
Faltam 62 golos...
Neste momento, Túlio leva 936 golos na sua conta pessoal, números confirmados pela imprensa brasileira. Este registo, à imagem do de Romário e Pelé, inclui os tentos apontados em amigáveis e em encontros não oficiais. Para conseguir alcançar o tão desejado número, o multi-goleador assinou recentemente pelo Botafogo-DF, onde já se estreou a marcar. Fê-lo num jogo entre All Stars e logo por duas vezes. Desde já, está garantido que todas as grandes penalidades e oportunidades favoráveis à equipa serão endereçadas a Túlio.
Quatro continentes, muitos emblemas
A carreira de Túlio foi, essencialmente, passada no Brasil, mas o avançado canarinho não deixou de pisar o continente europeu, asiático e sul-americano. Jogou no Sion, da Suiça, (92/03), no Újpest, da Húngria (00/01), no Wilstermann, da Bolívia (04), e, por fim, abraçou os petrodólares do Al-Shabab (05/06)., embora nem sequer tenha sido inscrito na equipa. Enunciar todos os emblemas que Túlio representou torna-se complicado, isto porque o «Maravilha» trocou de emblema... 37 vezes!
Formado no Góias e então com 18 anos, Túlio foi lançado na equipa principal por Luíz Filipe Scolari. Daí, nasceu a célebre frase do ex-seleccionador português, criada expressamente para o jovem brasileiro: «Vai lá e faz o seu jogo». Em cinco anos, Túlio fez 187 golos em 223 jogos. Abriram-se as portas para o futebol europeu, no Sion, onde fez 64 golos em 71 jogos. Contudo, a Europa não agradou ao «Maravilha». «Foi um atraso na minha carreira, só deu para ganhar um dinheirinho na época», desabafou o jogador. Regressou ao Brasil, para se tornar numa lenda no Botafogo - fez 134 golos em apenas dois anos.
Contudo, o avançado transferiu-se para o Corinthians e a sua carreira começou a declinar. Trocou 9 vezes de clube em 4 anos mas chegou, inclusive, a fazer dupla de ataque com Bebeto ao serviço do Vitória. Já em 2002 experimentou o futebol húngaro, onde fez 47 golos em 40 jogos pelo Újpest. Tornou-se um ídolo na Húngria, mas recusou-se a ficar, confessando que o futebol brasileiro era a sua montra.
Após duas épocas de bom nível no Brasil (27 golos pelo Brasiliense e 23 pelo Atlético Goianiense), Túlio foi para a Bolívia, onde fez 24 golos em cinco meses mas, mais uma vez, quis regressar «a casa». Desde então, o «Maravilha» trocou 20 (!) vezes de clube, mas só não deixou a sua marca goleadora em dois - o Al-Shabab e o Operário, já este ano.
Pela selecção nacional, os números são respeituosos: marcou 13 golos em 15 partidas, entre 1990 e 1995. Curiosamente, a selecção brasileira nunca perdeu com ele em campo.
Títulos conquistados:
Túlio venceu por três vezes a bola de prata (89, 91 e 95), prémio atribuído ao melhor jogador no Brasileirão. Foi artilheiro do mais importante campeonato brasileiro em 89, 94 e 95. Recebeu 14 distinções de melhor marcador entre competições brasileiras e internacionais. Na Europa, conquistou a Taça da Húngria e o campeonato suiço. De resto, participou em 21 conquistas colectivas, com destaque para o Brasileirão '95.
Veja o golo 500 de Túlio, com direito a celebração especial:
5 comentários:
Grande craque!! Ainda há pouco o vi jogar no jogo de solidariedade do Zico. Ainda dava uma perninha na liga vitalis
Cresci a ouvir falar neste jogador, mas não sei porquê, nunca foi para nenhumclube de renome na Europa. foi pena. Acho que tinha valor para isso.
Ele que vá para o Rio Negro, fazer dupla com o Jardel!
Não acho jeito nenhum estes brasileiros se arrastarem em campo só para atingirem certos objectivos..
Adoro esta rúbrica, dá a conhecer jogadores que mereciam mais reconhecimento. Parabéns!
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