Pode ter sido um mero jogo de carácter particular mas ainda hoje é encarado pelos “historiadores” do futebol como uma das vitórias mais brilhantes de uma equipa portuguesa sobre uma congénere internacional. É uma partida carregada de um simbolismo enorme, em especial para o emblema que a conquistou, o Futebol Clube do Porto, já que foi obtida sobre aquela que na época era tão só considerada a melhor equipa do Mundo, os ingleses do Arsenal Football Club.
Foi a vitória do pequeno e frágil “David” contra o todo poderoso e assustador “Golias” numa altura em que o desporto-rei vivia ainda muito longe do mediatismo e profissionalismo que ostenta hoje em dia.
Viajemos então até ao ano de 1948, mais em concreto até 6 de Maio, dia em que Cidade do Porto estava em festa pois o seu clube mais representativo recebia nada mais nada menos do que a equipa que os críticos da modalidade consideravam ser a mais perfeita do Mundo sob todos os aspectos. Tanto é que assim que foi anunciada, meses antes, esta partida suscitou de imediato um interesse desmedido na população portuense.
Desde logo se fizeram previsões de que os amadores do FC Porto não teriam a mínina das hipóteses em levar de vencido um conjunto que era composto por alguns dos melhores jogadores do planeta e orientada por um dos maiores “mestres da táctica” de todos os tempos: Herbert Chapman.
Dizer em jeito de nota que a visita do Arsenal a Portugal foi inserida numa digressão – até chegar ao nosso país 100% vitoriosa - que a turma britânica efectuou por diversos países da Europa naquele ano.
E chegavamos ao grande dia, o saudoso Estádio do Lima foi o palco para levar à cena este “bailado futebolístico”. Contra todas as previsões a equipa da casa “agigantou-se ao gigante” londrino. Perdeu o medo, e avançou para uma das exibições mais brilhantes de que há memória da sua história centenária.
A marcha do marcador não podia ser mais explicita do domínio avassalador que a então desconhecida – em termos internacionais – equipa portuguesa exercia sobre os afamados craques do Arsenal. Aos 20 minutos de jogo o Porto já vencia por 3-0 (!!!), com golos de Araújo (aos 9 minutos), e Correia Dias (aos 18 e aos 20).
O Arsenal ainda reduziria a desvantagem para 2-3, mas insuficiente para tirar o mérito e o brilho da vitória aos jogadores do FC Porto. Um resultado e sobretudo uma exibição portista que todos aqueles que lotaram por completo o desaparecido Estádio do Lima jamais esqueceram. De tal modo que desde logo uma comissão de sócios e admiradores do FC Porto tratou de angariar fundos para presentear o clube da Invicta com um troféu alusivo a essa histórica vitória. Concepcioando pela Orivesaria Aliança, na sequência de um esboço dos escultores Marinho Brito e Albano França, este é sem margem para dúvidas um dos troféus mais bonitos e imponentes que figuram nas vitrinas do FC Porto.
Mais do que a celebração de uma vitória histórica simboliza o espírito apaixonado e o orgulho (no seu clube) de um grupo de adeptos do emblema portista.
A bonita peça foi entregue à Direcção do clube a 21 de Outubro de 1949, mais de um ano depois do jogo. Para a concepção deste troféu (mais tarde baptizado como Taça Arsenal), foram utilizados diversos materiais, entre outros, ouro, prata, esmalte, cristal, madeira fina e veludo. Pesa 300 quilos.
Uma bela obra de arte nascida de uma não menos bela vitória do seguinte onze do FC Porto: Barrigana, Alfredo Pais, Francisco, Virgílio, Romão, Joaquim, Lourenço, Araújo, Correia Dias, Gastão e Catolino. Treinador: Vachetto.
Foi a vitória do pequeno e frágil “David” contra o todo poderoso e assustador “Golias” numa altura em que o desporto-rei vivia ainda muito longe do mediatismo e profissionalismo que ostenta hoje em dia.
Viajemos então até ao ano de 1948, mais em concreto até 6 de Maio, dia em que Cidade do Porto estava em festa pois o seu clube mais representativo recebia nada mais nada menos do que a equipa que os críticos da modalidade consideravam ser a mais perfeita do Mundo sob todos os aspectos. Tanto é que assim que foi anunciada, meses antes, esta partida suscitou de imediato um interesse desmedido na população portuense.
Desde logo se fizeram previsões de que os amadores do FC Porto não teriam a mínina das hipóteses em levar de vencido um conjunto que era composto por alguns dos melhores jogadores do planeta e orientada por um dos maiores “mestres da táctica” de todos os tempos: Herbert Chapman.
Dizer em jeito de nota que a visita do Arsenal a Portugal foi inserida numa digressão – até chegar ao nosso país 100% vitoriosa - que a turma britânica efectuou por diversos países da Europa naquele ano.
E chegavamos ao grande dia, o saudoso Estádio do Lima foi o palco para levar à cena este “bailado futebolístico”. Contra todas as previsões a equipa da casa “agigantou-se ao gigante” londrino. Perdeu o medo, e avançou para uma das exibições mais brilhantes de que há memória da sua história centenária.
A marcha do marcador não podia ser mais explicita do domínio avassalador que a então desconhecida – em termos internacionais – equipa portuguesa exercia sobre os afamados craques do Arsenal. Aos 20 minutos de jogo o Porto já vencia por 3-0 (!!!), com golos de Araújo (aos 9 minutos), e Correia Dias (aos 18 e aos 20).
O Arsenal ainda reduziria a desvantagem para 2-3, mas insuficiente para tirar o mérito e o brilho da vitória aos jogadores do FC Porto. Um resultado e sobretudo uma exibição portista que todos aqueles que lotaram por completo o desaparecido Estádio do Lima jamais esqueceram. De tal modo que desde logo uma comissão de sócios e admiradores do FC Porto tratou de angariar fundos para presentear o clube da Invicta com um troféu alusivo a essa histórica vitória. Concepcioando pela Orivesaria Aliança, na sequência de um esboço dos escultores Marinho Brito e Albano França, este é sem margem para dúvidas um dos troféus mais bonitos e imponentes que figuram nas vitrinas do FC Porto.
Mais do que a celebração de uma vitória histórica simboliza o espírito apaixonado e o orgulho (no seu clube) de um grupo de adeptos do emblema portista.
A bonita peça foi entregue à Direcção do clube a 21 de Outubro de 1949, mais de um ano depois do jogo. Para a concepção deste troféu (mais tarde baptizado como Taça Arsenal), foram utilizados diversos materiais, entre outros, ouro, prata, esmalte, cristal, madeira fina e veludo. Pesa 300 quilos.
Uma bela obra de arte nascida de uma não menos bela vitória do seguinte onze do FC Porto: Barrigana, Alfredo Pais, Francisco, Virgílio, Romão, Joaquim, Lourenço, Araújo, Correia Dias, Gastão e Catolino. Treinador: Vachetto.
1 comentário:
Devias falar aqui era da estreia do estádio das antas, quando o Benfas espetou 8-2 (!!!!) ao FêCÊPÊ!
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