Jorge Jesus tentou tecer uma estratégia 'anti-Hulk-', desviando David Luíz para o lado esquerdo da defesa e utilizando Sidnei no eixo defensivo. Contudo, a maior surpresa foi mesmo a titularidade de Salvio, deixando Saviola no banco de suplentes. O argentino tem revelado várias dificuldades físicas nos últimos jogos e este jogo foi mais um indício de que Saviola não está bem fisicamente, uma vez que não entrou sequer em jogo.
Apesar da intenção, Jorge Jesus viu a sua linha defensiva ser completamente atropelada, culpa do «trio-maravilha» do FC Porto, composto por Varela, Hulk e Falcao, municiado por um Belluschi inspiradíssimo. A defesa do FC Porto esteve instransponível: Sapunaru controlou Coentrão, Rolando e Maicon fizeram com que Kardec mal fosse notado em campo e Álvaro Pereira também cumpriu mais uma boa exibição. Para completar, a ausência de Fernando pouco ou nada foi notada, culpa da exibição de Guarín, que teve uma preciosa ajuda do «pulmão» de Moutinho.
O primeiro golo da partida surgiu logo aos 12' minutos de jogo, por intermédio de Sivestre Varela. Belluschi recuperou a bola do lado direito do ataque, soltou para Hulk, o brasileiro deixou para trás um imponente David Luíz e, já dentro da área, fez a bola passar por Sidnei e Lusão até ao pé direito de Varela, que abriu o activo.
Aos 24' minutos de jogo foi a vez de Falcao balançar as redes de Roberto, através de um soberdo toque de calcanhar em rotação. Hulk deu para Belluschi, o argentino tirou David Luíz do caminho, meteu a bola na pequena área, Falcao soltou-se de Luisão e Sidnei e fez um golo para mais tarde recordar. O «bis» de Falcao surgiu três minutos depois, através de mais uma assistência de Belluschi. Imparável, 'el Rasta' passou Sidnei em velocidade após um passe vindo da defesa, esperou e serviu de bandeja Falcao, que fuzilou Roberto. Ao intervalo, a vantagem portista era mais que justificada.
Na segunda parte Jorge Jesus mudou de plano de jogo e fez entrar Gaitán para o lugar de Sidnei, devolvendo Coentrão ao lado esquerdo da defesa. Contudo, o treinador do Benfica viu a sua tarefa ainda mais dificultada a meio da segunda parte: Luisão descontrolou-se e deu uma cotovela a Fredy Guarín, recebendo o consequente e justo cartão vermelho. Roderick entrou para o centro da defesa, sacrificando Carlos Martins.
Então no lado esquerdo da defesa, Fábio Coentrão acabou por consentir o quarto golo portista, cometendo uma grande penalidade sobre Hulk (79'). A mesma surgiu após um mau alívio do português, que entregou a bola a Hulk, tendo depois de recorrer à falta para o travar. Sem cerimónias, Hulk enganou Roberto e fez o quarto da noite. Já com Ruben, James e Walter em campo o Porto chegou ao quinto da noite, graças a uma bomba do Incrível Hulk. O goleador fez a diagonal da esquerda para o meio, deixando para trás Coentrão, e fuzilou Roberto.
Há 14 anos que o futebol português não via um resultado tão volumoso num clássico entre FC Porto e Benfica. A última vez data de 1996, numa partida onde os «dragões» conseguiram igual resultado contra os «encarnados», em jogo a contar para a Supertaça Cândido de Oliveira. Na altura, a goleada foi aplicada em pleno está da Luz. Desta feita, a festa foi no Dragão e para a equipa da casa.
Reveja aqui os principais lances da partida:
3 comentários:
JESUS RUA JÁÁÁÁÁÁÁ!!!!
O Jesus é mestre da táctica mas deve ser na Playstation! Já em Liverpool tinha feito a mesma asneira e levámos 4. Não chegou para aprender? Entregámos o campeonato por culpa própria. Comecem a preparar o próximo e desta vez, vejam lá se acertam em alguma contratação.
Com a troca do David Luiz para lateral esquerdo e a subida do Coentrão perdeu-se o melhor central da equipa, ficou-se com um mau lateral esquerdo e um médio esquerdo que joga muito melhor quando o faz mais recuado. Não era preciso ser um génio para antever o que se iria seguir pois não?
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