Todos temos consciência que, de momento, o futebol Português atravessa uma fase difícil no que diz respeito á posição do guarda-redes: existem cada vez menos atletas a manifestarem o desejo de jogar nessa posição; apenas os clubes maiores dispõem de treinadores e planos de formação e treino para estes atletas o que, consequentemente, nos conduz a uma falta de bases técnico-tácticas quase generalizada…
A par de tudo isto, assistimos ainda a uma constante desvalorização do papel do guarda-redes em campo, quer por parte dos aficionados do desporto-rei, quer por parte da imprensa desportiva. O “redes” é uma peça à parte, caída no esquecimento!
Contudo, nos maus momentos é relembrado, e a culpa é sempre do guarda-redes! É claro que, com isto, não estou a querer dizer que o “redes” está sempre isento de culpa! Apenas pretendo realçar a ideia de que o futebol é um jogo de EQUIPA e, portanto, se as glórias são partilhadas, o mesmo deve suceder com as derrotas!
Vejamos, por exemplo, o caso das duras críticas que têm sido ultimamente apontadas ao guardião da Luz: No encontro da última jornada entre Benfica e Vitória de Setúbal, todos se aperceberam certamente que a equipa entrou demasiado passiva em campo. Essa situação veio a alterar-se nos primeiros quinze minutos da segunda parte, chegando mesmo os “encarnados” ao golo. Após alcançarem a vantagem, no entanto, começaram a perder a “garra” e o domínio que até aí os caracterizara. Permitiram ao adversário fazer circular a bola e progredir até à sua grande área, aumentando a confiança dos mesmos. Esta passividade indiciava que os três pontos poderiam mesmo vir a escapar na fase final do encontro. E foi isso que sucedeu, mas não por exclusiva culpa de Quim. Na verdade, se a defesa encarnada não tivesse desorganizado as marcações, dando o espaço necessário ao jogador sadino para realizar o pontapé de bicicleta, o “redes” benfiquista nem teria necessidade de intervir. O erro começa muito antes daquele lance e, apenas termina no “azar” de Quim.
É triste que quem o culpa não tenha reparado nesse detalhe e também não tenha reparado que, em campo, juntamente com ele, figuravam mais 10 jogadores. Jogadores esses com bastante influência no resultado final. É, em grande parte, esta atitude de depreciação desta peça -chave do futebol (sim, porque sem “redes” não há jogo), e o enaltecimento incansável dos jogadores de ataque e suas fintas, que faz com que cresça o desinteresse pela posição, o que nos impede de evoluir e levar os nossos atletas a ocuparem o pódio no top dos guarda-redes mundiais!
É, portanto, essencial, prestar mais atenção e procurar conhecer melhor o que caracteriza um bom guarda-redes. O investimento em formação nesta área, para treinadores e atletas, e a elaboração de críticas mais construtivas relativamente ao trabalho dos “homens entre postes”, sobretudo a nível nacional, são acções importantíssimas e urgentes! É muito fácil “apontar o dedo” e conjecturar sobre a facilidade do lance e o tamanho do “erro”, mas a verdade é que só quem passa por elas é que consegue avaliar a situação com clareza e apresentar um juízo elucidativo e enriquecedor!
A verdade é que, na baliza, só não falha quem nunca teve nos ombros a responsabilidade de a defender! Se queremos deixar de dar o passo maior que a perna, então antes de exigirmos exibições perfeitas e um maior leque de escolhas para a baliza, têm de ser oferecidas condições para que os atletas ganhem, primeiro, bases técnico-tácticas e psicológicas, e mais tarde sejam capazes de se aperfeiçoarem. Estas condições de trabalho devem ser generalizadas a todos os clubes. Cabe à Federação promover, em colaboração com as Associações Regionais, acções de formação, acessíveis mesmo aos clubes com menos recursos, de maneira a que esta área seja trabalhada de forma cada vez mais adequada e profissional!
Enfim, é hora de olhar para esta classe futebolística com outros olhos e começar a promover mais actividades que informem e alertem a população em geral para aquilo que é “SER GUARDA-REDES”. Iniciativas como aquela que a Académica de Coimbra, através de Pedro Roma, organizou no passado dia 1 de Dezembro devem ser apoiadas e repetidas! Neste seminário, várias personalidades de renome (Silvino Morais, Ricardo Peres, Fernando Brassard, Luís Matos…) procuraram elucidar, atletas e profissionais ligados ao desporto e saúde, sobre os vários aspectos do treino do guarda-redes.
Em vez de se encherem capas de jornais com “frangos”, vamos começar a dar relevância àquilo que se está a fazer para contornar as dificuldades e dar a conhecer à opinião pública aquilo que a maioria desconhece sobre esta posição (que infelizmente é bastante). Isto é que é notícia, isto é que é relevante! Em que é que contribui para a evolução do futebol no nosso país, encher “páginas e páginas” de desmotivação para um guarda-redes? Em que é que ajuda o atleta a melhorar? Cabe a cada um de nós resolver este “problema” que tem preocupado bastante aqueles que adoram e vivem o futebol!
