Muito se tem especulado, nos últimos tempos, sobre qual será o guarda-redes ideal para defender as “redes” da nossa Selecção. Desde o afastamento de Quim, e fruto das suas boas exibições, Eduardo (Sporting de Braga) e Beto (Leixões) têm sido apontados como os principais candidatos à vaga. Contudo, embora o primeiro tenha alcançado a titularidade no particular contra a Finlândia, Beto não foi convocado. Este facto surpreendeu a opinião pública e gerou até alguma contestação.
Qual terá sido o motivo que levou a esta decisão de Queirós? Em que critérios assentará a escolha do guarda-redes para a “equipa de todos nós”?
A selecção do guarda-redes está dependente do perfil definido pela equipa técnica. Nem todos os atletas que ocupam esta posição são indicados para integrar o plantel, pois podem não se adequar ao modo de jogar da restante equipa. Podemos concluir, a partir daqui, que existem tipos diferentes de “redes”, dos quais se destacam os tipos A e R, e que é fundamental a interacção entre o “homem entre postes” e os jogadores de campo. Afinal, o futebol é um desporto colectivo disputado por conjuntos de 11 (e não 10) elementos!
Mas, o que caracteriza um guarda-redes tipo A? E um tipo R?
Os atletas tipo A são mais calmos, controlados e confiantes. Para além disso, envolvem-se no jogo e estão sempre prontos para ajudar os colegas, pois procuram adaptar a sua acção à do restante colectivo. Por exemplo, quando a equipa se encontra numa situação ofensiva e “sobe”, os guarda-redes deste tipo avançam até próximo da entrada da grande área com o objectivo de “juntar linhas” e “cobrir” o adiantamento da linha defensiva. Verifica-se, através desta situação, que estes atletas não se limitam ao seu papel “entre postes” e buscam a integração no “jogar” do grupo. Pode-se dizer que estes guarda-redes são aqueles que mais “pensam” o jogo, daí o seu nome “Guarda-redes de Antecipação” (antecipam as jogadas e as acções em campo). Quim e Helton são guarda-redes tipo A.
Já os atletas do tipo R são excêntricos, fisicamente fortes e muito empenhados no seu trabalho, apresentando grande vontade de evoluir. Para além disso, são nervosos e inseguros. Talvez por essa razão, se centrem mais na sua acção, não adaptando o seu modo de jogar ao do conjunto. Estes atletas não assumem uma dimensão táctica e colectiva, funcionando um pouco “ à parte” dos jogadores de campo. Ao contrário do tipo anterior, não “pensam” o encontro, agem por impulsos (daí a designação de “Guarda-redes de Reacção”). Ricardo e Moretto são atletas deste tipo.
É importante realçar que não existem apenas estes dois tipos de guarda-redes. Estes consistem apenas nos extremos. Outro facto a ter em conta é que existem atletas de grande qualidade representando cada um dos tipos referidos. Não se pode afirmar que o tipo A é melhor que o tipo B, ou vice-versa. O melhor tipo é aquele que, tal como já foi dito, é mais concordante com o “jogar” apresentado pelo colectivo e/ou pretendido pelo treinador. No caso da nossa Selecção, e tendo em conta o seu modo de actuar, facilmente se conclui que o tipo mais adequado é o tipo A. Na “Equipa Portugal” é fundamental que o “homem da baliza” seja capaz de se manter calmo e seguro, orientando a equipa nas situações defensivas e mostrando-se disponível e integrado no jogo nos momentos de transição ofensiva.
Após esta reflexão, podemos agora compreender um pouco melhor o porquê da ausência de certos “redes” na convocatória de Queirós. Tudo está relacionado, entre outros aspectos, com o tipo de guarda-redes pretendido e o perfil traçado. No momento da escolha, é preciso seleccionar um atleta capaz de completar a equipa, de lhe transmitir segurança e confiança e, que ao mesmo tempo, seja capaz de defender o melhor possível a baliza. Este último ponto, é apenas mais uma condição a avaliar no momento da decisão, e não o único aspecto a analisar.
