Jesus deu (n)a outra face

Na última jornada da Liga Portuguesa, o Benfica derrotou o Nacional, no Estádio da Luz, por 4-2, após um jogo bem disputado e com boas oportunidades, de parte a parte. Mas o final da partida borrou a pintura.
Depois de ter andado a tentar apanhar o benfiquista Franco Jara para “conversar”, o jogador do Nacional Luís Alberto foi travado por Jorge Jesus para que se acalmassem os ânimos. Mas os ânimos aqueceram ainda mais. E o que aconteceu já foi visto e revisto vezes sem conta, graças às imagens amplamente difundidas pelas televisões: Jorge Jesus terá aplicado uma bofetada a Luís Alberto, que ripostou com um toque no nariz do treinador benfiquista.
A violência no futebol é ainda um triste e comum fenómeno e tem de ser inaceitável em qualquer parte do mundo, por parte de qualquer profissional. Mas quando se trata de um treinador, maduro, responsável por um conjunto de jogadores e que deverá ser um exemplo para eles, as atitudes terão de ser mais bem reflectidas. Jesus podia (e devia) ter defendido Jara da ameaça de Luís Alberto, mas não daquela forma.
A agressividade de Jesus deve ser punida, não por qualquer altercação ou incompatibilidade clubística, mas por um puro respeito pela beleza do que deve ser um jogo de futebol.