sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ainda se lembra...de George Weah

Hoje damos a conhecer um dos mais famosos futebolisticos africanos de sempre e que para além dos relvados dedicou-se ao meio político, na ajuda das vítimas da guerra civil.


De África para a Europa


George Tawlon Manneh Oppong Ousman Weah, nasceu na Libéria em Monróvia, a 1 de Outubro de 1966. Começou a jogar futebol em 81, tendo passado por quatro equipas liberianas, os Young Survivors Clareton, seguindo-se os Bongrange Company, Mighty Barrolle e aquela onde mais se notabilizou os Invincible Eleven, tendo apontado 23 golos em 24 jogos. Mudou-se depois para a Costa do Marfim, onde nos African Sports não fez qualquer encontro, e tal situação levou a transferir-se para os Tonnerre Yaoundé dos Camarões, onde voltou aos golos, 18 em 15 partidas, tendo conquistado dois campeonatos. E foi após esta última aventura em solo africano, que já no ano de 1988, Weah rumou para a Europa, em direcção ao Monaco, clube por onde permaneceu durante quatro anos, marcando 47 golos em 102 desafios, levantando ainda uma Taça de França em 1991. Um ano volvido trocou o Monaco pelos rivais do Paris Saint-Germain e os títulos e golos foram-se somando à sua ainda curta carreira. Venceu um campeonato francês e mais duas taças, até que em 1995 o AC Milan viu nele o substituto de Van Basten, que tinha abandonado o futebol.



De heroi italiano ao pendurar das botas

Foi em Itália que George Weah atingiu o auge das suas potencialidades, tendo levado o clube rossoneri a duas Serie A em 95/96 e 98/99, ao todo realizou 114 jogos e marcou 46 golos. Resolveu depois tentar a sua sorte por terras inglesas, primeiro emprestado pelo Milan ao Chelsea, sendo mais tarde cedido em definitivo, mas ao Manchester City, onde esteve apenas uma temporada. Regressou a França em 2001 ao Marselha e seria nos Emirados Árabes Unidos, ao serviço do Al-Jazira, que em 2003, George Weah colocaria um ponto final na sua carreira.



Veja alguns dos melhores golos de George Weah





Pela Selecção

George Weah é considerado o melhor jogador da história da selecção liberiana, em 1996 o próprio jogador pagou todas as despesas necessárias para que a equipa pudesse jogar na Taça das Nações Africanas, para em 2001 e ainda a jogar ao serviço do Marselha, tornar-se seleccionador principal da Libéria. No entanto a formação africana nunca conseguiu uma qualificação para uma fase final de um mundial.


O meio político

Após a saída dos relvados George Weah virou-se para a politica, onde em 2005 concorreu a presidente da Libéria tendo sido derrotado nas urnas pela candidata Ellen Johnson-Sirleaf, mas oriundo de uma familia pobre, o ex-jogador criou depois a Fundação George Weah para ajudar as vítimas da guerra civil, sem abdicar do sonho de um dia se tornar finalmente líder máximo do seu país.


Palmarés e Polémica

Ao todo George Weah fez 410 encontros, tendo marcado por 195 vezes, ao serviço dos treze clubes por onde actuou. Conquistou oito títulos por equipas e sete a nível individual, com destaque para os de Melhor Jogador do Mundo em 1995, Futebolista Africano do ano em 89, 94 e 95, a Bola de Ouro também em 1995 e o mais controverso de todos o prémio Fair Play da FIFA em 96. Este título gerou bastante polémica, já que foi nesse ano, mais precisamente a 20 de Novembro, que após um FC Porto vs AC Milan a contar para a Liga dos Campeões, que George Weah agrediu o antigo capitão portista, Jorge Costa, que ficou de nariz partido e após a operação ficaria três semanas suspenso pela UEFA. O caso deu-se no túnel do extinto Estádio das Antas, George Weah justificou a agressão com as sucessivas palavras racistas do jogador português, durante os jogos disputados em Portugal e em Itália. O avançado seria suspenso por seis jogos, mas tal acontecimento não o impediu de vencer o galardão.

3 comentários:

Rui Silva disse...

Grande jogador, o melhor africano de sempre!

Guus disse...

O jogador preferido do Jorge Costa :)

Gilberto Silva disse...

Foi o jogador africano no seu expoente máximo! força, garra, técnica... e depois, frente à baliza, sai da frente!!! O Drogba não é metade do jogador que o Weah foi!