Há poucos dias, Pedro Proença deu uma entrevista sóbria e honesta ao Público, na qual defendia algumas transformações estruturais na arbitragem portuguesa, entre as quais a inclusão das novas tecnologias no futebol e a prática de ter árbitros a falar sobre o seu próprio trabalho. «Tudo aquilo que seja valor acrescentado para o futebol deve acontecer», diz. E diz muito bem.
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Para evitar mal-entendidos, os árbitros deveriam ser colocados sob escrutínio antes e depois dos jogos, quanto mais não seja para que possam ter voz e justificar algumas decisões que possam parecer polémicas. Porque os árbitros têm todo o direito a errar e, nesta fase, são provavelmente o elo mais fraco no futebol. Por isso mesmo, as conferências de imprensa e flash-interviews com árbitros deveriam ser instituídas urgentemente, unicamente para lhes conferir o direito à palavra, à justificação e à admissão do seu próprio erro. Talvez seja por não lhes darmos voz e, em última análise, algum teor humano, que os desrespeitamos, tantas e tantas vezes enquanto vemos a nossa equipa ser injustiçada (mesmo que a injustiça seja involuntária).
2 comentários:
Ser árbitro será sempre complicado... não se pode inserir muita tecnologia, porque senão perde-se a paixão... é preciso é haver bom senso para com os arbitros
Depois da história do apito Dourado, não acredito nem numa palavra dos árbitros. É tudo farinha do mesmo saco. O que difere é qto recebem para beneficiar X e prejudicar Y, se gostam de café com leite mais claro ou mais escuro...
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