germain, mas falharia a final por lesão, embora o médio tivesse insistido que estava em condições de jogar. No jogo decisivo o Milan acabaria por cair ao pés do Ajax e de um golo de Patrick Kluivert a cinco minutos do fim. Dejan Savicevic abandonaria Itália em 1998, levando consigo 144 jogos e 34 golos, mais sete títulos, entre os quais três campeonatos, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia. Apesar de toda a sua técnica, visão de jogo e dedicação ao clube, a imprensa transalpina acusou sempre o médio de nunca se esforçar em encontros contra equipas mais fracas e de querer apenas sobressair nos grandes encontros.




Fins de carreira

Dejan Savicevic teria uma nova passagem muito rápida pelo Estrela Vermelha em 1999, jogando somente três jogos, mudando-se logo a seguir para Viena onde actuaria ao serviço do Rapid por duas épocas, não tendo conquistado qualquer título, marcando 25 golos nos 44 jogos disputados e foi em Maio 2001, que decidiu pendurar as botas para seguir carreira como treinador. O seu primeiro cargo foi nada mais nada menos, do que comandar a selecção da já Sérvia e Montenegro, nas poucas esperanças de ainda estar presente no Mundial de 2002. A selecção precisava de vencer na Rússia para ainda lutar pelo segundo lugar no grupo, mas o empate 1-1 comprometia ainda mais o apuramento. Seguiram-se depois três triunfos, até ao jogo decisivo frente à Eslovénia, o triunfo era imperial, mas mesmo a jogar em casa os sérvios não foram além de nova igualdade a um golo, ficando assim fora do Campeonato do Mundo. Savicevic colocou então o lugar à disposição o que não foi aceite pelos membros da Federação, que o convenceram a liderar a selecção rumo ao Euro 2004. Só que após uma derrota embaraçosa por 1-2 frente ao Azerbeijão, o ex-futebolista acabaria mesmo por abandonar o cargo, com um registo de quatro vitórias, onze derrotas e dois empates.




As melhores jogadas, os golos e fintas de Savicevic






Ao serviço da selecção

Savicevic fez a sua estreia pela antiga Jugoslávia a 26 de Outubro de 1986, quando ainda jogava no Buducnost, num jogo do apuramento para o Euro 88 frente à Turquia, marcando o quarto golo na vitória por 4-0. No entanto o técnico Ivica Osim, com que teve uma relação conturbada não o convocaria para o importante jogo diante da Inglaterra, que acabaria com o triunfo inglês por 2-0. O jogador teria de esperar um ano para voltar a ser chamado à selecção, num jogo frente à Irlanda do Norte, com vitória jugoslava por 3-0. Tudo isto deixava para Belgrado novo encontro marcado frente aos ingleses, para decidirem qual deles estaria presente no europeu. Savicevic voltou a não ser chamado e a Inglaterra goleou por 1-4. Seguiu-se depois a qualificação para o Itália 90, com Savicevic a cumprir o serviço militar a sua chamada à selecção chegou apenas no jogo frente à França, entrando na segunda parte para dar a volta ao jogo. A perder por 1-2 Savicevic pegou na bola e fez duas assistências para Susic e Stojkovic darem o triunfo à equipa. Esta exibição deixou por momentos o técnico Osim rendido ao médio, que já havia cumprido o serviço militar, coroando o seu regresso com hat-trick na goleada por 4-0 ao Chipre. Só que nos encontros da segunda volta Savicevic voltaria a não ser convocado, mas isso não impediu a Jugoslávia de se qualificar para o Mundial, já que a vitória no último jogo por 1-0 frente aos norugueses, aliada ao surpreendente triunfo da Escócia em Paris por 0-3, deu aos jugoslavos o primeiro lugar no grupo. O Itália 90 porém não trouxe melhoras no que à participação de Savicevic na equipa diz respeito, no jogo inaugural a Jugoslávia sofria uma pesada derrota por 4-0 frente à futura campeã Alemanha, mas os triunfos sobre a Colômbia e Emirados Árabes Unidos deram a passagem para a fase a eliminar, tudo isto com Savicevic a jogar apenas a jogar no encontro frente aos germânicos. Nos oitavos de final a Jugoslávia defrontava a Espanha, com Savicevic a ser suplente utilizado e a sofrer a falta, sobre a qual Stojkovic marcaria o golo da vitória por 1-2 no prolongamento. Apesar do seu bom desempenho, o médio foi novamente suplente no jogo dos quartos de final frente à Argentina, entrando apenas na segunda parte, com o resultado empatado a zero e a jogar com menos um, a Jugoslávia conseguiu levar o jogo para as grandes penalidades, perdendo por 3-2.