A par de tudo isto, assistimos ainda a uma constante desvalorização do papel do guarda-redes em campo, quer por parte dos aficionados do desporto-rei, quer por parte da imprensa desportiva. O “redes” é uma peça à parte, caída no esquecimento!
Contudo, nos maus momentos é relembrado, e a culpa é sempre do guarda-redes! É claro que, com isto, não estou a querer dizer que o “redes” está sempre isento de culpa! Apenas pretendo realçar a ideia de que o futebol é um jogo de EQUIPA e, portanto, se as glórias são partilhadas, o mesmo deve suceder com as derrotas!
Vejamos, por exemplo, o caso das duras críticas que têm sido ultimamente apontadas ao guardião da Luz: No encontro da última jornada entre Benfica e Vitória de Setúbal, todos se aperceberam certamente que a equipa entrou demasiado passiva em campo. Essa situação veio a alterar-se nos primeiros quinze minutos da segunda parte, chegando mesmo os “encarnados” ao golo. Após alcançarem a vantagem, no entanto, começaram a perder a “garra” e o domínio que até aí os caracterizara. Permitiram ao adversário fazer circular a bola e progredir até à sua grande área, aumentando a confiança dos mesmos. Esta passividade indiciava que os três pontos poderiam mesmo vir a escapar na fase final do encontro. E foi isso que sucedeu, mas não por exclusiva culpa de Quim. Na verdade, se a defesa encarnada não tivesse desorganizado as marcações, dando o espaço necessário ao jogador sadino para realizar o pontapé de bicicleta, o “redes” benfiquista nem teria necessidade de intervir. O erro começa muito antes daquele lance e, apenas termina no “azar” de Quim.
É triste que quem o culpa não tenha reparado nesse detalhe e também não tenha reparado que, em campo, juntamente com ele, figuravam mais 10 jogadores. Jogadores esses com bastante influência no resultado final. É, em grande parte, esta atitude de depreciação desta peça -chave do futebol (sim, porque sem “redes” não há jogo), e o enaltecimento incansável dos jogadores de ataque e suas fintas, que faz com que cresça o desinteresse pela posição, o que nos impede de evoluir e levar os nossos atletas a ocuparem o pódio no top dos guarda-redes mundiais!
É, portanto, essencial, prestar mais atenção e procurar conhecer melhor o que caracteriza um bom guarda-redes. O investimento em formação nesta área, para treinadores e atletas, e a elaboração de críticas mais construtivas relativamente ao trabalho dos “homens entre postes”, sobretudo a nível nacional, são acções importantíssimas e urgentes! É muito fácil “apontar o dedo” e conjecturar sobre a facilidade do lance e o tamanho do “erro”, mas a verdade é que só quem passa por elas é que consegue avaliar a situação com clareza e apresentar um juízo elucidativo e enriquecedor!
A verdade é que, na baliza, só não falha quem nunca teve nos ombros a responsabilidade de a defender! Se queremos deixar de dar o passo maior que a perna, então antes de exigirmos exibições perfeitas e um maior leque de escolhas para a baliza, têm de ser oferecidas condições para que os atletas ganhem, primeiro, bases técnico-tácticas e psicológicas, e mais tarde sejam capazes de se aperfeiçoarem. Estas condições de trabalho devem ser generalizadas a todos os clubes. Cabe à Federação promover, em colaboração com as Associações Regionais, acções de formação, acessíveis mesmo aos clubes com menos recursos, de maneira a que esta área seja trabalhada de forma cada vez mais adequada e profissional!
Enfim, é hora de olhar para esta classe futebolística com outros olhos e começar a promover mais actividades que informem e alertem a população em geral para aquilo que é “SER GUARDA-REDES”. Iniciativas como aquela que a Académica de Coimbra, através de Pedro Roma, organizou no passado dia 1 de Dezembro devem ser apoiadas e repetidas! Neste seminário, várias personalidades de renome (Silvino Morais, Ricardo Peres, Fernando Brassard, Luís Matos…) procuraram elucidar, atletas e profissionais ligados ao desporto e saúde, sobre os vários aspectos do treino do guarda-redes.
Em vez de se encherem capas de jornais com “frangos”, vamos começar a dar relevância àquilo que se está a fazer para contornar as dificuldades e dar a conhecer à opinião pública aquilo que a maioria desconhece sobre esta posição (que infelizmente é bastante). Isto é que é notícia, isto é que é relevante! Em que é que contribui para a evolução do futebol no nosso país, encher “páginas e páginas” de desmotivação para um guarda-redes? Em que é que ajuda o atleta a melhorar? Cabe a cada um de nós resolver este “problema” que tem preocupado bastante aqueles que adoram e vivem o futebol!
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