Qual terá sido o motivo que levou a esta decisão de Queirós? Em que critérios assentará a escolha do guarda-redes para a “equipa de todos nós”?
A selecção do guarda-redes está dependente do perfil definido pela equipa técnica. Nem todos os atletas que ocupam esta posição são indicados para integrar o plantel, pois podem não se adequar ao modo de jogar da restante equipa. Podemos concluir, a partir daqui, que existem tipos diferentes de “redes”, dos quais se destacam os tipos A e R, e que é fundamental a interacção entre o “homem entre postes” e os jogadores de campo. Afinal, o futebol é um desporto colectivo disputado por conjuntos de 11 (e não 10) elementos!
Mas, o que caracteriza um guarda-redes tipo A? E um tipo R?
Os atletas tipo A são mais calmos, controlados e confiantes. Para além disso, envolvem-se no jogo e estão sempre prontos para ajudar os colegas, pois procuram adaptar a sua acção à do restante colectivo. Por exemplo, quando a equipa se encontra numa situação ofensiva e “sobe”, os guarda-redes deste tipo avançam até próximo da entrada da grande área com o objectivo de “juntar linhas” e “cobrir” o adiantamento da linha defensiva. Verifica-se, através desta situação, que estes atletas não se limitam ao seu papel “entre postes” e buscam a integração no “jogar” do grupo. Pode-se dizer que estes guarda-redes são aqueles que mais “pensam” o jogo, daí o seu nome “Guarda-redes de Antecipação” (antecipam as jogadas e as acções em campo). Quim e Helton são guarda-redes tipo A.
Já os atletas do tipo R são excêntricos, fisicamente fortes e muito empenhados no seu trabalho, apresentando grande vontade de evoluir. Para além disso, são nervosos e inseguros. Talvez por essa razão, se centrem mais na sua acção, não adaptando o seu modo de jogar ao do conjunto. Estes atletas não assumem uma dimensão táctica e colectiva, funcionando um pouco “ à parte” dos jogadores de campo. Ao contrário do tipo anterior, não “pensam” o encontro, agem por impulsos (daí a designação de “Guarda-redes de Reacção”). Ricardo e Moretto são atletas deste tipo.
É importante realçar que não existem apenas estes dois tipos de guarda-redes. Estes consistem apenas nos extremos. Outro facto a ter em conta é que existem atletas de grande qualidade representando cada um dos tipos referidos. Não se pode afirmar que o tipo A é melhor que o tipo B, ou vice-versa. O melhor tipo é aquele que, tal como já foi dito, é mais concordante com o “jogar” apresentado pelo colectivo e/ou pretendido pelo treinador. No caso da nossa Selecção, e tendo em conta o seu modo de actuar, facilmente se conclui que o tipo mais adequado é o tipo A. Na “Equipa Portugal” é fundamental que o “homem da baliza” seja capaz de se manter calmo e seguro, orientando a equipa nas situações defensivas e mostrando-se disponível e integrado no jogo nos momentos de transição ofensiva.
Após esta reflexão, podemos agora compreender um pouco melhor o porquê da ausência de certos “redes” na convocatória de Queirós. Tudo está relacionado, entre outros aspectos, com o tipo de guarda-redes pretendido e o perfil traçado. No momento da escolha, é preciso seleccionar um atleta capaz de completar a equipa, de lhe transmitir segurança e confiança e, que ao mesmo tempo, seja capaz de defender o melhor possível a baliza. Este último ponto, é apenas mais uma condição a avaliar no momento da decisão, e não o único aspecto a analisar.
3 comentários:
Excelente post, mas continuo com a minha ideia que o Beto é o melhor e é um crime não ter sido convocado...
Na verdade não explica o porquê de Beto não ir e Eduardo sim...
E não concordo minimamente com Ricardo ser do tipo R.
Mas temos que ver que o Eduardo ja vem fazendo um trabalho de continuidade, que o ano passado fez no setubal e está este ano a continuar no braga, enquanto que Beto está a atingir o seu fulgor este ano, podendo ser convocado mas não titular que o merecimento actualmente vai pa Eduardo devido a estes 2 anos de destaque
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