segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de Dejan Savicevic

No começo de uma nova semana trazemos em memória, um dos jogadores que marcou o futebol sérvio não apenas nos últimos anos, como em toda a sua história e que criou momentos que jamais serão esquecidos.


Uma estrela em ascensão

Dejan Savicevic nasceu a 15 de Setembro de 1966, Titograd, Montenegro na antiga Jugoslávia e desde cedo mostrou ter uma grande afinidade para a arte do futebol. Aos 15 anos começou a jogar na equipa da sua terra natal, mudando-se depois para o Buducnost da Primeira Liga e por lá jogou seis temporadas, marcando 35 golos em 131 jogos. Ora esses números levaram a que, com 21 anos Savicevic se transferi-se para um dos mais poderosos clubes do país, o Estrela Vermelha, decorria o ano de 1988. A primeira temporada não correu da melhor forma, já que foi obrigado a cumprir o serviço militar, tendo apenas ordem para jogar nos jogos das competições europeias ou da selecção nacional. Savicevic fez a sua primeira apiração pela equipa de Belgrado em Setembro, na partida inaugural da Liga dos Campeões, frente ao Dundalk da Irlanda e a estreia não podia ter sido melhor, vitória por 3-0, com o avançado a marcar um dos golos. Viriam depois os jogos a eliminar e Savicevic apareceu para defrontar o AC Milan, após uma igualdade a um nos dois jogos, a partida foi resolvida na Jugoslávia na marcação de grandes penalidade, com os italianos a levarem a melhor por 4-2, com Savicevic a falhar um dos castigos máximos. Porém as temporadas seguintes seriam de consagração para Dejan, que ajudaria o Estrela Vermelha a vencer três campeonatos consecutivos, 89/90, 90/91 e 91/92, além de duas Taças Jugoslavas e uma Liga dos Campeões.



Entre a luz e o ofuscar de Itália

Consagrado na Jugoslávia, chegava a hora de Savicevic mudar de ares e rumar até Itália, para aqueles que viriam ser mais anos de conquistas e glória. Em 1992, o AC Milan pagou ao Estrela Vermelha 9,4 milhões de euros pelo passe do jugoslavo, para o juntar a um plantel, que também via chegar Jean-Pierre Papin, Zvonimir Boban, Gianluigi Lentini e Stefano Eranio. A estreia na Seríe A, aconteceu a 13 de Setembro, dois dias antes de fazer 26 anos, com Fábio Capello ao comando, o Milan renovaria o título de campeão, mas com Savicevic a passar em segundo plano jogando apenas dez e jogos e apontando quatro golos. Dejan não se conseguia impôr na equipa rossoneri, já que naquela época imperava a lei da UEFA de só poderem actuar três estrangeiros no onze inicial e com Van Basten, Gullit, Rijkaard, Papin, Boban, o médio ofensivo via o seu espaço reduzido. A relação entre Capello e Savicevic não era das melhores e o ponto de ruptura aconteceu, quando o jogador ficou fora dos convocados para a final da Liga dos Campeões de 1993, frente ao Marselha, em Munique. Mas eis que a na época seguinte as coisas mudariam a favor de Savicevic, já que Van Basten, Rijkaard e Gullit abandonavam San Siro, deixando o trio de estrangeiros entregue a Boban, Papin e Savicevic. Embora não fosse ainda um titular indiscutível e mesmo sem marcar qualquer golo nos vinte encontros em que participou na Serie A, a grande visão de jogo e técnica do médio criativo, levaram o Milan ao scudetto e a mais uma conquista da Liga dos Campeões, coroando a sua exibição com um chapéu fantástico a Zubizarreta na vitória por 4-0 frente ao Barcelona de Johan Cruijff. Ainda assim a sua relação com Capello permanecia inalterável, valendo a Savicevic um excelente entendimento que tinha com o presidente Sílvio Berlusconi, que o apelidaria de Il Genio. A temporada de 94/95, deixou o AC Milan a meio da tabela no campeonato, mas a nível europeu a equipa chegaria pelo terceiro ano consecutivo à final da Liga dos Campeões, antes nas meias finais Savicevic marcou dois dos três golos, com que o clube eliminou o Paris Saint-Germain, mas falharia a final por lesão, embora o médio tivesse insistido que estava em condições de jogar. No jogo decisivo o Milan acabaria por cair ao pés do Ajax e de um golo de Patrick Kluivert a cinco minutos do fim. Dejan Savicevic abandonaria Itália em 1998, levando consigo 144 jogos e 34 golos, mais sete títulos, entre os quais três campeonatos, uma Liga dos Campeões e uma Supertaça Europeia. Apesar de toda a sua técnica, visão de jogo e dedicação ao clube, a imprensa transalpina acusou sempre o médio de nunca se esforçar em encontros contra equipas mais fracas e de querer apenas sobressair nos grandes encontros.




