sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ainda se lembra...de Gianfranco Zola

A fechar mais uma semana de muito futebol falamos daquele que foi um dos melhores médios de sempre dos anos 90. Apesar da sua baixa estatura a grandeza da sua qualidade futebolística sempre se conseguiu impor, deixando por isso várias recordações nos relvados por onde passou.



Sempre a subir


Gianfranco Zola nasceu a 5 de 1966 em Oliena, Itália tendo começado a jogar no clube da terra o Nuorese Oliena, no qual nunca chegou a actuar pela equipa principal, estávamos no ano de 1980 e por lá ficou durante três épocas até se transferir para o Nuorese da quarta divisão italiana. Foi aí que as suas características começaram a sobressair, marcando dez golos em 31 jogos, o que lhe valeu uma nova mudança de clube em 1986, o Torres, que também disputava a mesma divisão do Nuorese. Foi aqui que Zola conquistou o seu primeiro título como profissional, ao vencer a Serie C-2, tendo um papel determinante na equipa.


De Nápoles a Parma

As boas exibições no Torres, levaram em que 1989 os dirigentes do Nápoles levassem Zola para o clube que vivia sobre o reinado de Diego Maradona, do qual aliás o médio italiano diz ter aprendido tudo o que sabe sobre o futebol. Na primeira temporada, Zola fez apenas sete jogos tendo marcado dois golos, o suficiente para conquistar o scudetto. Só que dois anos depois, Maradona seria apanhado nas malhas do doping por consumo de cocaína, Zola assumiu então o controlo do meio campo, mas com a saída do astro argentino o clube caiu não só em relação a títulos, mas também a nível financeiro o que levou os dirigentes do Nápoles a terem de vender os seus jogadores mais influentes, entre os quais Zola. Decorria o ano de 1993, quando o jogador italiano se mudou para Parma onde viveria os seus primeiros pontos altos da carreira, logo naprimeira época ao serviço dos gialloblu, Zola conquistou a Supertaça Europeia, que naquela altura era jogada a duas mãos. Depois de perder no Estádio Enio Tardini por 0-1 frente ao AC Milan, o Parma foi a San Siro derrotar os rossoneri por 0-2, levando assim o troféu. Em 1995 novo triunfo europeu, desta vez a extinta Taça UEFA, e novamente frente a uma formação italiana, a Juventus. Vitória fora por 0-1 na primeira mão e uma igualdade a um golo, foram suficientes para Zola, que era dono e senhor do meio campo vencer mais uma competição. No entanto o ano de 96 seria o culminar da permanência do médio em Parma, as chegadas de Hernan Crespo e Stoichkov aliadas ao estilo táctico de Carlo Ancelloti, que em nada favorecia o futebol de Zola, levaram a que o médio tivesse de rumar para outras paragens.


Herói em Inglaterra

A meio da temporada de 1996, Gianfranco Zola mudava-se para Londres, mais propriamente para Stamford Bridge, onde consolidaria o seu nome no mundo do futebol com a camisola do Chelsea. Apesar de chegar com o campeonato a decorrer, Zola depressa ganhou espaço na equipa, fruto da sua grande habilidade com a bola, tornar-se-ia uma das peças fulcrais para a conquista da Taça de Inglaterra em 1997, derrotando na final o Middlesbrough por 2-0 e com ele um jejum de 26 anos sem títulos dos blues. A segunda época seria ainda melhor para Zola, titularíssimo no meio campo do Chelsea, o médio italiano levou o clube "às costas" e mais três troféus, a Taça da Liga, a Taça das Taças, onde até começou no banco, mas vinte segundos após ter entrado a meio da segunda parte, Zola fez único golo com que os blues derrotariam o Estugarda. A finalizar a temporada mais uma final vencida desta feita a Supertaça Europeia, também por 1-0 contra o Real Madrid. A idade começou então a pesar nas pernas de Gianfranco Zola, mas o médio ainda conseguiu dar o seu contributo para que o Chelsea vencesse mais uma Taça de Inglaterra, mas o ponto alto foi mesmo a qualificação histórica para a Liga dos Campeões, onde o clube nunca tinha participado. Entre 2000 e 2002, Zola perdeu cada vez mais espaço na equipa, sendo quase sempre suplente dos atacantes da altura Gudjohnsen e Jimmy Hasselbaink, voltando em grande no último ano com a camisola do Chelsea, marcando 16 golos e mais uma presença na liga milionária. A camisola 25 do Magic Box, como ficou apelidado pelos adeptos londrinos foi então retirada para sempre da equipa, para que nenhum jogador a pudesse envergar.


Veja os melhores golos de Gianfranco Zola




Regresso a Itália para o fim de carreira

Em 2003 Gianfranco Zola regressou a Itália para fazer as suas duas últimas épocas como jogador de futebol, o clube escolhido foi o Cagliari, que aquando da chegada do médio estava na segunda divisão. Zola conseguiu levar o clube de novo há Serie A, para na época seguinte colocar um ponto final na sua carreira uma semana antes de fazer 39 anos.


Curta passagem pela selecção

Gianfranco Zola não teve uma carreira de sucesso no que toca há selecção nacional italiana. A sua estreia aconteceu a 13 de Novembro de 1991, num jogo de qualificação para o Euro92, frente à Noruega, que terminou empatado a uma bola. Curta foi também a sua passagem pelo Mundial de 94, onde foi expulso contra a Nigéria após ter entrado onze minutos antes, não voltando a fazer qualquer jogo apesar da Itália ter chegado à final. Os seus primeiros golos surgiram a 25 de Março de 1995, na vitória por 4-1 frente à Estónia, em jogo de qualificação para o Euro96, onde voltaria a estar e de novo em mau plano, já que falhou o penalti contra a Alemanha, que deixou a Itália eliminada logo na fases de grupos. A sua última das 35 internacionalizações aconteceu em Outubro de 1997, numa partida disputada em Roma diante da Inglaterra, renunciando a sua ida à selecção depois de não ser convocado para o Mundial de 98 em França.


Actualmente e Palmarés

Hoje em dia temos a oportunidade de ver Gianfranco Zola como treinador do West Ham United. Ao longo dos 21 anos de carreira fez 629 jogos e marcou 193 golos, conquistou dez títulos a nível de clubes, onde se destacam o campeonato ao serviço do Nápoles, as duas Taças Supertaças Europeias pelo Parma e Chelsea, bem como a Taça UEFA ganha com o emblema gialloblu e a Taça das Taças com a camisola dos londrinos. Individualmente foi eleito o melhor jogador da Liga Inglesa, sendo o único jogador a vencer este prémio tendo chegado a meio da temporada, em 1997 e foi eleito o melhor jogador do ano por duas vezes, 1997 e 2003.

2 comentários:

Zeca disse...

Este foi um dos melhores avançados italiano dos ultimos 20 anos!

Yuri V disse...

Grande avançado, marcava golos atrás de golos! E jogou até não poder mais