sexta-feira, 22 de abril de 2011

Máquina do Tempo: O pontapé de saída do “derby eterno”

1 de Dezembro de 1907 é uma data que se encontra impressa a letras de ouro na história do futebol português. Neste dia o Campo da Quinta Nova, em Carcavelos, é o palco da primeira batalha entre dois “recém nascidos” que com o passar dos anos se tornaram em gigantes do desporto mundial. Os seus nomes? Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal.
Nesse dia tinha início o primeiro capítulo de uma rivalidade desmedida e apaixonante que todos os anos – pelos menos em duas ocasiões – divide a Cidade de Lisboa em duas barricadas, uma verde e outra vermelha. É o grande derby do futebol português, e um dos mais intensos do “desporto rei” a nível global, é o “derby eterno” como assim ficou eternamente popularizado.

E derby não é derby sem uma pitada de picardia para aguçar ainda mais o apetite da rivalidade, e desde a primeira hora que um Benfica – Sporting, ou vice-versa, foi envolto em polémicas. Neste primeiro confronto, referente à 3ª jornada do Campeonato Regional de Lisboa, o Sporting entrou em campo com oito ex-benfiquistas no seu “onze” (!), nomeadamente José da Cruz Viegas, Emílio de Carvalho, Albano dos Santos, António Couto, António Rosa Rodrigues, Daniel Queirós dos Santos, Henrique Costa, e Cândido Rosa Rodrigues. Ao que parece o Sporting terá oferecido a estes jogadores condições de higiene, digamos assim, que não existiam na casa do rival, tais como um banho quente no final da cada jogo e camisolas limpas no intervalo dos mesmos!

E seria curiosamente um dos ”traidores” – na boca dos benfiquistas – , mais precisamente Cândido Rosa Rodrigues, a entrar definitivamente para a história dos “derbys eternos” já que é da sua autoria o primeiro golo de um duelo entre os dois rivais lisboetas.

Episódio caricato neste jogo foi o facto de minutos após Corga ter restabelecido a igualdade no marcador os jogadores do Sporting terem abandonado o terreno de jogo devido aos fortes aguaceiros que se abateram sobre Carcavelos, tendo voltado ao “campo de batalha” apenas por imposição do árbitro da contenda, o inglês Burtenshaw. E voltariam para festejar de novo na sequência de um lance infortúnio do lendário capitão benfiquista Cosme Damião que ao introduzir a bola na sua própria baliza oferece o triunfo – por 2-1 – aos “leões”.

Para a eternidade ficam os nomes dos guerreiros da primeira de muitas e intensas batalhas pintadas em tons de verde e vermelho:
Benfica: Persónio, Luís Vieira, Leopoldo Mocho, Alves, Cosme Damião, Bragança, Bermudes, António Costa, Corga, António Meireles, e França.
Sporting: Emílio de Carvalho, Queirós dos Santos, Belo, Albano dos Santos, Couto, Nóbrego de Lima, António Rodrigues, Eagleson, Viegas, Cândido Rosa Rodrigues, e Henrique Costa.

5 comentários:

GUGANN disse...

Grande Cosme Damião, o fundador do GLORIOSO!

BRUNO COSTA disse...

PARABENS PELA RUBRICA MUITO INTERESSANTE

Anónimo disse...

Cosme Damião deu o triunfo ao sporting ahahahaha grande fundador

Santos disse...

velhos tempos em que os lagartos davam luta

xico disse...

Voses cantem de galo que para o ano quero ver