Fins de carreira

Dejan Savicevic teria uma nova passagem muito rápida pelo Estrela Vermelha em 1999, jogando somente três jogos, mudando-se logo a seguir para Viena onde actuaria ao serviço do Rapid por duas épocas, não tendo conquistado qualquer título, marcando 25 golos nos 44 jogos disputados e foi em Maio 2001, que decidiu pendurar as botas para seguir carreira como treinador. O seu primeiro cargo foi nada mais nada menos, do que comandar a selecção da já Sérvia e Montenegro, nas poucas esperanças de ainda estar presente no Mundial de 2002. A selecção precisava de vencer na Rússia para ainda lutar pelo segundo lugar no grupo, mas o empate 1-1 comprometia ainda mais o apuramento. Seguiram-se depois três triunfos, até ao jogo decisivo frente à Eslovénia, o triunfo era imperial, mas mesmo a jogar em casa os sérvios não foram além de nova igualdade a um golo, ficando assim fora do Campeonato do Mundo. Savicevic colocou então o lugar à disposição o que não foi aceite pelos membros da Federação, que o convenceram a liderar a selecção rumo ao Euro 2004. Só que após uma derrota embaraçosa por 1-2 frente ao Azerbeijão, o ex-futebolista acabaria mesmo por abandonar o cargo, com um registo de quatro vitórias, onze derrotas e dois empates.




As melhores jogadas, os golos e fintas de Savicevic






Ao serviço da selecção

Savicevic fez a sua estreia pela antiga Jugoslávia a 26 de Outubro de 1986, quando ainda jogava no Buducnost, num jogo do apuramento para o Euro 88 frente à Turquia, marcando o quarto golo na vitória por 4-0. No entanto o técnico Ivica Osim, com que teve uma relação conturbada não o convocaria para o importante jogo diante da Inglaterra, que acabaria com o triunfo inglês por 2-0. O jogador teria de esperar um ano para voltar a ser chamado à selecção, num jogo frente à Irlanda do Norte, com vitória jugoslava por 3-0. Tudo isto deixava para Belgrado novo encontro marcado frente aos ingleses, para decidirem qual deles estaria presente no europeu. Savicevic voltou a não ser chamado e a Inglaterra goleou por 1-4. Seguiu-se depois a qualificação para o Itália 90, com Savicevic a cumprir o serviço militar a sua chamada à selecção chegou apenas no jogo frente à França, entrando na segunda parte para dar a volta ao jogo. A perder por 1-2 Savicevic pegou na bola e fez duas assistências para Susic e Stojkovic darem o triunfo à equipa. Esta exibição deixou por momentos o técnico Osim rendido ao médio, que já havia cumprido o serviço militar, coroando o seu regresso com hat-trick na goleada por 4-0 ao Chipre. Só que nos encontros da segunda volta Savicevic voltaria a não ser convocado, mas isso não impediu a Jugoslávia de se qualificar para o Mundial, já que a vitória no último jogo por 1-0 frente aos norugueses, aliada ao surpreendente triunfo da Escócia em Paris por 0-3, deu aos jugoslavos o primeiro lugar no grupo. O Itália 90 porém não trouxe melhoras no que à participação de Savicevic na equipa diz respeito, no jogo inaugural a Jugoslávia sofria uma pesada derrota por 4-0 frente à futura campeã Alemanha, mas os triunfos sobre a Colômbia e Emirados Árabes Unidos deram a passagem para a fase a eliminar, tudo isto com Savicevic a jogar apenas a jogar no encontro frente aos germânicos. Nos oitavos de final a Jugoslávia defrontava a Espanha, com Savicevic a ser suplente utilizado e a sofrer a falta, sobre a qual Stojkovic marcaria o golo da vitória por 1-2 no prolongamento. Apesar do seu bom desempenho, o médio foi novamente suplente no jogo dos quartos de final frente à Argentina, entrando apenas na segunda parte, com o resultado empatado a zero e a jogar com menos um, a Jugoslávia conseguiu levar o jogo para as grandes penalidades, perdendo por 3-2.




Actualmente e Palmarés

Em 2004 Dejan Savicevic assumiu a liderança da Associação de Futebol de Montenegro, cargo que ocupa nos dias de hoje. Ao longo da sua carreira de jogador, fez 394 jogos, marcou 117 golos e foi internacional por 56 ocasiões tendo apontado 19 golos. Conquistou quatorze títulos a nível de clubes, destacando-se as duas Liga dos Campeões e ficou no segundo lugar na corrida à Bola de Ouro em 1991, tendo no mesmo ano sido eleito o melhor jogador da Jugoslávia.

2 comentários:

Rogerio disse...

Que grande craque!!! Deixou saudades

Anónimo disse...

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