Desde o Clássico Sporting vs Porto que ditou o afastamento dos “Leões” da Taça de Portugal, a arbitragem tem estado na ordem do dia. Durante toda a semana inúmeras críticas foram tecidas a Bruno Paixão e novamente voltou a ser colocada em causa a qualidade da arbitragem nacional. Em consequência desta polémica, Quique Flores afirmou que “ Portugal tem boa arbitragem” e que “os juízes deveriam poder arbitrar em países diferentes, de forma a abrir horizontes no futebol”. Uma posição bastante interessante sobre este tema e com a qual concordo.
De facto, se ocorresse a globalização da arbitragem várias questões poderiam ser contornadas. Em primeiro lugar, o facto de os nossos árbitros poderem arbitrar no estrangeiro permitir-lhes-ia conhecer e interagir com realidades futebolísticas diferentes. Arbitrariam em campeonatos ora mais competitivos ora mais efusivos, e aprenderiam a lidar melhor com a pressão vinda do exterior do campo. Esta globalização seria também útil para nos apercebermos que não são só os nossos árbitros que falham e que, tal como diz Quique, nos campeonatos estrangeiros “também existem polémicas”.
A opinião da maioria dos portugueses de que os nossos árbitros não têm qualidade e que estão abaixo da média europeia acaba por prejudicar o nosso país em termos de presenças nas competições internacionais neste sector. Não é possível para a FIFA e a UEFA conhecer ao pormenor todos os árbitros de um país e estar a par da sua qualidade. Muitas vezes baseiam a sua selecção naquilo que a imprensa e a opinião pública de um país deixa transparecer. Por isso, esta “troca” de juízes poderia ser também benéfica no que toca a uma selecção mais justa dos mesmos, pois adeptos, dirigentes e comunicação social de certa região contactariam com diversas equipas de arbitragem, acabando por produzir juízos de valor cada vez mais ricos e precisos. Este enriquecimento da opinião pública só é possível, mais uma vez, graças ao contacto com novos métodos de acção por parte de todos aqueles que vivem e comentam o futebol.
Finalmente, a disparidade dos critérios a nível internacional seria também atenuada. A interacção e troca de ideias entre juízes habituados a situações competitivas diferentes possibilitaria uma maior definição de certas regras que parecem dispor de múltiplas interpretações!
Enfim, deste processo de internacionalização da arbitragem muitos aspectos positivos se podem retirar. É verdade que as deslocações dos árbitros implicam custos e adaptações. Contudo, estes “entraves” não são incontornáveis, muito pelo contrário. Basta que as pessoas estejam dispostas e prontas para dar o primeiro passo! Várias soluções podem ser apresentadas, entre as quais, por exemplo, criar um “salário” internacional que cubra as despesas mínimas de deslocação a certo país e deixar a gestão do mesmo ao critério do árbitro.
É só uma sugestão, mas com certeza que se nos debruçarmos sobre este problema, muitas outras poderão surgir e, quem sabe, se não aparecerão ideias melhores e mais viáveis. Resta apenas dizer que este é um assunto digno de ser seguido e sobre o qual devíamos todos desenvolver uma opinião. Nunca se sabe o que esta globalização pode trazer de novo para o futebol!
De facto, se ocorresse a globalização da arbitragem várias questões poderiam ser contornadas. Em primeiro lugar, o facto de os nossos árbitros poderem arbitrar no estrangeiro permitir-lhes-ia conhecer e interagir com realidades futebolísticas diferentes. Arbitrariam em campeonatos ora mais competitivos ora mais efusivos, e aprenderiam a lidar melhor com a pressão vinda do exterior do campo. Esta globalização seria também útil para nos apercebermos que não são só os nossos árbitros que falham e que, tal como diz Quique, nos campeonatos estrangeiros “também existem polémicas”.
A opinião da maioria dos portugueses de que os nossos árbitros não têm qualidade e que estão abaixo da média europeia acaba por prejudicar o nosso país em termos de presenças nas competições internacionais neste sector. Não é possível para a FIFA e a UEFA conhecer ao pormenor todos os árbitros de um país e estar a par da sua qualidade. Muitas vezes baseiam a sua selecção naquilo que a imprensa e a opinião pública de um país deixa transparecer. Por isso, esta “troca” de juízes poderia ser também benéfica no que toca a uma selecção mais justa dos mesmos, pois adeptos, dirigentes e comunicação social de certa região contactariam com diversas equipas de arbitragem, acabando por produzir juízos de valor cada vez mais ricos e precisos. Este enriquecimento da opinião pública só é possível, mais uma vez, graças ao contacto com novos métodos de acção por parte de todos aqueles que vivem e comentam o futebol.
Finalmente, a disparidade dos critérios a nível internacional seria também atenuada. A interacção e troca de ideias entre juízes habituados a situações competitivas diferentes possibilitaria uma maior definição de certas regras que parecem dispor de múltiplas interpretações!
Enfim, deste processo de internacionalização da arbitragem muitos aspectos positivos se podem retirar. É verdade que as deslocações dos árbitros implicam custos e adaptações. Contudo, estes “entraves” não são incontornáveis, muito pelo contrário. Basta que as pessoas estejam dispostas e prontas para dar o primeiro passo! Várias soluções podem ser apresentadas, entre as quais, por exemplo, criar um “salário” internacional que cubra as despesas mínimas de deslocação a certo país e deixar a gestão do mesmo ao critério do árbitro.
É só uma sugestão, mas com certeza que se nos debruçarmos sobre este problema, muitas outras poderão surgir e, quem sabe, se não aparecerão ideias melhores e mais viáveis. Resta apenas dizer que este é um assunto digno de ser seguido e sobre o qual devíamos todos desenvolver uma opinião. Nunca se sabe o que esta globalização pode trazer de novo para o futebol!
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