O Real Unión, até há bem pouco tempo uma desconhecida equipa da 2.ª Divisão B espanhola, cometeu ontem a proeza de eliminar da Taça do Rei, nos 16 avos-de-final da prova, o poderoso e milionário Real Madrid, ainda por cima em pleno Estádio Santiago Bernabéu.
Apesar do revés no encontro da 1.ª mão (3-2), a equipa 'blanca' era franca favorita para reverter a desvantagem e o técnico Bernd Schuster, apesar de ter poupado alguns jogadores, até colocou em campo um onze de respeito (Dudek; Michel Salgado, Metzelder, Cannavaro e Marcelo; Gago, Sneijder, Van der Vaart e Drenthe; Raúl e Saviola).
Não adiantou. Abasolo, aos 14 minutos, abriu o marcador para o Real Unión, no que foi o primeiro sinal de que a equipa basca não estava a brincar na capital do país. Raúl, aos 36', empatou, mas a formação visitante não desistiu e, aos 49', Salcedo voltou a silenciar o recinto meregue. Por um minuto apenas, pois o mesmo Raúl tratou de igualar o marcador mais uma vez.
A partir do 2-2, o Real Madrid aumentou a pressão e conseguiu apontar mais dois golos (Bueno, aos 68', e novamente Raúl, aos 86',) suficientes para garantir o apuramento. Mas Eneko Romo, aos 90', de cabeça, colocou o seu nome na história do Real Unión e da Taça do Rei.
Os adeptos do Real Madrid, incrédulos com o desfecho, ainda tiveram "fair play" e aplaudiram efusivamente a equipa treinada por Iñaki Alonso, que, como escreveu o jornalista da edição online do jornal "Marca", protagonizou "a maior surpresa da história da Taça."
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