Actualmente e Palmarés

Em 2004 Dejan Savicevic assumiu a liderança da Associação de Futebol de Montenegro, cargo que ocupa nos dias de hoje. Ao longo da sua carreira de jogador, fez 394 jogos, marcou 117 golos e foi internacional por 56 ocasiões tendo apontado 19 golos. Conquistou quatorze títulos a nível de clubes, destacando-se as duas Liga dos Campeões e ficou no segundo lugar na corrida à Bola de Ouro em 1991, tendo no mesmo ano sido eleito o melhor jogador da Jugoslávia.

sábado, 23 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de David Ginola

Na rubrica de hoje relembramos aquele a que se pode chamar um homem não dos sete mas dos três oficios, já que juntou a excelente de carreira de futebolista com a sétima arte e moda.

Os primeiros toques


David Karl Ginola nasceu a 25 de Janeiro de 1967 em Gassin, França e foi precisamente em terras francesas que começou a dar os pontapés na bola. Em 1985, com 18 anos faz a sua estreia como sénior no Sporting Toulon, onde alinhou três épocas actuando em 82 jogos e marcando quatro golos. Seguiu-se depois o Racing Club Paris e o Brest, até que em 92 chega a um grande do campeonato, o Paris Saint-Germain. Aí foi campeão por uma vez, conquistou duas Taças de França e uma Taça da Liga. Estava então na altura de mudar de ares e voar para Inglaterra.



Uma carreira inglesa


Em 1995, David Ginola chegava ao Newcastle por 2,5 milhões de euros, no momento em que o técnico Kevin Keagan tinha o apoio da direcção, para contratar vários jogadores de renome internacional, de forma a levar o clube a patamares mais elevados. Ginola depressa se integrou na equipa, e juntos conduziram os 'magpies' ao segundo lugar da Premier League em 96, ficando no entanto um sabor amargo, já que ficariam quatro pontos atrás do Manchester United, quando em Janeiro o Newcastle liderava com mais dez que os 'red devils'. O Barcelona apareceu então com uma proposta para levar Ginola, que o clube recusou e mais tarde o francês viria a lamentar o facto de nunca ter jogado num grande clube europeu. Os 'magpies' voltaram a apostar forte na nova época, batendo o recorde de transferências, quando pagaram 15 milhões de euros pelos serviços de Alan Shearer. Contudo, apesar do investimento, o Newcastle seria novamente segundo classificado, novamente atrás do Man. United. Sem que nada o fizesse prever a meio dessa temporada de 97, Kevin Keagan abandonava os comandos da equipa, sendo substituído por Kenny Dalglish. O técnico inglês nunca se compatibilizou com Ginola e o médio acabaria por sair para o Tottenham.


O único título e mudança de clube


A chegada ao Tottenham por 2,5 milhões de euros deu a Ginola o seu único troféu por terras britânicas. Aconteceu em 1999, quando os 'spurs' derrotaram na final de Wembley o Leicester City por 1-0, levantando a Taça da Liga Inglesa. O jogador francês havia brilhado nas meias-finais ao marcar um dos três golos, com que o Tottenham venceu o Manchester United. Os adeptos viam em David um jogador de referência do clube e tinham por ele um enorme respeito e admiração, que viria a ser premiado, a 11 de Dezembro de 2008, aquando das comemorações dos 125 anos do Tottenham, Ginola foi introduzido no Hall of Fame. Depois de 100 jogos realizados pelos 'spurs' e treze golos marcados, o médio seria vendido por três milhões de euros ao Aston Villa. A notícia foi descrita como uma "bomba pelo próprio jogador, que se mostrou surpreendido por o Tottenham ter aceite a proposta do Villa. Com 33 anos, David Ginola tinha sido desafiado pelo presidente John Gregory a mostrar que ainda podia dar mais na Premier League, mas o facto é que a velocidade e técnica já não estavam iguais e Ginola faria apenas trinta e dois jogos pelo clube. Em 2002, depois de uma entrada dura sobre um adversário, foi suspenso por dois jogos e pagou uma multa de 22 mil euros, por ter uma acesa discussão com o quarto árbitro.


