segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Bernard Lama

Para dar início a mais uma semana de muito futebol, nada como falar dos elementos mais preponderantes numa equipa, o guarda-redes. Hoje relembra-mos um dos guardiões que marcou os franceses pelos bons e maus motivos.


Voar para a liberdade

Bernard Lama Maurice Pascoal, nasceu a 7 de Abril de 1963 em Saint-Symphorien na província de Indre-et-Loire. Passou a infância junto dos pais na Guiana Francesa, até que em 1981 foi para França sem a autorização do pai, mas disposto a tentar a sua sorte como futebolista. O Lille foi o clube, pelo qual Lama assinou o seu primeiro contrato como profissional, mas só em 84 depois de emprestado inicialmente ao Abbeville e depois ao Besançon, se afirmaria na equipa principal do Lille. Apesar das cinco temporadas e das cento e três partidas realizadas, o guardião francês nunca se impôs como titular indiscutível, acabando por rumar ao Metz em 1989. Ai ficaria apenas uma época, situação que se repetiria nas suas passagens por Brest e Lens, onde as suas exibições levaram há cobiça de um dos mais prestigiantes clubes do país, o Paris Saint-Germain.


Afirmação e destruição em Paris


Decorria o ano de 1992 e Bernard Lama chegava ao Paris Saint-Germain com a dura tarefa de fazer esquecer o mítico Joël Bats, e o facto é que depressa as suas defesas e agilidade impressionaram os adeptos parisienses. As boas performances trouxeram resultados positivos e com isso títulos, um campeonato, duas Taças de França em 93 e 95 e o ponto alto com a conquista da Supertaça Europeia da Taça das Taças em 1996, ao derrotar na final o Rapid Viena por 1-0. O interesse do gigante Barcelona não foi suficiente para Lama deixar Paris, começando a temporada seguinte em excelente forma, o azar chegaria em Setembro de 96 e da pior maneira possível. Ao defender uma grande penalidade num jogo frente ao Cannes, o guarda-redes lesionou-se com gravidade no joelho, o seu regresso surgiu em Fevereiro do ano seguinte, mas da mesma forma que reapareceu, assim voltou a desaparecer depois de lhe implicada uma suspensão de dois meses por consumo de cannabis. Este acontecimento levou a que o PSG procura-se um substituto para Lama, que seria informado da sua dispensa por parte do clube, quando ainda se encontrava suspenso. O novo dono das balizas do Parque dos Principes era Christophe Revault, e Bernard Lama tinha ordem para procurar novo clube. Com a época de 97-98 em curso, o guardião francês via-se a treinar com as reservas do PSG, até que no mercado de inverno apareceu o West Ham de Inglaterra com uma proposta. A experiência por terras britânicas não correria da melhor forma, já que faria apenas doze encontros como titular, tendo permanecido no clube apenas por seis meses.


Arrumar as luvas

A chegada do novo presidente do Paris Saint-Germain ,Charles Biétry para o lugar de Michel Denisot, deu uma nova hipótese a Lama de voltar em glória ao clube que fez dele um guarda-redes de sucesso. Assinou por dois anos e mesmo com boas exibições na época de 1999-2000, a nova política do clube, que passava pela aposta em jogadores jovens, levou a que Bernard Lama fosse novamente dispensado, entrando para o seu lugar Lionel Letizi. O Rennes apareceu no horizonte e uma temporada de bom nível levou a que Lama quisesse realizar um sonho de criança, que passava por jogar no campeonato brasileiro. Só que nenhum emblema daquele país se mostrou interessado no guardião o que fez com que, Bernard Lama colocasse um ponto final na sua carreira.


Veja algumas das melhores defesas de Bernard Lama



Curta carreira de treinador

Bernard Lama tentou a sorte como treinador, mas a sua única experiência limita-se há de seleccionador do Quénia, onde chegou a 21 de Julho de 2006 e por lá esteve somente dois meses.


Ao serviço dos Bleux

A 17 de Fevereiro de 1993 e já com trinta anos de idade, Bernard Lama chegava à selecção francesa, a estreia seria contra Israel numa vitória por 4-0. Titular absoluto no Europeu de 96, a França caía nas meias finais aos pés da República Checa, perdendo nas grandes penalidades por 5-4. A sua suspensão de dois meses pelo consumo de cannabis, acabaria por afastá-lo da equipa nacional, sendo o eterno suplente de Fabien Barthez. Lama fez parte da selecção francesa, Campeã do Mundo em 98 e Europeia em 200, mesmo não jogando qualquer minuto em nenhuma das competições.


Palmarés

Além dos vários títulos conquistados a nível de clubes e selecção, Bernard Lama foi ainda galardoado com o prémio de melhor jogador francês de 1994. Jogou 568 partidas e marcou dois golos, um ao serviço do Lens e outro pelo Lille, tendo sido internacional pela França quarenta e quatro vezes.

3 comentários:

Guus disse...

nunca gostei muito dele...dava cada frango às vezes

Juca disse...

Entre ele e o barthez preferia o Lama!

Tiago Silva disse...

Como qq grande guarda redes, era capaz do melhor e do pior. Era um maluko do camandro, mas mesmo assim, fez parte de uma equipa igualmente historica do PSG!