Nos momentos que antecederam o encontro entre o SL Benfica e o Shaktar Donetsk, Jorge Jesus, em declarações à SIC, afirmou que a proximidade desta partida com a do dia anterior poderia ser perigosa para os atletas, na medida em que aumenta o risco do aparecimento de lesões.
Ora, é do conhecimento geral que a pré-época é um período caracterizado por grandes “tareias” físicas. Essas “tareias”só por si constituem, desde logo, uma fonte de potenciais lesões, pois os atletas são diariamente expostos a esforços muito intensos, sendo quase “esquecidos” os períodos de recuperação. Imagine-se agora o que é adicionar a essa carga, o desgaste físico de dois momentos competitivos consecutivos. É um “fardo” demasiado exigente para os jogadores e para o próprio organismo.
Contudo, aquilo que Jorge Jesus se esqueceu de equacionar foi o cansaço mental e emocional que, quer os treinos, quer (e em especial) os jogos, provocam nos jogadores. Este desgaste, raramente mencionado, é talvez aquele que mais prejudicial se revela, pois poucos são os treinadores que sabem como trabalhar a sua recuperação.
Note-se que os jogadores, mesmo após terem sido submetidos a intensas cargas físicas, continuam capazes (ainda que de forma menos eficiente) de se movimentar. No entanto, quando o cansaço mental/emocional atinge certos valores, o discernimento do atleta “deixa de funcionar” e o “jogar” da equipa sofre danos consideráveis. Daqui advêm as falhas de decisão, de leitura de jogo, as displicências… Daqui nascem grande parte dos erros graves que se verificam na maioria dos jogos da pré-época!
Um exemplo que ilustra perfeitamente esta situação foi o primeiro golo sofrido pelo Benfica neste período preparatório, resultante de uma perda de bola incrível por parte de Yebda. A forma como o médio encarnado permitiu ao adversário recuperar a bola numa “zona proibida” revela claramente o estado de desgaste, em termos psicológicos, em que Yebda se encontrava. Numa situação normal, a sua concentração e reacção seriam maiores e o adversário nunca conseguiria recuperar tão facilmente o esférico.
Enfim, torna-se claro que a recuperação psicológica do atleta é tão importante como a recuperação física. “Lesões mentais” podem comprometer seriamente o sucesso da concretização da ideia de jogo do treinador e colocar a equipa em situações cada vez mais complicadas. É, portanto, fundamental começar a respeitar mais os limites dos jogadores e encarar o processo de reabilitação dos mesmos como um processo global. O jogador é uma unidade íntegra e, desta forma, a única maneira de restabelecer a sua “forma” é procurando recuperar todos os seus “sectores”, desde o físico ao mental.
Para além disso, se se começarem a respeitar os períodos de recuperação, a pré-época ganhará outra importância, pois as equipas passarão a apresentar-se mais frescas em campo e o treinador poderá, efectivamente, retirar conclusões sobre o nível que a equipa atingiu. De outra forma, aquilo que vê não é mais do que uma ilusão criada pelo cansaço e o desgaste.
Ora, é do conhecimento geral que a pré-época é um período caracterizado por grandes “tareias” físicas. Essas “tareias”só por si constituem, desde logo, uma fonte de potenciais lesões, pois os atletas são diariamente expostos a esforços muito intensos, sendo quase “esquecidos” os períodos de recuperação. Imagine-se agora o que é adicionar a essa carga, o desgaste físico de dois momentos competitivos consecutivos. É um “fardo” demasiado exigente para os jogadores e para o próprio organismo.
Contudo, aquilo que Jorge Jesus se esqueceu de equacionar foi o cansaço mental e emocional que, quer os treinos, quer (e em especial) os jogos, provocam nos jogadores. Este desgaste, raramente mencionado, é talvez aquele que mais prejudicial se revela, pois poucos são os treinadores que sabem como trabalhar a sua recuperação.
Note-se que os jogadores, mesmo após terem sido submetidos a intensas cargas físicas, continuam capazes (ainda que de forma menos eficiente) de se movimentar. No entanto, quando o cansaço mental/emocional atinge certos valores, o discernimento do atleta “deixa de funcionar” e o “jogar” da equipa sofre danos consideráveis. Daqui advêm as falhas de decisão, de leitura de jogo, as displicências… Daqui nascem grande parte dos erros graves que se verificam na maioria dos jogos da pré-época!
Um exemplo que ilustra perfeitamente esta situação foi o primeiro golo sofrido pelo Benfica neste período preparatório, resultante de uma perda de bola incrível por parte de Yebda. A forma como o médio encarnado permitiu ao adversário recuperar a bola numa “zona proibida” revela claramente o estado de desgaste, em termos psicológicos, em que Yebda se encontrava. Numa situação normal, a sua concentração e reacção seriam maiores e o adversário nunca conseguiria recuperar tão facilmente o esférico.
Enfim, torna-se claro que a recuperação psicológica do atleta é tão importante como a recuperação física. “Lesões mentais” podem comprometer seriamente o sucesso da concretização da ideia de jogo do treinador e colocar a equipa em situações cada vez mais complicadas. É, portanto, fundamental começar a respeitar mais os limites dos jogadores e encarar o processo de reabilitação dos mesmos como um processo global. O jogador é uma unidade íntegra e, desta forma, a única maneira de restabelecer a sua “forma” é procurando recuperar todos os seus “sectores”, desde o físico ao mental.
Para além disso, se se começarem a respeitar os períodos de recuperação, a pré-época ganhará outra importância, pois as equipas passarão a apresentar-se mais frescas em campo e o treinador poderá, efectivamente, retirar conclusões sobre o nível que a equipa atingiu. De outra forma, aquilo que vê não é mais do que uma ilusão criada pelo cansaço e o desgaste.
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