O fim da carreira no futebol


Nesse mesmo ano de 2002, David Ginola mudava-se para Everton, onde efectuaria somente cinco encontros, decidindo colocar um ponto final na carreira de jogador, após a chegada do ainda actual técnico David Moyes. Ginola marcou o seu futebol pela grande qualidade de passe e toque de bola, conseguindo fazer golos de várias zonas do relvado. Todos estes atributos levaram Johan Cruijff a considerar o médio o melhor jogador do mundo em 1999.



Pouco utilizado nos 'bleus'

Embora fosse considerado um dos grandes talentos franceses, David Ginola actuou apenas por dezassete vezes, tendo facturado por três ocasiões na selecção gaulesa. Um dos momentos que marcou a sua passagem pelos 'bleus', deu-se na partida de qualificação para o mundial de 94, quando num jogo em França frente à Bulgária e com o resultado empatado a um resultado que servia aos franceses, já perto do final uma bola perdida por Ginola deu a oportunidade de um contra ataque búlgaro, concluído em golo por Kostadinov. O técnico na altura Gerard Houllier atribuiu as culpas do desaire a Ginola, que passaria a ser mal visto pelos adeptos, sendo um dos factores que levou a sua mudança para Inglaterra. O novo seleccionador Aimé Jacquet, nunca levou o médio a qualquer fase final de um europeu ou mundial, tendo Ginola feito o seu último jogo pelo seu país em 1995.



Veja os melhores golos e jogadas de David Ginola






Moda, cinema e vinhos

Durante os anos em que actuou nos relvados, Ginola passeava também pelos desfiles de moda e muitos dizem que esse factor o envolveu em vários conflitos com os seus treinadores. Desde que deixou de jogar, o médio, para além dos desfiles, participou em dois filmes de cinema, sendo o último em 2005, de seu nome A Última Gota, um filme de guerra. Quando estava em Inglaterra, Ginola fez várias participações em publicidades de produtos para o cabelo, imagem que o jogador sempre cultivou e também de automóveis, além de ter ainda apresentado o primeiro euro milhões inglês. Em 2008, David Ginola recebeu a medalha de prata por um vinho produzido na sua herdade em Provence, na Taça Internacional de Vinhos. David Ginola é hoje promotor de memórias USB da empresa Kingston Digital Europe.



Palmarés


David Ginola fez 503 jogos e apontou 81 golos, tendo vencido quatro títulos colectivos e três a nível individual, todos na sua passagem por Inglaterra - melhor jogador da Liga Inglesa em 99 e de jogador do ano do clube em 98.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Tomas Brolin

Para o final da semana guardamos um jogador, que apesar de ter deixado cedo os relvados tem muito para contar, para além de ter conduzido a Suécia aos seus patamares mais altos nos anos 90.


Uma carreira precoce

Per Tomas Brolin, nasceu a 29 de Novembro de 1969 em Hudiksvall. Em 1984 com uns meros 14 anos teve o seu primeiro jogo oficial como profissional, ao serviço do Näsvikens IK, onde realizou 36 encontros e permaneceu duas temporadas. Brolin inscreveu-se depois na academia Fotbollsgymnasiet na cidade de Sundsvall em 1986, instituto esse que lhe permitiu fazer a sua formação académica e como futebolista. Não foi por isso de estranhar que um ano volvido tivesse assinado contrato com o GIF Sundsvall, tendo como adversário na estreia o IF Elfsborg. Em 1990, o avançado assinaria pelo IFK Norrokping, por onde teve uma passagem de meses, já que pouco depois abandonaria a Suécia.


Parma e a fatídica lesão

Com 20 anos Tomas Brolin aterrava em Itália para jogar pelo Parma, que tinha acabado de ser promovido à Serie A, e que contava com o também jovem Alessandro Melli, que em conjunto com Brolin fariam uma dupla de sucesso, marcando entre ambos 20 golos, 13 de Melli e 7 de Brolin, o que levaria o Parma ao quinto lugar no fim do campeonato e o apuramento histórico da primeira presença nas competições europeias. Se a estreia no Calcio tinha sido promissora, a segunda temporada não podia correr melhor. Brolin foi titular nos 34 jogos, marcou quatro golos e o Parma terminou no sexto lugar, mas acabaria por vencer a Taça de Itália ao derrotar na final a Juventus por 2-1, no total das duas mãos, em mais um triunfo inédito da equipa. Em 1992 a formação gialloblu, fez chegar ao seu plantel dois jogadores de renome, o argentino Sérgio Berti e o colombiano Faustino Asprilla. Estes elementos juntaram-se a Brolin, Grün e ao guarda-redes Taffarel, ora naquela altura apenas três jogadores que não fossem de nacionalidade italiana poderiam actuar no onze inicial. Brolin que até aí havia sido titular indiscutível na frente de ataque com Melli, viu o técnico Névio Scala colocá-lo no banco a maior parte da época em detrimento de Asprilla. O Parma conquistaria a Taça das Taças, derrotando na final em Wembley, o Royal Antuérpia por 3-1, e a Supertaça Europeia, isto levou a um maior reforço da equipa para a temporada seguinte. Estávamos em 1993 e chegavam ao clube Massimo Crippa e Gianfranco Zola, que colocou ainda mais em risco o espaço do jogador sueco na equipa. Brolin passou então a jogar no meio campo, deixando a ofensiva para Zola e Asprilla. A nível europeu o Parma voltaria a chegar à final da Taça das Taças, derrotando entre outros o Ajax e o Benfica, mas na final de Copenhaga e apesar de uma bola de Brolin ter acertado em cheio no poste já nos minutos finais, seria o Arsenal a vencer por 1-0. A 16 de Novembro de 1994, num jogo de qualificação para o Euro 96, Tomas Brolin partiu o pé naquela que seria a sua única e grave lesão na carreira. Numa altura em que o Parma estava a dois pontos da Juventus, que viria a sagrar-se campeã. Brolin regressaria apenas a 23 de Maio, já com os gialloblu a oito pontos de distância, para além da lesão, o avançado sueco viria a ser expulso pela primeira vez na sua carreira, na última partida do campeonato frente ao Nápoles, com somente vinte e três minutos decorridos. 1995 trouxe mais um reforço de peso para Parma, Hristo Stoichkov chegava e cada vez mais Brolin ficava sem margem de manobra, apesar de ainda ter efectuado alguns jogos Brolin percebeu, que já não havia lugar para ele e após cinco anos em Itália decidiu partir para jogar jogar com maior regularidade.


Olá e adeus Inglaterra

A chegada a Leeds aconteceu a 17 de Novembro de 1995, e a estreia de Brolin surgiu logo no dia seguinte, entrando como substituto na derrota da equipa por 2-1 frente ao Newcastle. Cedo se percebeu que o futuro de Brolin no clube não seria risonho, em duas épocas actuou somente por 20 ocasiões, tendo marcado quatro golos. A equipa não correspondeu às expectativas, e a 1 de Maio de 96, Brolin anunciou o seu regresso à Suécia para uma cirurgia no tornozelo. No regresso da nova época o técnico Howard Wilkinson disse-lhe para procurar outro clube, mas nenhuma proposta apareceu, até que em Agosto o Leeds decidiu em definitivo colocar Brolin no mercado, depois de ambas as partes entrarem em conflito. Seguiram-se dois empréstimos, o primeiro ao Zurique onde jogou apenas três jogos. Em Setembro o novo técnico do Leeds, George Graham queria de novo Brolin na equipa, mas este recusou-se a voltar levando o clube a fazer-lhe um ultimato.


Entre Parma e Leeds

A lesão contraída no tornozelo, impossibilitou a Tomas Brolin a mudança para a Sampdória e os médicos do Leeds, com receio de uma retirada precoce dos relvados observaram o atleta de forma a recuperá-lo para jogar de novo em Inglaterra. Estávamos em Dezembro de 1996, quando o próprio Brolin pagou 500 mil euros para ser emprestado ao Parma até final da época, onde efectuou onze partidas. A primeira seria apenas a 23 de Fevereiro de 97, depois de muitos treinos para recuperar a forma física, mas nunca se afirmou como titular, deixando claro aos dirigentes italianos que no fim da temporada não iriam assinar contrato com ele. O último jogo foi a 1 de Junho, no triunfo por 2-1 sobre o Verona, que deixou os gialloblu no segundo lugar do campeonato. Como tal Brolin regressou a Leeds, mas os conflitos mantinham-se ao ponto de o clube o multar em 90 mil euros, por o sueco faltar um jogo para estar presente no funeral do pai. As hipóteses de ser emprestado ao Saragoça de Espanha e ao Hearts da Escócia, saíram furadas e o fim da relação com o Leeds dar-se-ia a 28 de Outubro de 1997. Mais tarde Brolin seria eleito pela revista Times e fãs ingleses, como o segundo pior jogador numa lista de 50, que actuaram no campeonato inglês.


Encerrar a carreira nas origens

Apesar de debelada a lesão no tornozelo, Tomas Brolin nunca mais conseguiu recuperar a forma física, isso não foi motivo suficiente para que o Crystal Palace ainda o colocasse à experiência na equipa durante duas semanas. No entanto jogaria somente treze jogos, um dos quais frente ao Leeds, onde seria substituído cinco minutos depois do apito inicial, após um choque com o português Bruno Ribeiro. O Crystal Palace desceu de divisão e em Maio de 1998, Brolin regressava ao seu país natal, para se despedir dos relvados com apenas 29 anos, actuando o último quarto de hora como guarda-redes num jogo do Hudiksvall frente ao Kiruna FF.


Sucesso na Suécia

Tomas Brolin e Martin Dahlin comandaram a Suécia na sua melhor decada de sempre. Depois das meias-finais do Euro 92, onde seriam derrotados pela Alemanha por 3-2, os jovens de amarelo, em conjunto com Henrik Larsson, Kennet Andersson, Jonas Thern, Stefan Scharwz e o guardião Ravelli, fariam um Mundial de 94 fantástico. Com 23 anos Brolin estava em plena forma, um empate no jogo inaugural com os Camarões, não dava grande ânimo aos suecos, mas a vitória frente à Rússia e o empate com o Brasil, colocava-os na fase seguinte. O triunfo por 3-2 nos quartos de final frente aos romenos, levava a Suécia a novo encontro com os brasileiros nas meias finais, onde perderiam por 2-1. No entanto a formação nórdica acabaria num brilhante terceiro lugar ao golear a Bulgária por 4-0. A grave lesão contraída em 94, impossibilitou Brolin de dar o seu contributo à equipa durante o apuramento para o Euro 96, que acabaria por não ser alcançado.


Veja o vídeo do melhor de Tomas Brolin no Euro 92






Palmarés

Tomas Brolin fez um total de 280 jogos e marcou 54 golos, pelos nove clubes por onde passou, enquanto pela Suécia o avançado marcou por 26 vezes, que seriam depois convertidas em 27, já que Brolin reclamaria para si um golo atribuído ao colega de equipa Roland Nilson, tendo sido chamado por 47 ocasiões.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Marc Overmars

Para começar mais uma semana agitada no futebol mundial, nada melhor que relembrar um jogador, que fez da sua velocidade uma das maiores armas para superar os seus adversários.


Uma rápida ascensão

Marc Overmars, nasceu a 29 de Março de 1973, em Emst na Holanda e foi no Epe, clube de distrito, que iniciou o seu percurso no meio futebolístico. A sua chegada aos escalões maiores da liga holandesa aconteceu em 1990, ingressando nos Go Ahead Eagles, lá esteve apenas uma época, mudando-se para o Willem II, onde ficaria também uma temporada. Apesar de ter marcado um só golo nos 31 jogos que disputou, tal facto não deixou que o Ajax deixa-se de contratá-lo e foi aí que Overmars despontou para uma carreira de sucesso. Ao longo dos cinco anos que esteve em Amesterdão, a sua velocidade e golos que foi marcando fizeram dele um dos melhores jogadores do mundo a actuar na posição de extremo direito, além de conseguir aliar uma equivalente capacidade técnica em ambos os pés, mesmo naquela posição. O Ajax comandado na altura por Louis Van Gaal era uma autêntica potência tanto a nível nacional como europeu e Marc Overmars rapidamente conquistou vários títulos, o mais saboroso chegaria em 1995 ao vencer a Liga dos Campeões, derrotando na final o AC Milan por 1-0, com um golo de Patrick Kluivert a cinco minutos do fim.


De Inglaterra até Espanha

O grande pesadelo da carreira de Marc Overmars chegaria em 1996, uma grave lesão no joelho direito colocou o extremo fora dos relvados e do Europeu desse ano. Porém tal como o Ajax havia visto nele boas características aquando da sua passagem pelo Willem II, a longa paragem não fez adormecer essa mesma habilidade e em 1997 o Arsenal pagou ao clube holandês, 5,5 milhões de euros pelo passe de Overmars. Em Londres esteve três épocas, o suficiente para conquistar mais troféus. A velocidade mantinha-se e os golos também, destacando-se o que deu a Taça de Inglaterra, na final frente ao Manchester United e em Old Trafford, na vitória rumo ao campeonato de 98. A entrada no novo milénio trouxe uma nova experiência a Overmars, o Barcelona fez chegar aos cofres londrinos 40.600 milhões de euros, essa transferência seria a primeira na história do futebol a ser oficializada pelo próprio jogador no seu sítio oficial. Em Camp Nou, o extremo jogaria até 2004 e mesmo com toda a sua técnica a grave lesão contraída em 96, já não faziam dele o mesmo velocista de outros tempos, de tal forma que acabaria por não vencer qualquer título pelo clube catalão.


Os golos, as jogadas, a velocidade de Overmars em vídeo






O ponto final na carreira

Terminada a sua ligação ao Barcelona, o joelho direito fez com que Marc Overmars decidisse colocar de parte as chuteiras, e voltar aos Go Ahead Eagles, desta feita na função de director técnico. Porém em 2008 o extremo chocou os dirigentes do clube, ao revelar que pretendia voltar aos relvados. A decisão surgiu após um jogo de homenagem a Jaap Stam, em que Overmars participou. O seu desempenho foi de tal maneira surpreendente que foram os membros da equipa técnica dos Eagles a insistirem para que regressasse. Depois de alguns treinos, Marc aceitaria voltar a jogar com algumas condições, já que o seu joelho ainda lhe dava muito que fazer. Assim o médio criativo alinhou uma época, fez 24 jogos e apenas treinava algumas vezes durante a semana. Em 2009 e terminada a temporada, Overmars colocaria de vez um ponto final na sua carreira, exercendo até aos dias de hoje as funções de director técnico da equipa.


De laranja ao peito

Marc Overmars estreou-se pela Holanda a 24 de Fevereiro de 1993, numa partida contra a Turquia. No mundial de 98 o extremo era presença assídua no onze titular, mas o fatídico joelho voltaria a provocar-lhe dissabores no jogo contra Jugoslávia (actual Sérvia), Overmars acabaria por se lesionar, tendo o encontro seguinte frente à Argentina em risco. A Holanda derrotou os argentinos por 2-1, o extremo seria substituto utilizado, mas agravou ainda mais a lesão de tal forma que nas meias finais não saiu do banco para defrontar o Brasil, que venceria os holandeses nas grandes penalidades por. A despedida da selecção chegou em 2004, na derrota contra Portugal, na meia final do Europeu. Ao todo foram 86 as internacionalizações de Marc Overmars, tendo finalizado com sucesso por dezassete ocasiões.


Palmarés

Ao longo da carreira Marc Overmars obteve doze títulos, com destaque para os conquistados ao serviço do Ajax, onde venceu três campeonatos, uma Liga dos Campeões, uma Supertaça europeia e outra Intercontinental. Realizou um total de 401 jogos e marcou 78 golos.